Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • TV BdF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • I
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Opinião
  • DOC BDF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Brasil de Fato
Início Direitos Direitos Humanos

Preconceito fatal

Brasil teve quase 300 mortes violentas por LGBTfobia em 2024

Levantamento aponta que país segue liderando ranking desse tipo de crime

18.jan.2025 às 15h01
São Paulo (SP)
Nara Lacerda

Seja com a mulher que reivindica o direito reprodutivo ou com o casal homoafetivo que volta para casa no transporte público, a pedagogia da opressão é certeira - Tânia Rego / Agência Brasil

O Brasil registrou 291 mortes violentas de pessoas LGBT+ ou movidas por LGBTfobia no ano ado, o que representa aumento de mais de 8% em relação a 2023. Os dados fazem parte do relatório anual da Organização Grupo Gay da Bahia (GGB), a mais antiga da América Latina. 

De acordo com o levantamento, o país segue como líder desse tipo de crime entre as nações que realizam estudos sobre o tema. Os dados relativos a 2024 representam um óbito violento a cada 30 horas. A maioria das mortes violentas de LGBT+ em 2024 foi classificada como homicídio (239 casos), seguida por latrocínio (30 casos), suicídio (18 casos) e outras causas (4). 

A pesquisa baseia-se em informações coletadas na mídia, em sites de pesquisa na internet e em correspondências enviadas à ONG. A organização alerta para o fato de que os resultados podem estar subnotificados, dada a falta de estatísticas oficiais sobre crimes de ódio contra a população LGBT+ em território nacional.  

“Apesar desse esforço titânico, misturando paciência beneditina e faro de Sherlock Holmes, muitas matérias jornalísticas e registros policiais omitem informações cruciais sobre a orientação sexual ou identidade de gênero das vítimas, cor e detalhes sobre o modus operandi dos assassinos.”, aponta o relatório. 

O documento mostra como esse tipo de violência se manifesta em diferentes formas e contextos. A idade das vítimas variou de 5 a 75 anos, o que demonstra a gravidade do problema. Em fevereiro do ano ado, um menino de 5 anos foi morto a pedradas após usar o termo “sapatão” para se referir a uma adolescente de 14 anos, que confessou ter matado o garoto. O relatório aponta que o crime, que ocorreu no interior de São Paulo, “revela o quanto a LGBTfobia tóxica está enraizada também no imaginário infanto-juvenil”. 

Em outro extremo, o levantamento destaca o assassinato de Brent Fay Sikkema, um renomado galerista estadunidense de 75 anos, morto no Rio de Janeiro pelo ex-companheiro. O caso de violência doméstica "destacou não apenas a vulnerabilidade de indivíduos LGBT+ à violência em contextos afetivos, mas também a necessidade de maior atenção à prevenção de crimes motivados por desentendimentos interpessoais e emocionais”. 

De acordo com o relatório, 60,8% das vítimas tinham entre 19 e 45 anos. A média de idade das travestis e transexuais assassinadas em 2024 é de 24 anos, dado que corrobora os estudos que demonstram a baixa expectativa de vida dessa população por causa da violência.  

As profissões das vítimas demonstram que a violência LGBTfóbica atravessa todas as classes sociais e atinge pessoas em diferentes contextos e realidades. Na lista estão trabalhadores e trabalhadoras da educação, da saúde, prestadores e prestadoras de serviço, empresários e empresárias e profissionais do sexo.  

São Paulo, o estado mais populoso do Brasil, registrou o maior número de mortes, com 53 casos. No entanto, proporcionalmente à população, a Bahia lidera o ranking, com 31 mortes. A comparação entre as capitais desses estados evidencia essa disparidade: Salvador, com 2,5 milhões de habitantes, contabilizou 14 mortes, enquanto a cidade de São Paulo, com cerca de 12 milhões de habitantes, registrou 13 casos.   

Entre as capitais mais violentas para a população LGBT+ em 2024, destacam-se também Belo Horizonte e Maceió (7 mortes cada) e Fortaleza, Manaus e Rio de Janeiro (6 mortes cada). 

O uso de armas brancas foi mais frequente, identificado em 22,36% dos casos. Na sequência estão os óbitos por armas de fogo, que respondem por 21,65%. A lista também inclui espancamentos, asfixia e apedrejamento e relatos de tortura, esquartejamento e carbonização de corpos.  

Em relação ao local das mortes, 32% das vítimas foram assassinadas em suas residências, enquanto cerca de 36% morreram em ruas, estradas e espaços públicos. “Persiste o padrão de travestis serem assassinadas a tiros na pista, terrenos baldios, estradas, motéis e pousadas, enquanto gays e lésbicas são mortos a facadas ou com ferramentas e utensílios domésticos, sobretudo dentro de seus apartamentos”, alerta o estudo. 

O Grupo Gay da Bahia enfatiza a urgência de ações efetivas e articuladas para reverter o cenário. A educação inclusiva é apontada como um pilar fundamental, com a incorporação da educação sexual e de gênero em todos os níveis escolares. Além disso, o GGB destaca a necessidade de cumprimento rigoroso das leis existentes, como a criminalização da homofobia e transfobia, e o desenvolvimento de políticas públicas abrangentes que garantam a segurança e a dignidade da comunidade LGBTI+.
 

Editado por: Raquel Setz
Tags: homofobialgbtqia+violência
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja *
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Veja mais

reconhecimento

Procurador do MPF recebe Medalha Tiradentes por atuação em defesa de causas populares

Infraestrutura

Novo Inter 2: remake da novela da Linha Verde? questiona Laís Leão

Arte e cultura

INTERCÂMBIO COM O MARANHÃO: Garibaldis e Sacis abre inscrições gratuitas para Oficina de Tambor de Criola

Justiça

Ministério Público cobra explicações da prefeitura de São Paulo sobre afastamento de diretores; gestão Nunes é acusada de driblar rito legal

fraude no INSS

Descontos indevidos do INSS serão ressarcidos até 31 de dezembro

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Rádio Brasil De Fato
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
    • Mobilizações
  • Bem viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevista
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Meio Ambiente
  • Privatização
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.