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Artigo

Inflação dos alimentos: é hora de corrigir a rota

O MPA defende a construção de um modelo de soberania alimentar que não dependa do agronegócio

14.mar.2025 às 09h38
Atualizado em 17.mar.2025 às 10h24
São Paulo (SP)
Anderson Amaro, Frei Sérgio Antônio Görgen, Humberto Palmeira, Leila Denise e Saiane Santos
Inflação média de alimentos no governo Lula é cerca da metade da registrada no governo Bolsonaro

A resposta para garantir comida barata e ível à população está, de fato, no fortalecimento da produção interna - Tânia Rêgo/Agência Brasil

O governo está errando no diagnóstico sobre a inflação dos alimentos. Em vez de enfrentar as causas estruturais do problema, insiste na ilusão de que o agronegócio vai alimentar o povo. Na realidade, esse modelo está voltado para a exportação e com poucos produtos a oferecer, centrado em monocultivos de commodities, como soja e milho, que não suprem diretamente a mesa dos brasileiros. O resultado dessa escolha é uma crise alimentar crescente, na qual alimentos essenciais estão cada vez mais caros e iníveis para as camadas populares.

É hora de corrigir a rota. Ainda dá tempo.

A produção interna de alimentos básicos para o consumo da população – arroz, feijão, mandioca e hortaliças – segue em declínio. Há um problema de oferta. A grande massa camponesa, que sempre abasteceu o mercado interno, está abandonada à sua própria sorte, fruto dos governos fascistas, mas ainda sem políticas públicas efetivas do nosso governo. Pronaf virou uma ilusão para os que produzem alimentos no campo. Está sequestrado pelas commodities de exportação. 

Por isso, o mercado interno é abandonado à mercê da especulação de preços.  Alimentos essenciais estão se tornando um luxo cada vez mais distante das mesas das famílias, especialmente das mais pobres, que dependem desses produtos para sua subsistência. A produção de arroz, por exemplo, atingiu o menor nível em 25 anos, e a área plantada com feijão tem diminuído constantemente. A consequência direta dessa diminuição da produção é o aumento descontrolado dos preços, afetando drasticamente as camadas mais vulneráveis da população, tanto no campo quanto nas cidades.

O governo, por sua vez, apresenta medidas paliativas como a redução das tarifas de importação de carne, café, açúcar, milho e azeite de oliva. No entanto, essas medidas não enfrentam as causas estruturais da crise. A realidade é que as importações desses produtos representam uma parcela pequena do que é consumido no país. E mais, a estrutura concentrada do mercado de alimentos, dominada por grandes redes varejistas e atravessadores, já controla os preços independentemente do custo de importação. Portanto, a promessa de que a redução das tarifas resultará na queda dos preços pode ser ilusória. Na prática, essas medidas apenas beneficiam grandes importadores e supermercados, sem promover uma real redução no preço dos alimentos para o consumidor final.

A resposta para garantir comida barata e ível à população está, de fato, no fortalecimento da produção interna de alimentos essenciais. Para isso, é urgente que o governo implemente políticas de incentivo real à agricultura familiar e camponesa, com crédito subsidiado, fomento, assistência técnica de qualidade, garantia de compra, logística de armazenamento e abastecimento popular e infraestrutura adequada para o escoamento da produção. A atual estrutura de apoio à agricultura camponesa e familiar é insuficiente e não resolve as questões estruturais que afetam diretamente a produção no Brasil. Não podemos continuar a esperar medidas que tardam e que não tocam no cerne do problema. O governo precisa agir, e deve ser agora, criando instrumentos que permitam reduzir os custos de produção, garantindo que os alimentos cheguem à mesa dos brasileiros a preços íveis.

O MPA defende a construção de um modelo de soberania alimentar que não dependa do agronegócio, que não sacrifique o meio ambiente e que, acima de tudo, valorize a produção camponesa e familiar.

O Brasil precisa retomar o controle sobre sua produção de alimentos e garantir que todos, especialmente as camadas populares, tenham o à alimentação de qualidade. O campesinato ainda está aqui, com sua força, sua sabedoria e sua capacidade de alimentar o povo brasileiro de forma sustentável, justa e digna. O governo precisa corrigir a rota agora e priorizar quem, de fato, alimenta o Brasil: os camponeses e trabalhadores rurais.

O MPA reafirma que ainda dá tempo de reverter o quadro atual. Está em nossas mãos garantir que a produção de alimentos no Brasil seja voltada para atender as necessidades do povo brasileiro. Governo e Movimentos Camponeses precisam unificar uma estratégia para garantir este objetivo. 

*Anderson Amaro, Frei Sergio Gorgen, Leila Denise, Saiane Santos e Humberto Palmeira integram a Direção Nacional do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA).

**Este é um artigo de opinião e não necessariamente representa a linha editorial do Brasil do Fato.

Editado por: Nathallia Fonseca
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