Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • TV BdF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • I
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Opinião
  • DOC BDF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Brasil de Fato
Início Geral

Luta Antimanicomial

Salvador realiza a 10ª Parada do Orgulho Louco

A mobilização teve o tema “Pelo fim dos hospitais psiquiátricos! Cuidar em Liberdade é possível.”

23.maio.2017 às 12h25
Salvador (BA)
Jamile Araujo
“Na luta eu conheci pessoas e fui acolhido", afirma Luciano Bittencourt, usuário do CAPS

“Na luta eu conheci pessoas e fui acolhido", afirma Luciano Bittencourt, usuário do CAPS - “Na luta eu conheci pessoas e fui acolhido", afirma Luciano Bittencourt, usuário do CAPS

“Trancar não, acolher sim”, “Por uma sociedade sem manicômios”, “Queremos CAPS 3”, “Trancar não é tratar”, essas foram algumas das frases que podiam ser vistas em faixas e cartazes na manhã do último sábado (20), no bairro da Barra, em Salvador. Era a 10ª Parada do Orgulho Louco que ocupava e coloria a Avenida Oceânica com palavras em defesa da liberdade e diversidade.

O evento faz parte da agenda do mês da luta antimanicomial e é organizado pelo Coletivo Baiano de Luta Antimanicomial (CBLA), que envolve profissionais de saúde mental, familiares e usuários do CAPS (Centros de Atenção Psicossocial). Trazendo, neste ano, o lema “Pelo fim dos hospitais psiquiátricos! Cuidar em Liberdade é possível.”. Resultante da atual conjuntura de golpe e retrocessos, onde há uma movimentação de setores elitistas que defendem a manutenção dos Hospitais Psiquiátricos, pautados em interesses corporativistas, e fazendo oposição à Lei 10.216, que dispõe sobre a proteção, direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e dos serviços substitutivos.

Manicômio não é solução

Segundo a Psicóloga e militante do Coletivo Baiano de Luta Antimanicomial (CBLA), Laís Mendes, historicamente o tratamento da loucura se deu de forma imbricada com o modo que a sociedade se estrutura. As pessoas consideradas improdutivas – “velhas”, “loucas” e “doentes” – eram levadas para os antigos leprosários, que funcionavam como depósitos humanos. Nesses lugares, as pessoas eram amontoadas em condições subumanas. Os leprosários foram transformados, pelas classes dominantes, nos Manicômios. Que foram sustentados no período militar como lugar de fabricação da loucura para obtenção de lucro. “Os manicômios são o retrato cruel da perversidade do sistema capitalista; esse mesmo sistema que produz o adoecimento, principalmente de pessoas pobres, negras e mulheres, encarcerando e privando-as do seu exercício de cidadania e liberdade em nome do lucro e da dominação”, pontua.

Para ela, essa é mais uma forma de encarcerar e de manter os setores mais pauperizados da sociedade oprimidos e marginalizados. Ressalta que é uma lógica essencialmente racista, patriarcal e capitalista. “Ainda que a internação seja necessária em alguns casos, é importante que ela aconteça deslocada da lógica manicomial. Atualmente, existem Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) tipo III, com leitos, que servem para atendimento diário e noturno durante toda a semana. Aí entra importância do CAPS, pois diferente dos hospitais psiquiátricos, eles funcionam a partir de uma lógica de cuidado pautada na reinserção social.”, finaliza a psicóloga.

Além dos coletivos que têm participação de profissionais, usuários dos serviços e dos familiares, existem também associações de usuários e familiares, como é o caso da Associação Metamorfose Ambulante (AMEA),  na Bahia, que foi a primeira associação do tipo no Brasil. Para Luciano Bittencourt, militante da AMEA e usuário do CAPS, “o usuário precisa ter uma rede apoio e a família faz isso. O apoio mais importante é aceitar o nosso adoecimento e entender que ser usuário não é ser inútil. Isso ajuda a pessoa a se sentir útil, a ter tarefas na vida”. Para ele, o importante é ter amor, afeto e confiança. “Na luta eu conheci pessoas e fui acolhido. Tenho mais uma ocupação. Quanto mais o usuário luta, ele sente que é útil e não vai se sentir inferior”, conclui Luciano.

Desafios da Luta Antimanicomial

A Luta Antimanicomial, surge no período das mobilizações pela redemocratização do país, a partir do Movimento dos Trabalhadores de Saúde Mental. Em 1987 foi fundado o “Movimento da Luta Antimanicomial”, com o lançamento de um manifesto, em Bauru, São Paulo. Levando em consideração a importância da participação popular, principalmente das pessoas portadoras de transtorno mental e de seus familiares. Esse é o marco do surgimento da Luta Antimanicomial com o grito: “Por uma sociedade sem manicômios”.

Nesses 30 anos, um dos principais avanços foi a lei 10.216/2001, que garante direitos às pessoas com transtorno mental e coloca como finalidade do tratamento a reinserção social, a partir de uma outra lógica de cuidado. Tirando os hospitais psiquiátricos do lugar de referência, ando a atribuir essa função aos serviços substitutivos, os CAPS. 

“Ao olhar o cenário político da cidade de Salvador, não podemos esquecer que gestão do Prefeito ACM Neto não tem priorizado a manutenção dos CAPS, que estão sucateados e sem recursos. Agora, mais do que nunca, nos colocamos em luta, por mais avanços e resistimos para não perder as conquistas alcançadas nos últimos períodos,” conclui Laís. 

Editado por: Monyse Ravena
Tags: luta antimanicomialsaúde mental
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja *
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Veja mais

MÚSICA NA QUEBRADA

Rapper Negra Jaque faz show em centro comunitário na Bom Jesus, em Porto Alegre

ÁGUA PÚBLICA

‘Uma empresa concedida é um serviço privatizado’, alerta ex-diretor do Departamento de Esgotos Pluviais de Porto Alegre

RETOMADA PARCIAL

Hospitais firmam acordo com IPE Saúde, mas servidores alertam: ‘não há o que comemorar’

MANIFESTO POÉTICO

Projeto Mistura Fina traz para Porto Alegre show gratuito de Glau Barros e Andréa Cavalheiro

CONGRESSO NACIONAL

Sub-representadas nos parlamentos, mulheres debatem maior participação na agenda política do Brics

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Rádio Brasil De Fato
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
    • Mobilizações
  • Bem viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevista
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Meio Ambiente
  • Privatização
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.