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Meio Ambiente

MP/RS recomenda que Prefeitura de Porto Alegre não libere eventos no Parque Harmonia sem controle de ruído

Para o Movimento Salve Harmonia, recomendação representa uma vitória da sociedade civil organizada

10.ago.2023 às 17h35
Porto Alegre
Redação

Impacto ambiental das obras no Parque Harmonia tem causado revolta em setores da sociedade civil, que pedem a paralisação das obras - Foto: Gabriel Poester

O Ministério Público do Rio Grande do Sul, através da Promotoria de Justiça de Defesa do Meio Ambiente de Porto Alegre, encaminhou nesta quarta-feira (9) uma recomendação à Prefeitura de Porto Alegre para que se abstenha de autorizar eventos musicais no Parque Harmonia. O texto também orienta que seja promovido licenciamento ambiental de regularização da obra que está sendo realizada. Caso o Executivo não se manifeste em 15 dias, o MP/RS pode ajuizar ação.

Na recomendação, a promotora Annelise Monteiro Steigleder solicita que a Secretaria  Meio Ambiente e Sustentabilidade e a Secretária de Desenvolvimento Econômico e Turismo se abstenham de conceder autorização para a realização dos eventos Festival Rap in Cena e Festival Turá, previstos para ocorrerem no parque, sem a prévia apresentação pela concessionária Gam3 de um plano de mitigação de ruídos e de um plano de monitoramento dos ruídos.

:: Após liberação das obras, manifestantes voltam a fazer ato em defesa do Parque Harmonia ::

O documento cita que foram aportadas ao MP/RS diversas reclamações em relação ao show da banda Sorriso Maroto, realizado no Parque Harmonia no último domingo (6). Afirma que foram reportadas intensa poluição sonora e perturbação de sossego aos moradores da região compreendida, no mínimo, pelos Bairros Santa Tereza Centro Histórico, Menino Deus, Praia de Belas, Cristal, Vila Assunção, Sétimo Céu e Tristeza, bem como à fauna silvestre.

Concessionária será notificada por ruido

Morador do bairro Santa Tereza, o técnico em Meio Ambiente e integrante do Instituto Gaúcho de Estudos Ambientais (InGá) Émerson Vieira Prates diz que no dia do show a sensação era que a apresentação acontecia dentro do quarto. "No dia do jogo do Inter, nesta terça-feira (8), logo no pé do morro não teve som quase nenhum", compara. "Há relatos de pessoas que mediram, através de um aplicativo, e o nível de decibéis próximo ao local era de 85”, comenta o técnico ao Brasil de Fato RS. 

A Norma Brasileira 10.151/2000 regulamenta que o ruído em áreas predominantemente urbanas e residenciais não deve ultraar 55 decibéis durante o dia (7h às 20h) e 50 decibéis à noite (20h às 7h). A prefeitura disse que notificará concessionária. 

Licenciamento ambiental

A promotora solicita também que o Parque Harmonia seja objeto de licenciamento ambiental de regularização, a fim de que sejam estabelecidas, dentre outras, condicionantes específicas para a proteção da flora e da fauna silvestres, para o controle das emissões sonoras associadas aos eventos, e para o manejo dos resíduos sólidos que venham a ser gerados no parque. 

Conforme destaca o documento, a concessão não foi precedida de avaliação de impacto ambiental e de licenciamento ambiental, "muito embora o objeto da Concessão do Parque da Harmonia se enquadre nas categorias de 'parque temático' e 'parque de eventos' em área composta por 17,5 hectares de área cercada, motivo pelo qual se enquadra como atividade de grande porte’. 

A recomendação (confira na íntegra) dá um prazo de 15 dias para a Prefeitura se manifestar sobre medidas a serem adotadas. “O desatendimento à presente Recomendação poderá implicar na adoção das medidas legais e judiciais cabíveis, objetivando-se, inclusive, a punição dos responsáveis, além da responsabilização civil por eventuais danos que ocorrerem”, expõe.

:: Artigo | O direito ao lazer e a privatização de parques e praças de Porto Alegre ::

Em nota, o Movimento Salve Harmonia celebrou. “Saudamos a recomendação como um vitória da sociedade civil organizada, pois ela vem ao encontro de tudo que o movimento tem denunciado, fatos registrados inclusive em dois ofícios enviados ao MP/RS pelo Instituto Gaúcho de Estudos Ambientais (InGá), uma das mais de 70 entidades que integram o coletivo. (…) A luta pela manutenção dos espaços verdes públicos de Porto Alegre se mantém e fortalece a cada dia”. 

Posição do Executivo

Indagada sobre a recomendação, o secretário Municipal do Meio Ambiente, Urbanismo e Sustentabilidade (SMAMUS), Germano Bremm, por meio de nota, afirma que a secretaria compartilha da mesma preocupação com a manutenção de um ambiente urbano equilibrado, enquanto também reconhece a importância das atividades culturais e de lazer no parque.

“Com a finalidade de introduzir gradualmente a operação da concessão do Parque Harmonia, a Prefeitura está autorizando a realização de eventos temporários pela concessionária. Isso permitirá que os moradores e frequentadores se familiarizem com as atividades e funcionamento, consolidando a experiência após a conclusão das obras. No entanto, reconhecemos a necessidade de assegurar a qualidade de vida dos moradores locais e a tranquilidade do entorno”, expõe o secretário.

Nota da SMAMUS

“Sobre a recomendação do Ministério Público acerca dos ruídos gerados durante eventos realizados no Parque Harmonia, informamos que como órgão ambiental da cidade, compartilhamos a preocupação com a manutenção de um ambiente urbano equilibrado, enquanto também reconhecemos a importância das atividades culturais e de lazer no parque.

Entendemos que o Parque Harmonia possui uma vocação central para atividades de lazer e cultura, sendo parte fundamental da nossa estratégia para impulsionar o cenário cultural e turístico de Porto Alegre. Desde o processo de concessão da área, temos buscado garantir que a população desfrute plenamente dos benefícios que o parque oferece, mantendo o foco na coexistência harmoniosa entre as atividades culturais e o bem-estar da comunidade.

Nossa cidade tem se fortalecido como um destino turístico e como palco de grandes eventos, graças ao apoio e engajamento da sociedade porto-alegrense. A Prefeitura tem trabalhado incansavelmente para estabelecer parcerias que aproximem a comunidade da gestão urbana, visando a construção de uma cidade resiliente, responsiva e sustentável.
Diante disso, com a finalidade de introduzir gradualmente a operação da concessão do Parque Harmonia, a Prefeitura está autorizando a realização de eventos temporários pela concessionária. Isso permitirá que os moradores e frequentadores se familiarizem com as atividades e funcionamento, consolidando a experiência após a conclusão das obras. No entanto, reconhecemos a necessidade de assegurar a qualidade de vida dos moradores locais e a tranquilidade do entorno.

Em concordância com a Concessionária, acolhemos a recomendação do Ministério Público com a implementação de um Plano de Mitigação e Monitoramento de Ruídos quando da realização dos shows. 

A participação ativa da comunidade é fundamental para o sucesso da operação do Parque Harmonia. Juntos, trabalharemos para garantir que o parque continue a ser um pilar essencial do projeto que Porto Alegre escolheu para o seu futuro. Estamos empenhados em criar um ambiente onde as atividades culturais possam prosperar em harmonia com o bem-estar de todos os cidadãos”.

Nota do Movimento Salve Harmonia

Posicionamento do Movimento Salve Harmonia sobre a recomendação do MP/RS à prefeitura de Porto Alegre

Recebemos com extrema satisfação a notícia de que a prefeitura de Porto Alegre recebeu do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP/RS), através da Promotoria de Justiça de Defesa de Meio Ambiente de Porto Alegre, a recomendação de se abster de conceder autorização para a realização dos eventos Festival Rap in Cena e Festival Turá no Parque Harmonia. 

O instrumento aponta uma série de ilegalidades à ordem jurídica, citando as legislações Federal e Municipal. E indica que o desatendimento aos apontamentos poderá implicar na adoção das medidas legais e judiciais cabíveis, o que inclui a punição dos responsáveis, além da responsabilização civil por eventuais danos que ocorrerem no local.

A recomendação inclui a necessidade de um Plano de Mitigação de Ruídos que contemple um projeto acústico e medidas que atenuem os impactos negativos para os eventos que venham a ocorrer no local, com estudo acústico que mapeie as áreas de influência direta e indireta dos eventos, além de um plano de monitoramento de ruídos.

Para o Movimento Salve o Harmonia, o principal ponto de destaque do documento é que, enfim, fica indicado que o projeto seja objeto de licenciamento ambiental de regularização, estabelecendo assim condicionantes específicas para a proteção da flora e da fauna, para o controle das emissões sonoras associadas aos eventos e para o manejo dos resíduos sólidos que venham a ser gerados no local.

Saudamos a recomendação como um vitória da sociedade civil organizada, pois ela vem ao encontro de tudo que o movimento tem denunciado, fatos registrados inclusive em dois ofícios enviados ao MP/RS pelo Instituto Gaúcho de Estudos Ambientais (InGá), uma das mais de 70 entidades que integram o coletivo. A iniciativa da promotora de Justiça Annelise Monteiro Steigleder denota, como vínhamos alertando, que a prefeitura não tomou qualquer cuidado em relação a todos os impactos citados e já em curso, muitos deles irreversíveis. Com a orientação, abre-se, enfim, o precedente para que o estudo de impacto ambiental seja obrigatório nas intervenções da prefeitura em praças e parques da cidade, que não podem mais seguir sem licenciamento.

Lembramos que a ação popular contra o Município de Porto Alegre e a empresa GAM3 Parks S.A. segue na Justiça e pode ter desdobramentos frente a novos fatos que estão surgindo, como a falta de um estudo de impacto de ruído, que não consta no projeto, podendo ser solicitada uma nova liminar. A luta pela manutenção dos espaços verdes públicos de Porto Alegre se mantém e fortalece a cada dia. Afinal, como cita a própria recomendação, a Constituição Federal prevê em seu artigo 225 que “todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações”.

Movimento Salve o Harmonia

Porto Alegre, 10 de agosto de 2023.


Editado por: Marcelo Ferreira
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