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Bateu de frente

Petro ‘resgata dignidade da América’ com enfrentamento à política migratória de Trump

Depois de recusar dois aviões militares com colombianos deportados dos EUA, Bogotá e Washington chegaram a acordo

28.jan.2025 às 16h11
Caracas (Venezuela)
Lorenzo Santiago

Petro voltou a denunciar a tentativa de um golpe de Estado na Colômbia - Prensa Presidencial

A política do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de retirar todos os migrantes que não estão regularizados nos EUA afeta diretamente vários países latinoamericanos e coloca uma questão política que terá de ser enfrentada por cada governo que receberá os deportados: aceitar, negociar ou rejeitar?  

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, escolheu um caminho e demarcou a sua posição. Depois de recusar dois aviões militares que traziam colombianos deportados dos EUA, Bogotá e Washington chegaram a um acordo e os colombianos expulsos chegaram a Bogotá nesta terça-feira (28).

Os detalhes da saída para a crise não foram divulgados, mas os colombianos ofereceram um avião presidencial para resolver a viagem dos colombianos e exigiram respeito aos direitos dos deportados.

Se em um primeiro momento o colombiano insistiu que não aceitaria esse tipo de política, Petro aceitou negociar e colocou as suas condições para fazer o acordo. Setores da esquerda e até integrantes da coalizão do governo, Pacto Histórico, consideraram a decisão de Petro um “recuo estratégico”, já que Bogotá conseguiu marcar posição e evitar um bloco de ataques forte contra a economia colombiana. 

Para o professor de Relações Internacionais da Universidade de Antioquia, Javier Sanchez, Trump acabou aceitando não enviar os deportados em uma situação humilhante, o que mostra uma conquista da próprio negociação de Petro neste caso.  

“Eu não acho que Petro se arrependeu ou deu os atrás. Desde o começo ele sinalizou que não podia obrigar nenhum governo a manter imigrantes no seu território por diferentes razões ou se não cumpriam com as legislações desse país. O que ele fala desde o começo é que não se pode generalizar e tratar os migrantes como bandidos e que, portanto, o processo de deportação deveria ser feito cumprindo as normas próprias dos direitos humanos. Ou seja, não pode algemar um migrante e enviá-lo em um avião”, afirmou ao Brasil de Fato.

Em nota publicada neste domingo (26), o Ministério das Relações Exteriores da Colômbia afirmou que o governo havia “superado o ime com os Estados Unidos” e que o chanceler, Luis Gilberto Murillo, e o embaixador da Colômbia nos EUA, Daniel García-Peña, viajariam nas próximas horas a Washington para negociar os pormenores desse acordo. A nota também reforça que a Colômbia vai continuar recebendo os deportados.

A Casa Branca também emitiu uma nota afirmando que os colombianos “concordaram com todos os termos do Presidente Trump, incluindo a aceitação irrestrita de todos os estrangeiros ilegais da Colômbia que retornaram dos Estados Unidos, inclusive em aeronaves militares dos EUA, sem limitação ou atraso".

Para Sánchez, mesmo que os detalhes do acordo não tenham sido divulgados, o governo da Colômbia conseguiu impor suas condições para receber os deportados.

“Tudo indica que há duas opções: que o governo colombiano envie o avião presidencial para trazer os deportados, ou que eles sejam deportados em aviões estadunidenses, mas respeitando o tratamento que eles merecem. Petro atuou assim porque ele é representante dos colombianos e sai em defesa dos interesses nacionais, e dos interesses desses cidadãos em outros países, sem importar a condição ou o status jurídico”, disse. 

Assim como a Colômbia, o Brasil também denunciou as condições em que os deportados foram enviados ao país de origem. Quase todos estavam algemados, o que levou ao governo braisleiro a pedir explicações ao governo estadunidense sobre os “maus-tratos” recebidos pelos deportados. 

Segundo o cientista político colombiano Alberto Villa, essa medida de Petro “resgata a dignidade” dos povos latinoamericanos em uma nova política de ataque dos Estados Unidos contra migrantes.  

“O que está fazendo Petro é resgatar a dignidade da América. Os EUA são construidos por migrantes, depois de um genocídio dos povos originários. Eles sempre exerceram poder econômico e militar para o pátio traseiro. Nós, normalmente, estivemos de joelhos para a política estadunidense. Petro tem esse exercício de dignidade, porque coloca uma postura mais disposta nesse sentido, porque ele pede dignidade na deportação. Há uma proibição de transportar deportados em aviões amarrados”, afirmou ao Brasil de Fato. 

Ameaças contra a economia

Além das consequências para os migrantes, os Estados Unidos ameaçaram colocar taxas de 25% para os produtos colombianos, com possibilidade de aumentar para 50%. O próprio presidente Petro respondeu em uma carta afirmando que faria um imposto recíproco para produtos estadunidenses que entram na Colômbia. 

Para Sanchez, no entanto, há um desbalanço importante entre os dois países com essas medidas. No ano ado, 37,9% das exportações colombianas tiveram como destino os Estados Unidos. Os produtos exportados também são de baixo valor agregado, o que compromete a balança comercial entre os dois: petróleo, carvão, café, banana e flores.

No sentido oposto, os colombianos compram produtos muito mais caros e industrializados, como máquinas, produtos petrolíferos, produtos químicos e veículos.

“Se os EUA subirem as taxas afetaria a economia colombiana, porque temos uma economia muito vinculada aos EUA. Eles são nosso principal parceiro comercial e são destino de grande parte das exportações colombianas como café e flores. A competitividade dos produtos seria muito mais baixa nos EUA se aumentassem as taxas para esses produtos e isso traz consequências para a Colômbia”, disse. 

Para Alberto Villa, Petro deve ter calculado o risco antes de “bater de frente” com a Casa Branca. De acordo com ele, há a percepção de uma atuação conjunta do colombiano com a presidente do México, Claudia Sheinbaum, para travar essa disputa com os Estados Unidos. O governo mexicano já havia rebatido as ameaças de Trump afirmando que as tarifas seriam respondidas com impostos sobre os produtos dos EUA que entrassem em seu país.

“Eu acho que Petro é capaz, inteligente e quando ele toma essa medida de entrar nessa polêmica com Trump ele já calculou o que pode acontecer, inclusive com Claudia Sheinbaum. Pode ter uma perda econômica, mas Petro já calculou outras frentes de comércio e parcerias. Petro cedeu pensando no efeito politico e economico que pode ter na Colômbia. Ele retrocede um pouco pensando no economico e, pela história dos EUA na Colômbia, há também esse temor de movimentos militares”, disse ao Brasil de Fato.

As deportações também têm um impacto para as famílias que estão na América Latina. Muitos dos latinoamericanos que vivem nos EUA, apesar da condição de irregularidade, são cidadãos economicamente ativos e, além de ajudar a economia norte-americana, enviam remessas aos familiares em outros países. Com as deportações, a quantidade de remessas cai. 

Os analistas afirmam que tudo isso pode levar a um tensionamento das relações entre os países latinoamericanos e os Estados Unidos e mostra que a América Latina “não vai escapar” da política de Trump. Ele afirma que isso pode levar a uma união dos países latinoamericanos para combater essas políticas. A própria presidenta de Honduras, Xiomara Castro, convocou uma reunião da Comunidade dos Estados Latinoamericanos e Caribenhos (Celac).

Para Sanchez, a reunião pode ser um contexto para algumas medidas coletivas para se posicionar contra as medidas de Trump

“A única forma dos países fazerem isso é ter uma declaração conjunta de um número importante de países latinoamericanos solicitando o respeito aos deportados", afirma.

"Outra coisa é que a América Latina unida pode notificar o governo de Trump de que, mesmo sendo nações pequenas, temos força e poder para retaliação através de medidas tarifárias ou mesmo retirar os militares e as bases militares em território dos países afetados por essas decisões de Trump”.

Editado por: Leandro Melito
Tags: donald trump
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