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Início Internacional

Esporte e poder

Na Olimpíada, os EUA mudam até as regras para demonstrar hegemonia

New York Times adotou nova contagem de medalhas para se manter no topo do ranking dos jogos

04.ago.2021 às 17h37
Los Angeles (EUA)
Eloá Orazem

Corredor dos EUA, Ronnie Baker, e da China, Su Bingtian, disputam prova de atletismo nos Jogos Olímpicos de Tóquio. - Jewel Samad / AFP

Estamos às vésperas do fim de mais uma Olimpíada, mas percebemos pudemos notar que levantamento de bandeiras, maratona de ideologias e ginástica de nacionalismo foram parte do megaevento esportivo. Ali, percebe-se que a política da medalha de ouro segue invicta, mostrando que o esporte continua sendo uma poderosa ferramenta de propaganda estatal.

"Acho irônico que o Comitê Olímpico Internacional (COI) continue a se apresentar como uma organização apolítica porque o advento dos Jogos Olímpicos modernos foi político", avalia Gerald Gems, professor emérito da North Central College. "A primeira edição da competição, em 1896, foi organizada por países ocidentais, promovendo modalidades específicas, também ocidentais. Quem quisesse participar tinha de se adequar a essas regras e esse grupo, como funciona até hoje. O COI ainda é controlado, basicamente, por homens brancos ocidentais", completa.

Gems lembra que todas as edições das Olimpíadas foram palcos políticos por diferentes motivos, seja pela busca de igualdade entre gêneros, pela inclusão de negros, de pessoas indígenas, entre outras disputas. O ápice do esporte como ferramenta política veio na edição de 1936, realizada na Alemanha de Hitler. "Ali o mundo viu duas ideologias políticas se enfrentando, com os americanos, e especialmente os atletas negros americanos, derrotando a chamada 'super raça' de Hitler'", explica Gems.

Rivalidade semelhante aconteceu durante a Guerra Fria, conforme explica o professor de história do esporte da Universidade da Califórnia, San Diego, Robert Edelman: "De um lado tínhamos o capitalismo, do outro o comunismo. Muita gente diz que, na impossibilidade de atacar um adversário com armas, o fazemos por meio do esporte, que traz à tona esse nível de competição."

Leia mais: Artigo | Olimpíadas de Tokyo: o esporte reafirmando seu papel sociopolítico

A troca de farpas é uma modalidade recorrente nas Olimpíadas. Gerald Gems destaca que os Estados Unidos boicotam os Jogos Olímpicos de 1980, realizados em Moscou, por conta da invasão soviética do Afeganistão; quatro anos depois, foi a União Soviética que boicotou os Jogos Olímpicos, realizados em Los Angeles, nos Estados Unidos.

"É tudo parte de um grande jogo político. Nesta edição isso ficou evidente com Taiwan, que só pôde participar com o nome Taipé chinesa, para não desagradar a China", pontua Gems.

Enquanto Taiwan afirma ser um país soberano e independente, e é reconhecido por algumas nações como tal, a China afirma que a ilha faz parte de seu território. A soberania de Taiwan é um assunto sensível nas relações internacionais.

Não é de estranhar, portanto, que o topo do ranking dos Jogos Olímpicos seja um reflexo do que vemos no cenário geopolítico. Nas últimas edições do evento, Estados Unidos e China disputam o primeiro lugar do quadro de medalhas, sendo que na edição de 2016, no Rio de Janeiro, os asiáticos ficaram com a pole position por conquistarem o maior número de medalhas de ouro. Na contagem oficial, a medalha dourada tem peso maior que as demais.

Leia mais: Covid, polêmicas e escândalos assombram os Jogos Olímpicos de Tóquio

Neste ano, a China também aparece na frente dos estadunidenses, que resolveram mudar o critério do seu quadro de medalha para refletir sua vitória. O The New York Times ou a adotar o número absoluto de medalhas como critério de classificação, o que dá vantagem aos atletas dos Estados Unidos e coloca a delegação dos EUA no topo da lista.

"Está claro que não é um manifesto esportivo, que é sobre hegemonia cultural, financeira e social. Estados Unidos e China sabem que as Olimpíadas são uma das maneiras que têm de demonstrar seu poder de fogo. Há anos a China vem desafiando os Estados Unidos, e é um fato que eles devem nos ar, economicamente, nos próximos 10 anos", analisa Gems.

Decisões individuais também são política, diz professor

De acordo com Edelman, porém, nem todas as disputas políticas são tão claras. Enquanto outros Jogos Olímpicos foram marcados pela disputa entre países comunistas e capitalistas e protestos contra o racismo, a edição atual em Tóquio abriu espaço para a pauta "mais subjetiva" de Simone Biles. A ginasta estadunidense, dona de 32 medalhas olímpicas e mundiais, era a favorita ao pódio em Tóquio, mas desistiu de muitas de suas apresentações para proteger sua saúde mental.


Na infância, a campeã olímpica Simone Biles sofreu abuso sexual do médico Larry Nassar. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

"Nem toda a manifestação política vista nas Olimpíadas é favorável ao país de origem dos atletas, como foi o caso de Biles, mostrando a pressão psicológica a qual é submetida", afirma o professor da Universidade da Califórnia.

Leia mais: Artigo | Os gritos que a torcida não ouve

Defensor dos protestos dos atletas, por entender que as Olimpíadas são e devem ser políticas, Edelman diz que faz parte do jogo a "exploração" dos campeões por políticos.

"Cada líder tem um jeito de ser e uma troca com os esportistas, como vimos que alguns vencedores se recusaram, por exemplo, a visitar a Casa Branca de Donald Trump. Da mesma forma, houve atletas racistas que não compareceram ao escritório de Obama. Tudo isso é uma grande performance e elas vêm carregadas de simbologias", analisa Edelman.

Editado por: Thales Schmidt
Tags: chinaestados unidos
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