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Fora dos planos

Sem reajustes, servidores públicos se queixam de prioridades eleitorais e fatia magra para 2023

Promessas de Guedes para o ano que vem não comovem funcionalismo, que anseia por valorização no próximo governo

18.jul.2022 às 10h46
Brasília (DF)
Alex Mirkhan

De acordo com categorias, fatia do orçamento reservada para aumentar salários em 2023 seria quase irrelevante frente à inflação - Evaristo Sá/ AFP

A dupla que dita os rumos da economia do Brasil, Paulo Guedes e Jair Bolsonaro (PL), terminará o mandato sem aplicar reajustes aos servidores públicos. Um jejum que não se repetia desde 2001, quando Fernando Henrique Cardoso ainda era presidente e finalmente aumentou os rendimentos dos servidores federais após um hiato de seis anos.

A confirmação de que nem os 5% de aumento, anunciados pela equipe econômica em abril, seriam acrescidos ao funcionalismo não surpreendeu as entidades representativas, que se queixam das dificuldades nas negociações desde o início do atual governo, em 2019. Agora, elas focam em correr contra o tempo para conseguir, ainda no segundo semestre, uma fatia maior do orçamento em 2023.

Nesta terça-feira (12), o Congresso Nacional aprovou a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2023, com previsão modesta de reajustes. Ao salário mínimo, ficou reservada uma margem de apenas 6,7%, muito inferior à inflação de 11,89% acumulada apenas nos últimos 12 meses, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas).

Já para o funcionalismo público federal, foram reservados R$ 11,7 bilhões para reajustar os rendimentos de todas as categorias – patamar muito inferior ao ansiado por Isac Falcão, presidente do Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais da Receita Federal (Sindifisco). "Se fizer uma proporção com a folha de pagamento da União Federal, isso dá algo em torno de 3%. São poucos meses de inflação desse governo, não é nada. Ele (Bolsonaro) já manifesta a intenção de continuar achatando as remunerações do trabalhador, não só no setor público", projeta.

Os quatro anos de governo Bolsonaro foram bastante desafiadores para os servidores, especialmente após o início da pandemia. Além de uma proposta de reforma istrativa, sob a PEC 32/2020, o funcionalismo precisou engolir o "remédio amargo" do congelamento dos salários, como definiu à época o presidente da República Jair Bolsonaro.

:: Cesta básica em Brasília acumula inflação de quase 20% em 12 meses ::

Para os servidores, a Lei Complementar 173/2020, que barraria qualquer reajuste até o fim de 2021, teve o efeito de "uma granada no bolso", cujos efeitos ainda são sentidos. Afinal, no início de 2022, com o fim do impedimento legal, vários pedidos de recomposição salarial de ao menos 19,9% foram protocolados junto ao ministério da economia, mas sem efeito.

No dia 20 de junho, o ministro da economia Paulo Guedes confirmaria que nem os 5% de acréscimo anunciados em abril seriam aplicados ao funcionalismo neste ano, o que era esperado pelas entidades representativas do setor, segundo Pedro Armegol, diretor da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef) e da Central Única dos Trabalhadores (CUT).

"No final, a resposta do governo foi que não havia margem nem para aumentos no auxílio-alimentação e auxílio saúde dos servidores. E claro, os recursos estão sendo enviados para essa 'PEC da Bondade', que consideramos uma PEC eleitoreira com o único objetivo de potencializar votos para a reeleição de Bolsonaro", acusa Armegol.

Promulgada pelo Congresso Nacional nesta quinta-feira (15), com direito à presença de um sorridente Bolsonaro, a PEC dos Auxílios vai destinar R$ 41 bilhões em benefícios sociais a partir de 18 de agosto. Uma manobra feita pelo Centrão, tanto na Câmara quanto no Senado, que recebeu aval da oposição, mesmo com os potenciais ganhos à campanha de reeleição do presidente.

"Há que se separar as coisas. O benefício para os cidadãos mais carentes é obrigatório numa política de Estado. O problema é a hipocrisia do discurso do teto", manifesta Fabio Faiad, presidente do Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal), que resgata o argumento do governo de responsabilidade com o chamado teto de gastos para adiar o reajuste ao servidor para o próximo ano.

"Na nossa opinião, se ganhar a eleição vai ter de novo o discurso de que respeitar o teto é necessário, o que certamente vai estrangular todos os benefícios para todas as categorias de todos os segmentos da sociedade", prevê o bancário.

Benefícios e regalias aos militares agravam situação

Também gera descontentamento o rendimento cada vez maior dos militares, especialmente após a reforma da previdência em 2019. Um levantamento realizado pelo economista Daniel Duque, do Centro de Liderança Pública (CLP), aponta que os membros das Forças Armadas tiveram 29,6% de ganho real nos últimos 10 anos, já descontada a inflação acumulada desde 2012.

:: Meu governo, meu orçamento: vantagens militares desde a reforma da Previdência ::

As regalias ficam ainda mais evidentes pelo fato de que milhares de oficiais da ativa aram a ocupar cargos na istração federal, acumulando rendimentos superiores ao teto constitucional. Reportagens da Folha de S.Paulo revelam que militares de alto escalão foram beneficiados, como Bolsonaro, o vice Hamilton Mourão (Republicanos) e o general Luiz Eduardo Ramos (Secretaria-Geral) que, sozinho, ou a ganhar R$ 350 mil a mais por ano.

Em um cenário oposto, há categorias que enfrentam seguidos cortes e desinvestimento no serviço público, além de sofrerem com falta de profissionais, já que o governo não promove novos concursos.

Por um déficit alegado de 11 milhões de funcionários, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), por exemplo, atrasou rees da concessão de benefícios da Previdência Social, gerando filas que, em fevereiro, chegaram a 1,7 milhões de pessoas.

De acordo com Isac Falcão, a Receita Federal viu seu efetivo ser reduzido à metade nos últimos anos, o que estaria diretamente relacionado aos maus desempenhos de produtividade e da economia, de modo geral. "Com 50% do efetivo, não tem gente para fiscalizar as empresas e controlar as mercadorias que entram no Brasil. Isso atrapalha a operação das empresas brasileiras porque elas sofrem concorrência desleal de mercadorias do exterior", relata.

Novas promessas não têm a mesma força de boas lembranças

Em aceno aos servidores, Paulo Guedes prometeu negociar reposições para o ano que vem. Um movimento que seria favorecido pela redução de gastos com a pandemia, pelo aumento da produtividade e pela maior oferta de serviços digitais para a população, compensando a média de 30 mil servidores que se aposentam por ano sem serem repostos.

Porém, o discurso não convence Fabio Faiad, especialmente com relação ao coeficiente entre tecnologia e a importância física dos servidores. Em sua avaliação, a automatização e a digitalização dos processos, visando a simplificação e a segurança no fluxo de dados, fazem parte da rotina das instituições públicas federais.

"Dizer que apenas isso preencheria as vagas abertas com as aposentadorias é um erro crasso. Não adianta só informatizar, alguém tem que operar os sistemas, analisar e atender o público", argumenta Faiad.

A menos de 3 meses para as eleições, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) segue liderando as pesquisas com folga. A seu favor, pesa um histórico de diálogo com o funcionalismo, característica reconhecida até mesmo por categorias historicamente menos à esquerda.

Já os candidatos da chamada terceira via, Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB), têm apostado no discurso de modernização das relações trabalhistas. Enquanto o pedetista propõe a inserção dos servidores públicos em uma "nova CLT", a candidata mais identificada com o liberalismo defenderá uma reforma istrativa que não afete a estabilidade dos servidores do setor público.

De qualquer maneira, os sindicatos prometem manter a combatividade mesmo em cenários mais favoráveis. Com exceção de Bolsonaro, acredita-se que todos os demais candidatos têm interesse na valorização do servidor e, por consequência, do serviço prestado para a sociedade mais necessitada.

"Para todos será apresentada a mesma pauta. Ocorre que alguns governos já estavam ali e mostraram a que vieram. Questões da nossa categoria, por exemplo, tivemos governo PSDB, PT, Bolsonaro, PMDB, e estão até hoje sem resolução. Então independente de qual governo vença, qual candidato vença, a pauta é a mesma e vamos lutar por ela", enfatiza Faiad.

Editado por: Nicolau Soares
Tags: reforma istrativaservidores públicossindicatos
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