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Diversidade

Ato inter-religioso vai promover abraço simbólico em terreiros nesta quinta (15) 

Ação solidária que acontece no Dia do Ubuntu tem como objetivo dizer não ao racismo e à intolerância religiosa

15.set.2022 às 16h00
Porto Alegre (RS)
Fabiana Reinholz

Na definição da cartilha Terreiros em Luta, racismo religioso é um conjunto de práticas violentas que expressam a discriminação e o ódio pelas religiões de matriz africana - Juliana Gonçalves/ Arquivo Brasil de Fato

Diversas organizações religiosas, em diferentes estados do Brasil, realizarão nesta quinta-feira (15), Dia do Ubuntu, um abraço simbólico em terreiros no país. A ação tem como objetivo dizer não ao racismo e à intolerância religiosa crescente no país e acentuada, principalmente na atual fase eleitoral. O abraço acontecerá simultaneamente em diversos locais do Brasil.

Estados como Bahia, São Paulo, Mato Grosso, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e o Distrito Federal já confirmaram participação no ato. Em Porto Alegre, ele acontecerá no Ile Bara Ajelu Santo Antonio e Cabocla Jurema, localizado na Rua Ponche Verde, 81, no bairro Medianeira, às 17 horas. Também haverá ato na cidade de Pelotas, às 21h, no terreiro C.E.U – Caboclo Itaperuna, na Rua Dom Pedro II, 475, bairro Porto. 

“Estamos vivendo no Brasil um tempo muito difícil, em que o fundamentalismo de matriz cristã tem sido muito instrumentalizado, principalmente por partidos e por grupos de extrema direita. E com isso acabam inflando um ódio religioso que produz uma violência concreta, principalmente contra terreiros e terreiras no Brasil. Há uma série de ataques a esses territórios, assassinatos de lideranças religiosas de matriz africana. Também percebemos que no processo eleitoral isso tem sido muito forte, por grupos e lideranças políticas que usam uma narrativa de demonização e racismo religioso contra povos de terreiro, temos visto uma demonização muito concreta”, desta a pastora luterana, Cibele Kuss, da Fundação Luterana de Diaconia (FLD-COMIN-CAPA). 

A pastora explica que o evento foi construído a partir da reflexão do movimento ecumênico e dos Fóruns que defendem direitos humanos, a laicidade do Estado e a perspectiva da comunhão da amizade inter-religiosa, do respeito à diversidade religiosa e principalmente a liberdade religiosa. “Temos percebido que grupos de extrema direita vinculados às igrejas que estão participando do pleito eleitoral têm feito uso de uma forma abusiva do discurso cristão para promover ódio, intolerância religiosa, para dividir as pessoas, para demonizar as religiões que não são cristãs, algo que vai em oposição à laicidade do Estado. É um gesto concreto, solidário, político, amoroso que pessoas majoritariamente cristãs estarão fazendo”, ressalta. 

Para Baba Diba De Iyemanja, o Dia do Ubuntu é um desagravo às manifestações proferidas pela primeira-dama, Michele Bolsonaro, que atacou as religiões de matriz africana chamando as práticas de demoníacas, dizendo que no tempo dos governos de esquerda o Palácio do Planalto estava impregnado de energias demoníacas por conta da frequência do povo de terreiro. “As religiões cristãs que entendem o verdadeiro papel do Cristo no mundo, e nós das tradições de matriz africana temos muito respeito pela figura de Jesus Cristo como um grande humanista e que não tem nada a ver com o que hoje esses apoiadores do governo Bolsonaro pintam a imagem de Jesus Cristo, inclusive fazendo a tal da marcha de Jesus com uma arma apontando para frente incitando a violência”, destaca. 

Nesse sentido, complementa Baba, uma ação muito importante está acontecendo orquestrada em todo o país. “As ações partem de um espaço de terreiro. É uma ação muito importante de desagravo. E nós povo de terreiro estamos apoiando porque entendemos que um mundo com tolerância é possível e que também precisamos respeitar a laicidade do Estado. Ou seja, a valorização de todas as religiões, o direito de as pessoas serem de qualquer religião e também de não ter religião." 

O Bispo Humberto Maiztegui Gonçalves, da igreja Episcopal Anglicana, e presidente do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do RS, pontua que o terreiro Ile Bara Ajelu Santo Antonio e Cabocla Jurema foi deslocado quando foi construída a Avenida Tronco e que finalmente agora está sendo reconstruído. Segundo ele, a mãe Sandra, responsável pelo espaço, tem uma história marcada pela resistência e sabedoria da sua ancestralidade e luta do povo negro contra o racismo. 

“Por isso vamos amanhã abraçar esse terreiro, porque há racismo religioso diretamente focado contra as religiões de terreiro, de matriz africana, e com as pessoas que a praticam. O Estado laico, a liberdade religiosa e a alegria de ver uma humanidade plena que pode se manifestar de todas as formas é o que nos move para que amanhã, dia 15, Dia do Ubuntu, o que eu sou é o que você é”, finaliza.  

A iniciativa é do Fórum Ecumênico ACT – Brasil, do qual a Fundação Luterana de Diaconia (FLD-COMIN-CAPA) faz parte, junto com o Fórum Inter-religioso e Ecumênico do RS, o Conselho Nacional de Igrejas Cristãs no Brasil (CONIC-RS), a Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde (Renafro), o Centro Nacional de Africanidade e Resistência Afro-Brasileira (CENARAB), a Associação Brasileira de ONGs (ABONG) e a Plataforma dos Movimentos Sociais pela Reforma do Sistema Político.

Conforme ressaltam os organizadores, o objetivo é afirmar que a intolerância e o racismo religioso destroem o que há de essencial nas tradições de fé: a capacidade de nos reconhecermos como irmãos e irmãs. Somos diferentes em raça, gênero e religião, mas o amor que recebemos de Deus exige que amemos e respeitemos umas e uns aos outros (João 15:12-17).

Sobre o Dia do Ubuntu 

Segundo Baba Diba, a palavra de origem africana não tem uma tradução exata para o português, mas "nossas irmãs e irmãos africanos nos ensinam que ela pode ser entendida como 'sou o que sou pelo que nós somos'”. Ou seja, não há existência possível se não reconhecermos a existência do outro e da outra. Ubuntu é o centro da convivência e da possibilidade de coexistência. É a filosofia de colocar-se no lugar das outras pessoas, sabendo que estão conectadas entre si, que fazem parte de algo maior e que dependem da cooperação mútua para existir. A palavra carrega consigo também a perspectiva do respeito, da solidariedade e da empatia.


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Editado por: Katia Marko
Tags: intolerância religiosaterreiros
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