Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • Nacional
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • |
  • Cultura
  • Opinião
  • Esportes
  • Cidades
  • Política
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Brasil de Fato
Início Opinião

EDUCAÇÃO

Aquecimento global e nas salas de aula: como o ambiente escolar lida com as mudanças climáticas?

'A precariedade das escolas afeta especialmente estudantes mais vulneráveis, perpetuando ciclos de pobreza e exclusão'

17.fev.2025 às 21h35
Porto Alegre (RS)
Luiza Suarez Morais

Terceira edição do material traz resultados educacionais aferidos por diversos sistemas de avaliação cruzando os dados dos últimos dez anos - Foto: Tânia Rêgo/EBC

Na última semana, esteve em alta o tema do adiamento das aulas por conta do calor extremo. Enquanto o termômetro bate recordes no Rio Grande do Sul, as escolas públicas enfrentam uma crise estrutural que coloca em risco a saúde e o aprendizado de milhares de estudantes. No fim, as aulas foram adiadas por apenas três dias, mas essa discussão levanta uma questão crucial: que estrutura as nossas escolas têm para receber os alunos em eventos climáticos extremos?

Um levantamento realizado pelo Observatório da Educação da Comissão da Educação da Assembleia Legislativa do RS constatou que, em 2023, das 2.311 escolas estaduais, apenas 99 não necessitavam de reparos ou auxílios, enquanto 176 estavam em situação de urgência. E, com a crise climática das enchentes de maio de 2024, o número de escolas que precisam de manutenção urgente só cresceu.

Nessa realidade, muitas escolas não possuem sistema de fiação elétrica adequado, banheiros funcionando, água gelada e, em muitos casos, nem mesmo salas de aula apropriadas. Diante disso, a pergunta que fica é: o problema é realmente o retorno das aulas ou são as escolas precárias?

As escolas gaúchas estão cada vez mais degradadas e sem manutenção adequada. Mas qual será a posição do governo diante das dificuldades que as mudanças climáticas estão impondo? A escola do ado não nos serve mais, no sentido mais literal possível. As mudanças climáticas não são uma ameaça distante; elas já estão transformando o nosso cotidiano. Escolas com telhados que retêm calor, sem ventilação ou sistemas de captação de água da chuva, mostram-se completamente inadequadas para enfrentar esses desafios. Precisamos de um plano de adaptação que inclua a instalação de paineis solares, sistemas de ventilação natural e outras soluções sustentáveis. Além disso, o currículo escolar deve incorporar debates sobre meio ambiente e aquecimento global, preparando os estudantes para serem agentes de transformação.

Precisamos de reformas não apenas para lidar com o calor, mas também para enfrentar o frio intenso, as fortes chuvas e as enchentes, que se tornam cada vez mais frequentes no estado. Mesmo com essa situação alarmante, o ree de recursos para as escolas não aumentou. Na prática, o Governo do RS não tem investido o mínimo constitucional de 25% para educação.

Não podemos pensar na escola apenas como um prédio com um amontoado de cadeiras onde amos quatro horas por dia. A escola não é um depósito de crianças; ela é uma parte fundamental para a formação cidadã e do desenvolvimento social, além do papel para a redução das desigualdades. A precariedade das escolas afeta especialmente os estudantes mais vulneráveis, perpetuando ciclos de pobreza e exclusão. Investir em educação é investir no futuro do estado, garantindo que todos tenham o a um ambiente digno e propício ao aprendizado.

Portanto, pensar em melhorias para as questões climáticas também envolve repensar o currículo escolar, o papel da educação e a importância da escola pública.

Trazer os estudantes para vivenciar o cotidiano da escola, promover debates sobre meio ambiente e aquecimento global são exemplos de iniciativas que os grêmios estudantis e o movimento estudantil já estão fomentando. É essencial que os alunos reconheçam seus direitos, entendam que nem o calor excessivo nem as chuvas intensas são normais e reflitam sobre esses temas. Além disso, de serem agentes ativos para transformação da realidade através da educação. Através da organização coletiva junto às entidades estudantis podemos pressionar os governos por políticas públicas de impacto social e transformação da realidade vivida.  

Somos uma geração que está sentindo de forma tão cruel os impactos das mudanças climáticas. Com o incentivo adequado, somos também os mais aptos a desenvolver novos pensamentos e soluções para esses desafios. No entanto, com a evasão escolar e uma estrutura escolar hostil, que não quer e nem consegue nos receber adequadamente, esse potencial é desperdiçado. Enquanto isso, pesquisas sobre o nosso estado são compradas do exterior, em vez de serem desenvolvidas nos institutos federais locais.

Até quando isso vai continuar? Até quando o governo do estado nos enxergará como números, e não como indivíduos que pensam, sentem calor, sede e frio? Enxergar os estudantes como seres humanos de fato a por querer que estejamos na escola, e não nas ruas, e por trabalhar para construir uma escola que nos acolha não apenas fisicamente, mas que também incentive nossas ideias e nosso desenvolvimento integral.

* Secretária-geral do Grêmio estudantil da EEEM Padre Réus e Vice-presidente Sul da UBES

** Este é um artigo de opinião e não necessariamente expressa a linha editorial do Brasil de Fato.


 

Editado por: Marcelo Ferreira
Tags: educaçãomudanças climáticasrio grande do sul
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja *
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Veja mais

QUEM COME PIB?

Com crescimento de 12%, agro puxa PIB, mas pouco contribui com bem-estar

Racionais MCs

‘Não tem romantismo, é real’: KL Jay fala sobre a exposição do Racionais, cultura periférica e resistência

Abraço Guarapiranga

‘Ameaça é o que não falta’: Abraço Guarapiranga neste domingo (1º) denuncia avanço de projetos rodoviários nos mananciais de SP

NÃO PODE MENTIR

Justiça Eleitoral cassa mandato do vereador de São Paulo Rubinho Nunes por divulgar laudo falso contra Boulos

MEMÓRIA

Mais um bom combatente, que deixa muitas saudades

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Rádio Brasil De Fato
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
    • Mobilizações
  • Bem viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevista
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Meio Ambiente
  • Privatização
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.