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Artigo

O discurso de Lula no 8 de janeiro

Fala teve seus pontos altos e outros nem tanto, como ao questionar presença de trabalhadores na Revolução Russa

08.jan.2025 às 20h28
São Paulo (SP)
Valter Pomar

O presidente Lula e autoridades durante o ato a favor da democracia no Palácio do Planalto - Lula Marques/ Agência Brasil

Importante ouvir os dois discursos feitos por Lula, no ato em defesa da democracia, realizado no dia 8 de janeiro de 2025.

Os dois discursos – o oficial e o improviso – podem ser assistidos aqui: Lula faz ato em defesa da democracia pelos 2 anos do 8 de janeiro

Como todo discurso, teve seus pontos altos e outros nem tanto.

Entre os pontos muito altos do discurso oficial, destaco o fato de Lula ter reafirmado que só haverá democracia no Brasil, quando o povo tiver seus direitos sociais garantidos.

Reestabelecer esse sentido amplo da democracia é algo essencial, se quisermos que a defesa da democracia seja feita pelo conjunto do povo, não apenas por uma elite.

Destaco também a reafirmação de que todos os golpistas devem ser punidos.

Antes do discurso oficial, Lula fez um discurso de improviso.

Nesse improviso, Lula disse que "a democracia é tão boa, que ela permitiu que um torneiro mecânico sem diploma universitário chegasse a presidente da República, na primeira alternância concreta de poder neste país. Isso só pode acontecer na democracia, não pode acontecer noutro regime".

Em seguida, Lula disse que você pega a fotografia da Revolução Russa de 1917, não tem um operário na foto (…) porque eram os intelectuais, os ativistas políticos, os estudantes, as pessoas com um pouco mais de grau, porque historicamente sempre se pensou que trabalhador não prestava para nada a não ser para trabalhar. As pessoas não imaginavam que os trabalhadores pudessem organizar um partido e chegar à presidência da República (…)".

Não sei a qual foto Lula está se referindo. Talvez seja uma foto que me contaram que ele teria visto no famoso Instituto Smolny, em São Petersburgo. 

Mas existem milhares de fotos mostrando o oposto, a saber: que foi ampla e decisiva a participação dos trabalhadores, com destaque para os operários fabris, inclusive metalúrgicos, na Revolução de Outubro de 1917 e guerra civil que veio depois. 

Aliás, é isso que consiste a alma e o motor das grandes revoluções, como a Russa, a Chinesa e a Cubana: a participação massiva das classes trabalhadoras. E por isso mesmo as revoluções são profunda e incomparavelmente democráticas.

Talvez, ao falar dos "intelectuais, ativistas, estudantes, pessoas com um pouco mais de grau", Lula tenha querido se referir não à Revolução Russa como um todo, mas aos que dirigiram a Revolução, especialmente os integrantes do Partido Bolchevique.

De fato, muita gente fala que a direção da Revolução Russa de 1917 coube a uma elite de intelectuais.

Mas isto tampouco é exato.

Como foi demonstrado, entre outros, por George Haupt e Jean-Jacques Marie, no "estado-maior" bolchevique "a proporção de militantes operários, não apenas por sua origem social, mas também por sua presença na produção, igualava, se não superava, a proporção que havia nos quadros dirigentes dos grandes partidos social-democratas europeus da época. Este fenômeno é tanto mais significativo tendo em vista que o microcosmo dos quadros dirigentes não era recrutado a partir de um macrocosmos de um partido de massas composto em grande medida por operários – como foi o caso, por exemplo, do partido social-democrata alemão – mas sim nas condições, mais perigosas e delicadas, da ilegalidade".

Quem quiser ler a íntegra do livro citado acima, está aqui: Los_bolcheviques_por_ellos_mismos-K.pdf

Apesar de incorreta, a afirmação de Lula tem um lado extremamente positivo.

Afinal, se entendi direito o que ele quis dizer, concordo: só haverá democracia no Brasil se a classe trabalhadora se mobilizar e se organizar e lutar.

E para isto segue sendo fundamental, sempre, que a esquerda brasileira tenha na sua direção uma grande proporção de trabalhadores, "não apenas por sua origem social, mas também por sua presença na produção".

Aliás, deixo a pergunta: hoje, na direção da esquerda brasileira, a proporção de militantes operários, "não apenas por sua origem social, mas também por sua presença na produção", é maior ou menor do que no Partido Bolchevique em 1917?

A resposta à pergunta acima talvez ajude a explicar parte das dificuldades que a esquerda brasileira enfrenta hoje.

* Valter Pomar é filho de Wladimir Pomar e militante do PT. Doutor em História Econômica, Universidade de São Paulo (USP) e professor de economia política internacional no Bacharelado de Relações Internacionais da Universidade Federal do ABC.

** Este é um artigo de opinião. A visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasil de Fato.

Editado por: Nicolau Soares
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