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NOVO CÂMBIO

Bancos preveem dólar acima de R$ 6 até 2026: quem ganha e quem perde com isso?

Moeda não deve retomar a patamares históricos no curto prazo beneficiando exportadores e pressionando preços internos

14.jan.2025 às 10h57
Atualizado em 15.jan.2025 às 10h57
Curitiba (PR)
Vinicius Konchinski

Dólar e real - Mauro Pimentel/AFP

A cotação do dólar não deve retomar patamares abaixo dos R$ 6 pelo menos até o final de 2026. Isso, pelo menos, é o que estimam economistas de bancos brasileiros ouvidos semanalmente pelo Banco Central (BC) para a elaboração do Boletim Focus.

O boletim compila expectativas do mercado financeiro sobre indicadores da economia nacional. Na segunda-feira (13), pela primeira vez, ou a apontar para o dólar a R$ 6 até o final do ano que vem – há uma semana, a estimativa era de R$ 5,90.

A moeda dos EUA se valorizou cerca de 27% ante o real em 2024: saiu de cerca de R$ 4,85 e fechou o ano em R$ 6,18. Recuou a R$ 6,04 nos primeiros dias do novo ano. Não tende, porém, a baixar a patamares históricos no curto prazo.

O “novo normal” do câmbio trará consequências para a economia brasileira. Setores que faturam com exportações, como o agropecuário, devem ser beneficiados pelo dólar mais alto. Por outro lado, os preços de alimentos e combustíveis tendem a subir, o que pode afetar os juros e frear o crescimento da economia.

“Todo cenário econômico tem ganhadores e perdedores. Os maiores beneficiados serão os exportadores. Quem perde é quem compra em dólar”, resumiu Miguel de Oliveira, economista e diretor-executivo de estudos e pesquisas da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, istração e Contabilidade (Anefac), que concorda que o dólar não deve ser cotado a menos de R$ 6 nos próximos meses.

Ganhadores

Mauricio Weiss, economista e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), ressaltou que é difícil prever o nível do câmbio porque ele responde a diversos fatores internos e externos, mas acha factível a previsão dos R$ 6.

Ele também concorda que setores da economia nacional focados na exportação serão beneficiados, mas não vê só o agronegócio ganhando com o dólar alto. Para ele, indústrias brasileiras de produtos de baixa complexidade tecnológica também devem ganhar mercado, pois seus produtos poderão ser ofertados a preços mais baixos no exterior.

“O Brasil pode ganhar mercados especialmente de setores industriais menos intensivos em tecnologia, que são mais sensíveis a preços”, disse Weiss, citando o exemplo da indústria alimentícia, que está historicamente vinculada ao agro.

Weslley Cantelmo, economista e presidente do Instituto Economias e Planejamento, incluiu as mineradoras e petroleiras na lista de beneficiados com o novo câmbio, já que elas vendem minério e petróleo cotados na moeda dos EUA.

Perdedores

Cantelmo disse que a indústria de produtos de alta tecnologia não tende a se beneficiar com o dólar alto, já que seus produtos já são mais caros. A variação do câmbio, no caso deles, pouco importa no custo de produção e no preço final.

No caso dessa indústria, aliás, o dólar alto também pode trazer malefícios, lembrou o economista. A compra de novas máquinas importadas para aumentar a produção fica mais cara com a mudança no câmbio. Fica mais difícil para o empresário realizar investimentos necessários para ganhar mercado no Brasil e fora dele.

José Luis Oreiro, economista e professor da Universidade de Brasília (UnB), acrescentou que a instabilidade no câmbio também prejudica o investimento. Segundo ele, mesmo setores teoricamente beneficiados pelo dólar alto podem não aumentar a produção ou fazer investimentos temerosos de que a cotação da moeda pode recuar. “A volatilidade não é boa porque traz incerteza”, resumiu ele.

Oreiro acrescentou que investimento demanda juros baixos. Neste caso, o câmbio tende a atrapalhar. Isso porque ele pressiona a inflação. O Banco Central (BC) combate a inflação aumentando juros. Ou seja, um empresário que estava pensando em comprar uma máquina financiada para aumentar sua produção tende a adiar esses planos.

E a população?

A população perde com o câmbio mais alto pelos dois lados.

A vantagem que o dólar alto causa para o agro e para a indústria exportadora faz com que eles mandem mais produtos para fora. Vale mais a pena exportar do que vender internamente. Com isso, a oferta de alimentos no Brasil, por exemplo, tende a ser menor. Preços podem subir.

Sobem também porque parte dos alimentos vendidos no Brasil depende de matéria-prima importada. É o caso do pão, que depende do trigo argentino.

“Alimentos sobem, tanto pelos importados quanto pelo aumento em reais das commodities que são exportadas pelo Brasil”, resumiu Weiss.

Já o malefício que o câmbio causa para quem precisa comprar uma máquina nova também é sentido pela população. Os juros dos financiamentos e empréstimos tendem a subir por conta da pressão do dólar sobre a inflação. Isso aperta as contas do cidadão.

A alta dos juros ainda desacelera a economia. O ritmo de criação de empregos, por exemplo, tende a perder força. O trabalhador perde a chance de buscar novas oportunidades e até de barganhar por salários melhores.

Weiss lembrou que o dólar alto pode até estimular a indústria nacional no longo prazo, mas esse seria um processo mais lento, que só seria sentido pela população futuramente e caso o câmbio se mantenha num patamar elevado por algum tempo.

Papel do governo

Por conta dos impactos do câmbio sobre a população, economistas defendem que o governo atue para, no mínimo, mitigar oscilações. “A oscilação de curto prazo gera choques inflacionários”, disse Weiss.

Oreiro defende que o governo, no curto prazo, deveria tomar medidas para trazer de volta ao Brasil recuperar parte dos dólares que deixaram o país recentemente para amenizar a cotação da moeda. Ele é favorável, por exemplo, à reversão total da possibilidade de exportadores brasileiros manterem os dólares recebidos por vendas ao estrangeiro fora do país, algo que foi autorizado em 2008.

Ele lembrou que a medida fazia sentido na época porque, quando foi tomada, o dólar estava baixo, prejudicando a competitividade nacional. Hoje, o cenário é o oposto.

Medidas para “compensar” a alta do dólar também foram citadas por economistas. Uma taxação extra da exportação de petróleo, por exemplo, poderia subsidiar o preço do combustível internamente em época de real desvalorizado.

Esse tipo de benefício cruzado foi apontado como uma forma do governo zelar pelo poder de compra da população, algo que é estratégico em avaliações sobre o Executivo.

Editado por: Nathallia Fonseca
Tags: alimentosbanco centralcombustíveisdireito à alimentaçãodireitos sociais e econômicosdólarinflaçãojurospetróleoselictrabalho e emprego e geração de renda
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