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Início Internacional

Geopolítica dos apps

TikTok destrona Facebook e torna-se o aplicativo mais baixado do mundo

Pesquisador da UFABC afirma que episódio demonstra a China como "potência tecnológica" em disputa com os EUA

11.ago.2021 às 15h29
São Paulo (SP)
Thales Schmidt

Tik Tok é um dos aplicativos da companhia chinesa ByteDance - Drew Angerer/ AFP

Em 2020, nenhum aplicativo foi mais baixado que o TikTok. Foi o que informou pela primeira vez o jornal de negócios japonês Nikkei, que começou a organizar um ranking de popularidade dos apps em 2018. Ano ado, de acordo com o Nikkei, a plataforma chinesa aparece no topo da lista, ultraando o Facebook. Essa mudança mostra uma disputa geopolítica por meio da tecnologia, avalia o pesquisador das redes digitais e professor da Universidade Federal do ABC (UFABC) Sérgio Amadeu.

Autor de livros sobre a intersecção entre internet e política, Amadeu avalia que a empresa dona do TikTok, a ByteDance, é especialista em extração e personalização de conteúdo por meio do aprendizado de máquina, daí parte do sucesso do app chinês em "fidelizar" seus usuários com conteúdos altamente personalizados.

"A China é uma potência tecnológica que disputa em pé de igualdade com tecnologias que originalmente foram criadas no Ocidente", analisa Amadeu em entrevista ao Brasil de Fato.

Apesar da nova liderança tecnológica, o professor da UFABC destaca que a lógica de funcionamento do TikTok não difere da adotada e promovida pelas redes estadunidenses. Para ele, o mundo caminha na direção apontada pelo sociólogo Guy Debord em seu livro "A Sociedade do Espetáculo", publicado em 1967: há um superexploração das imagens acima das ideias e uma superexploração do corpo.

“A China não está invertendo o padrão de uso da tecnologia, ela está somente fazendo melhor que os americanos, que criaram o padrão de uso e desenvolvimento", acredita Amadeu.

Leia mais: Ofensiva regulatória chinesa pode antecipar nova relação com super empresas

Geopolítica dos apps

O TikTok já esteve na mira da Casa Branca. Em 2020, o então presidente Donald Trump acusou a companhia de espionagem e assinou decretos para tentar forçar a venda do TikTok para uma empresa dos Estados Unidos. Microsoft e Oracle aproximaram-se e tentaram uma aquisição, mas o negócio não prosperou. O TikTok é apenas um dos pontos de fricção entre Pequim e Washington na área de tecnologia, que também estão envolvidos em disputas pelo domínio da rede 5G.

O CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, afirmou em reunião com Trump, em outubro de 2020, que o aumento de poder de companhias chinesas deveria ser uma preocupação maior do que a regulação do próprio Facebook e conversou sobre o app chinês com congressistas, de acordo com reportagem do The Wall Street Journal.

“No TikTok, o aplicativo chinês que cresce rapidamente em todo o mundo, as menções a protestos são censuradas, até mesmo nos EUA. É essa a internet que queremos">discurso na Universidade Georgetown, em 2019.


No aniversário de independência dos EUA, 4 de julho, Zuckerberg publicou vídeo com a bandeira do país. / Reprodução redes sociais de Mark Zuckerberg

Em outro episódio, a Índia baniu o TikTok e outros 58 aplicativos chineses. O Ministério da Tecnologia da Informação indiano alegou danos "prejudiciais à soberania, integridade e defesa da Índia, segurança do Estado e ordem pública". Para Sérgio Amadeu, a proibição teve como objetivo "reduzir a influência chinesa na Ásia” e deve ser entendida dentro do contexto da disputa regional entre Nova Delhi e Pequim.

“Essas plataformas de tecnologia não carregam só algoritmos e técnicas, elas carregam um modo de vida, um modo de se comportar, elas carregam influência e isso é muito importante, é por isso que os EUA estão desesperados. Eles não imaginavam que, enquanto a cultura californiana colonizava o planeta ao mesmo tempo que extrai dados do mundo inteiro pelas grandes plataformas, um país com uma cultura tão distinta conseguiria montar uma empresa e um aplicativo que disputasse com os americanos no mesmo terreno da espetacularização”, analisa o professor da UFABC.

Leia mais: Na Olimpíada, os EUA mudam até as regras para demonstrar hegemonia

Amadeu também destaca que é uma "crença perigosa" acreditar que as plataformas são neutras, quando na verdade elas atuam de acordo com interesses de determinados grupos de poder e Estados. O pesquisador cita as denúncias de Edward Snowden, que em 2013 demonstrou que os Estados Unidos espionavam líderes mundiais, como a então presidenta Dilma Rousseff (PT) e a chanceler alemã Angela Merkel, com a intermediação de plataformas norte-americanas como Microsoft, Google e Facebook.

“Há uma interessante disputa e essa disputa, por outro lado, abre fissuras no sistema para que a gente crie novas oportunidades. Então eu nem sou iludido com o sucesso chinês do TikTok e nem acho que seja tão pior que o Facebook, eu acho que a gente deveria compreender que existe uma disputa geopolítica e geoestratégica cujo elemento crucial chama-se tecnologia.”

Editado por: Arturo Hartmann
Tags: chinaestados unidosfacebookgeopolítica
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