Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • TV BdF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • I
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Opinião
  • DOC BDF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Brasil de Fato
Início Opinião

Justiça ambiental

Papa Francisco: 11 anos de pontificado pelo cuidado com a Casa Comum

Pontífice insiste que não se pode separar a crise entre social e ambiental, as possíveis soluções devem ser conectadas

13.mar.2024 às 15h51
Brasília (DF)
Leon Patrick Afonso de Souza

O pontífice foi levado para a Policlínica Agostino Gemelli, em Roma, na última sexta-feira (14) - Foto: Vaticano Media

Desde a eleição do Papa Francisco em março de 2013, são reconhecidas sua liderança e a força eclesial e política que empenha contra às mudanças climáticas e à proteção integral do meio ambiente. Recorrentes pronunciamentos, homilias, mensagens a chefes de Estados e organismos multilaterais e de pesquisa se juntam à elaboração de importantes documentos para a Igreja Católica, bem como às agendas políticas que têm o papel de definir o presente e o futuro da Casa Comum. O mais conhecido é, sem dúvidas, a Carta Encíclica Laudato Si’, de 2015, publicada meses antes da Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP21, que resultou no Acordo de Paris.

Na Laudato Si’, o Papa sublinha o que estudiosos, especialmente das ciências humanas têm insistido há algum tempo: não existem crises separadas, uma ambiental e outra social. A modernidade e o avanço do capitalismo urbano-industrial reforçou a dualidade entre natureza e cultura ou entre meio ambiente e sociedade, distanciando não apenas a chamada humanidade do meio ambiente, como colocando todo o foco de poder sobre alguns humanos que podem explorar à exaustão o que é considerado apenas recursos naturais. Enquanto isso, a chamada natureza vem sendo devastada sem interrupções, junto com uma parte da humanidade que também é violentada quando seus territórios são desmatados, poluídos, invadidos por projetos da mineração, do agronegócio e do setor elétrico.

Desde que iniciou seu pastoreio, o Papa Francisco insiste que justamente por não ser possível separar a crise entre social e ambiental, as possíveis soluções também devem ser conectadas. Não basta replantar áreas verdes, despoluir rios ou  reciclar os resíduos domésticos. É isso, claro, mas transformações profundas no modo de produção e consumo precisam ser incorporadas com urgência, além de reformas nos sistemas econômicos, nas instituições políticas e organismos multilaterais. A Casa Comum, diz o Papa Francisco, é onde estão todas as formas de existência, humanas e não humanas, e portanto o cuidado deve ser integral porque “dada a amplitude das mudanças, já não é possível encontrar uma resposta específica e independente para cada parte do problema” (LS, 139).

Talvez por identificar que boa parte dos esforços para superar a crise ambiental ainda não teve a ousadia política necessária para o tamanho da catástrofe em curso, o pontífice voltou a falar em paradigma tecnocrático. Em um documento publicado em 2023, a Exortação Apostólica Laudate Deum, Francisco chama a atenção para o fato de que a tecnologia tem sido incorporada sobre vários territórios e corpos como homogênea e unidimensional, sem reconhecimento de que as máquinas e algoritmos operam a partir de relações de poder. A crença de que a tecnologia nos salvará de uma catástrofe ainda pior está fundada na ideia de que é possível continuar crescendo sem limites, gerando lucros e extraindo valor de todas as coisas.

Enquanto continuar operando a lógica de natureza versus humanidade, as soluções para a catástrofe climática ficarão cada vez mais distantes. As políticas de descarbonização, de transição energética e de mitigação das mudanças do clima não terão resultados duradouros se forem planejadas e executadas apenas com aparatos tecnológicos. Se para lograr transição energética e descarbonização não são considerados o direito de povos do campo e da cidade aos territórios, se não são reconhecidas suas formas de vida e se não repensarmos o modelo de consumo e produção, a vida continuará condicionada pela extração de valor, como lembra o Papa Francisco.

O meio ambiente não está lá, distante de nós. Nós, essa chamada humanidade, compomos o mundo com outras formas de existir na natureza. O caminho para continuar vivendo, mesmo entre os escombros da crise socioambiental, a pela ousadia de Estados, organismos multilaterais e da sociedade civil em apoiar e sustentar outros estilos de vida individuais e coletivos.

* Leon Patrick Afonso de Souza é cientista social e diretor de campanhas na Casa Galileia, organização que busca fortalecer o trabalho de católicos e evangélicos na promoção da democracia, da justiça ambiental e do engajamento sociopolítico.

** Este é um artigo de opinião e não necessariamente expressa a linha editorial do Brasil de Fato.

Editado por: Matheus Alves de Almeida
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja *
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Veja mais

Pacote da Destruição

Protesto contra PL da Devastação dá início à Semana do Meio Ambiente na capital gaúcha

Américas

Pelo menos 415 pessoas morreram nas prisões durante o estado de exceção em El Salvador, denunciam organizações

Editorial

Cracolândia: o boato do ‘fim’, perguntas e certezas sobre um dos territórios mais cobiçados de SP

América Latina

Protesto de apoiadores de Morales termina com 20 presos após confronto com a polícia em La Paz

Cinema

Festival Cine Minhocão exibe curtas do Brasil e do mundo em sessões gratuitas ao ar livre em SP

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Rádio Brasil De Fato
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
    • Mobilizações
  • Bem viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevista
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Meio Ambiente
  • Privatização
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.