A Associação Brasileira de Juízes pela Democracia (ABJD) divulgou nesta terça-feira (30) uma nota sobre a observação da eleição presidencial da Venezuela, para a qual enviou quatro de seus representantes que fizeram o acompanhamento do pleito, junto a 1200 outros observadores de cerca de 100 países.
“Nossas observadoras e observadores acompanharam atentamente em clima de liberdade o processo eleitoral, cujo resultado consagrou como eleito o Presidente Nicolás Maduro com 51% dos votos ao apurar 80% das urnas com distanciamento dos outros candidatos, o que não deixa margem para alteração do resultado”, diz o comunicado.
Segundo a associação de juristas, o "pleito transcorreu com respeito à constituição venezuelana e à legislação eleitoral, em um clima ordeiro, de paz e tranquilidade”. A ABJD lamentou ainda o ataque hacker ao sistema de transmissão do Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela (CNE), que, segundo a associação, “tem atrapalhado o encerramento das operações e criado desconfiança acerca do resultado”.
A organização afirma que o processo de votação é “auditável e cuja legalidade e legitimidade certamente irão se confirmar, de acordo com todas as garantias eleitorais, à integridade e à segurança do processo e da vontade soberana do povo venezuelano”.
As eleições na Venezuela ocorreram no último domingo (28). O atual presidente, Nicolás Maduro, obteve 51% dos votos, contra 44% do principal candidato da oposição, Edmundo González, que não reconheceu o resultado do pleito.
Diversas organizações sociais, movimentos populares e partidos de esquerda reconheceram a vitória de Maduro e condenaram as tentativas de deslegitimar o processo eleitoral venezuelano.
Na manhã desta terça-feira, o PT, partido do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, divulgou nota em que felicita o povo venezuelano pela “jornada pacífica, democrática e soberana” e reconhece a vitória de Nicolás Maduro. O governo brasileiro, no entanto, disse, por nota do Itamaraty, que acompanha “com atenção o processo de apuração” e defendeu uma “verificação imparcial dos resultados”.
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Clique na imagem para acompanhar a cobertura completa / Rafael Canoba/Brasil de Fato
