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Início Bem viver Cultura

Luto

Capoeira Angola perde um dos seus principais nomes, Mestre Peixe de Caxias

Itamar da Silva Barbosa morreu na tarde desta quinta (9) após complicações de um AVC; família alega negligência médica

09.jan.2025 às 23h41
Rio de Janeiro (RJ)
Jaqueline Deister

Itamar da Silva Barbosa, mais conhecido como Mestre Peixe de Caxias, faleceu nesta sexta (9) - Arquivo GUCA

A Capoeira Angola do Rio de Janeiro perdeu na tarde desta quinta-feira (9) um dos seus principais nomes: Itamar da Silva Barbosa, mais conhecido como Mestre Peixe de Caxias. Itamar nasceu na cidade de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, e deu os primeiros os na capoeira em 1972, aos 12 anos. No dia 13 de junho de 1973, junto com outros amigos capoeiristas, fundou a roda de rua mais antiga do estado do Rio em atividade até hoje, a Roda Livre de Caxias, realizada na Praça do Pacificador e declarada Patrimônio Imaterial da cidade de Duque de Caxias em 2016.

Na década de 1990, formou, junto com Jonas Rabelo, o Mestre Russo, e Ulisses Ribeiro de Souza, o Mestre Velho, o Grupo Cosmos Capoeira. Nesse período ganhou reconhecimento internacional, realizou workshops, encontros, oficinas, palestras e participou de documentários e intercâmbios culturais em vários países da Europa e América do Sul.

Em 2012, Mestre Peixe dá uma nova guinada para a consolidação da sua trajetória com o intuito de consolidar a sua história na capoeira ao fundar, a partir de uma parceria entre Mestre Velho e Carlos Alberto Sacramento, o Mestre Graffit, o Grupo Unificar de Capoeira Angola (GUCA). O núcleo central do coletivo é sediado no Gomeia Galpão Criativo, em Duque de Caxias, e realiza com frequência atividades na comunidade do Lixão.

Em 2016, o GUCA amplia a sua atuação para o Rio de Janeiro e a a ocupar a sede do Centro de Teatro do Oprimido (CTO), no bairro da Lapa. Três anos depois, a partir de uma parceria com a Universidade Federal Fluminense (UFF), ou também a levar a Capoeira Angola de Caxias para o município de Niterói. 

Mestre Peixe não vivia somente da capoeira, como acaba sendo a realidade de muitos mestres e mestras da cultura popular. Ele atuava como motorista, ultimamente dirigindo caminhão como profissional autônomo.

Adeus

No último dia 2 de janeiro, Itamar Barbosa sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC) em sua casa no município de Duque de Caxias. Mestre Peixe foi levado por familiares para o Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes. Segundo a família, o coordenador do GUCA foi vítima de negligência médica.

Registros obtidos pelo Brasil de Fato mostram Itamar deitado numa maca improvisada no corredor do hospital sem nenhum monitoramento para o seu quadro de saúde e apresentando miíase, uma infecção parasitária na pele. Segundo Taís Barbosa, filha do Mestre Peixe, o rebaixamento cognitivo do seu pai começou a se agravar e nenhuma intervenção médica foi realizada de imediato.

"Meu pai começou a apresentar sinais clínicos evidentes de um agravamento e estava sem monitoramento contínuo para vigilância neurológica para um caso de AVC porque consideraram o caso dele sem gravidade. Os médicos, até sábado (4), afirmaram que meu pai não precisava de leito intensivo porque iria embora com 48 horas para tratamento ambulatorial com neurologia, fonoterapia e fisioterapia", destaca Taís.

A entrada no Centro de Terapia Intensiva (CTI) ocorreu na segunda-feira (6) a partir de uma liminar judicial. Devido ao agravamento do quadro, Itamar precisou ser entubado já com uma extensa lesão cerebral. Mestre Peixe teve a morte encefálica confirmada na tarde desta quinta-feira.

Na terça-feira (7), capoeiristas do Rio de Janeiro realizaram um protesto junto com familiares na porta do hospital para denunciar a negligência médica e exigir tratamento digno para os pacientes.

O Brasil de Fato procurou a Secretaria Municipal de Saúde de Duque de Caxias para um posicionamento sobre o caso. A prefeitura enviou a seguinte nota:

A Prefeitura de Duque de Caxias, através da Secretaria Municipal de Saúde e direção do Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes (HMAPN), informa que o paciente Itamar da Silva Barbosa, 64 anos, deu entrada na unidade em 02/01/2025, às 18h22, por meios próprios, com dor no peito, dificuldade na fala e perda de força em membro superior esquerdo (MSE).

A direção do HMAPN informa que o paciente ou por exames de imagem (tomografia) que evidenciou um AVC isquêmico extenso, com pequenos focos hemorrágicos. Na manhã da segunda-feira (06/01) o paciente foi transferido da sala amarela para o CTI da unidade. Após issão no CTI, paciente teve piora no rebaixamento do nível de consciência, evoluindo para entubação, devido ao quadro neurológico.

Informa ainda que, o paciente foi reavaliado pela neurocirurgia na terça-feira (07), após realização de nova tomografia de crânio, que manteve sem condutas cirúrgicas. O agravamento do quadro neurológico do paciente, com a presença de lesões extensas e irreversíveis, evoluiu para morte encefálica.

A direção informa ainda que foi aberto o protocolo de morte encefálica para o paciente no dia 08/01, às 19h, porém a gravidade do paciente não permitiu a finalização desse protocolo. O óbito do paciente foi confirmado às 13h07, desta quinta-feira (09/01), devido a complicações do acidente vascular encefálico. A família foi devidamente informada do óbito e o corpo será liberado, de acordo com os trâmites legais e da instituição.

Itamar deixa duas filhas, Taís Barbosa e Tamíres Barbosa; uma neta de quatro meses, Eduarda Barbosa Nascimento; e um importante legado de luta e resistência para a Capoeira Angola no Rio de Janeiro. Mestre Peixe sempre acreditou na capoeira como uma ferramenta inequívoca de transformação social.

Editado por: Nicolau Soares
Tags: capoeira angola
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