Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • TV BdF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • I
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Opinião
  • DOC BDF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Brasil de Fato
Início Geral

"MERCADO" ASSUSTADO

Como funciona a bolsa de valores e por que ela sobe e desce conforme as declarações de Lula?

Especulação e subjetividade ajudam a explicar o que fez empresas caírem R$ 100 bi num dia e recuperarem metade no outro

12.nov.2022 às 09h36
Curitiba (PR)
Vinicius Konchinski

A taxa de juros vem subindo constantemente no país desde meados de 2020 - Reprodução

O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo (B3), fechou a quarta-feira (10) em queda de 3,35%. O tombo refletiu a desvalorização de ações de empresas supostamente relacionada a declarações do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre a necessidade de gastos com programas sociais.

Mas, afinal, por que a fala de Lula influenciou no valor de empresas negociadas na bolsa de valores? Como, aliás, a bolsa funciona?

A Bolsa é um lugar onde investidores compram e vendem ações. Já as ações são pequenas fatias de uma determinada empresa.

Leia mais: Reforma trabalhista completa 5 anos com piora de empregos e promessa de revisão

Na Bolsa, essas ações são negociadas no pregão, que funciona durante o horário comercial. Nesse período do dia, investidores que desejam vender ações de determinadas empresas anunciam sua intenção e determinam o preço que desejam receber pelo título. Quem deseja comprar tal ação faz um anúncio semelhante, deixando claro quanto deseja pagar por cada papel negociado na bolsa.

Quando o preço de venda bate com o preço de compra, o negócio é fechado. O valor da ação no negócio é registrado e a a ser considerado o "valor de mercado" do papel.

Se durante o pregão mais investidores decidem comprar ações dessa empresa, a tendência é que quem detém essa ação a anuncie por um preço mais alto. O "preço de mercado da ação" tende a subir.

Já se mais investidores decidem se desfazer da ação, a tendência é que eles rebaixem o preço para venda. O valor de mercado do papel tende a cair.

"Funciona como um grande balcão com gente comprando ativos financeiros e outros vendendo", resumiu o economista Daniel Conceição, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). "Quando muita gente decide que é hora de comprar alguma coisa, o preço tende a subir. Quando acham que está na hora de vender, o preço cai."

Existem hoje na B3 ações de cerca de 400 empresas sendo negociadas. Milhares de operações de compra e venda são fechadas todos os dias. Essas operações servem de base para índices calculados pela B3, como o Ibovespa.

Se o preço das ações de empresas consideradas pelo cálculo do Ibovespa sobe, o índice sobe. Se o preço diminui, o índice cai, como ocorreu na quarta.

Entrevista: Resgate da democracia depende do combate às desigualdades, diz economista

"O que aconteceu na quarta foi a consequência de muita gente decidindo que era hora de vender ações de empresas, especialmente as afetadas por decisões estatais, como a Petrobras", complementou Conceição.

Levando em conta o valor de mercado das ações na bolsa, é possível estimar o valor de mercado de toda uma empresa. Segundo o jornal O Globo, como o preço das ações caíram, empresas listadas na bolsa perderam R$ 100 bilhões em valor na quarta.

Mais da metade disso foi recuperado na quinta-feira (11), quando o Ibovespa subiu 2,5%.

As ações da Petrobras, por exemplo, caíram cerca de 10% desde a eleição. Só na quinta-feira (11), porém, subiram cerca de 4%.

O que levou à queda?

Investidores compram uma ação pensando em ganhar dinheiro com ela de duas formas: vendendo essa ação a preços mais altos no futuro ou recebendo a parte dos lucros dessa empresa a que um detentor de ações tem direito.

Se no pregão de quarta investidores resolveram se desfazer de ações, derrubando o preço delas, é sinal de que não esperam que o preço do papel suba ou que não esperam que a empresa lucre a tal ponto de rear as quantias esperadas por eles por ação.

:: Na educação, governo Lula dará atenção a alimentação escolar e recuperação da aprendizagem ::

Vale destacar, portanto, que a queda do Ibovespa na quarta-feira tem a ver com a expectativa de investidores para o futuro. Na quarta, efetivamente, nada ocorreu para justificar uma queda generalizada no valor das empresas listadas na Bolsa. O que houve, na verdade, foi uma piora na avaliação dos investidores sobre o futuro das companhias. Já na quinta, essa avaliação melhorou.

"Aí entra a subjetividade", afirmou Conceição, da UFRJ. "Mesmo que o investidor saiba que não há motivo objetivo para muito mais gente decidir vender uma ação no futuro próximo, ele deveria vender a ação se ele achar que muita gente vai decidir vender."

"Há ainda o efeito manada", disse Mauricio Weiss, economista e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). "Várias pessoas tendem a ter o mesmo comportamento [vender ações, neste caso] sem saber muito as razões por isso."

Por que a expectativa piorou?

De acordo com os especialistas ouvidos, a piora das expectativas de investidores está relacionada, principalmente, às primeiras decisões do governo de transição. No final da tarde de terça-feira (9), o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin anunciou a equipe econômica de transição. De noite, Lula reforçou a necessidade da criação de um espaço extra no Orçamento Federal para o pagamento do Auxílio Brasil de R$ 600 em 2023 – o governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) só reservou dinheiro para o pagamento de R$ 405.

As notícias levantaram dúvidas sobre um suposto risco à estabilidade das contas públicas entre os investidores. Isso, em tese, pode elevar as taxas de juros no país, gerar inflação e, assim, prejudicar a economia como um todo.

:: Transição sinaliza criação de ministério dos Povos Originários ::

"Criou-se uma preocupação sobre a capacidade do governo de pagar a dívida pública", explicou o economista Miguel de Oliveira, diretor-executivo da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, istração e Contabilidade (Anefac). "O dólar subiu, empresas estão endividadas em dólar, o preço das ações caiu."

Conceição, contudo, vê certa seletividade do mercado. Para ele, investidores reagem histericamente à proposta do Lula de gastar mais para melhorar a vida do povo, mas ficaram tranquilos quando Bolsonaro gastou "sem limites" para buscar a reeleição. Também não reclamaram de declarações do atual presidente contra a vacinação contra o coronavírus ou quando o Brasil registrou 500 mil mortes por covid.

Lula, aliás, ironizou o esse "nervosismo" do mercado. "Nunca vi um mercado tão sensível quanto o nosso. Engraçado é que ele nunca ficou nervoso em quatro anos de Bolsonaro", disse.

Podem ficar tranquilos.

🎥: @ricardostuckert pic.twitter.com/fWQdtXitDM

— Lula (@LulaOficial) November 10, 2022

Weiss, da UFRGS, disse que é preciso considerar até a intenção de investidores de "chantagear" o novo governo. "Pode ser uma forma de o mercado fazer com que o governo faça o que ele tem interesse", afirmou.

Como isso afeta a população?

Oliveira, da Anefac, diz que a queda da bolsa, a alta do dólar e dos juros vinculadas às expectativas de mercado são ruins. Prejudicam investidores, que são cerca de 4 milhões hoje no Brasil, mas também a economia como um todo, porque têm impacto na inflação, por exemplo, e em outros indicadores.

:: Revogar normas sobre armas é insuficiente para reverter quadro criado por Bolsonaro ::

Weiss ressaltou, contudo, que o sobe-e-desce da bolsa é comum. Só traz impactos na economia real caso seja duradouro, e nada indica que a queda de quarta-feira vai se repetir nos próximos dias.

"A bolsa de valores é uma fonte importante de financiamento para empresas abrirem capital [emitirem ações para financiar projetos]. Então, se há um ritmo positivo na bolsa, empresas conseguem se arrecadar valores maiores e tem um potencial de realizar investimento", explicou ele. "Mas o movimento especulativo não têm impacto significativo nisso."

Editado por: Nicolau Soares
Tags: especulação
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja *
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Veja mais

Luta por justiça

Familiares de Victor Cerqueira participam de audiência pública sobre letalidade policial na Bahia nesta sexta (30)

DESIGUALDADE

Economia não gira com dinheiro na mão de poucos, diz Lula

ARTIGO

Governo Lula e os bilionários da floresta: errar hoje para errar muito mais amanhã

MEMÓRIA

El guacho – Pepe Mujica

Pressão do Congresso

Governo acerta no IOF, mas erra na comunicação, avalia cientista político

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Rádio Brasil De Fato
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
    • Mobilizações
  • Bem viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevista
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Meio Ambiente
  • Privatização
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.