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ESPECIAL

Mês da Visibilidade Lésbica: ‘A escrita faz parte dos sonhos e das utopias’, afirma a ARTivista feminiSta mariam pessah

Acompanhe a terceira conversa da série 'Lésbicas da cultura de Porto Alegre que você precisa conhecer'

21.ago.2024 às 21h27
Porto Alegre
ana c

mariam pessah é ARTivista feminiSta, escritora, poeta , tradutora e organizadora do Sarau das minas/Porto Alegre. Atualmente também tem uma coluna Conversa invers(A) - Arquivo Pessoal

Durante o Mês da Visibilidade Lésbica, apresentamos o especial "Mulheres lésbicas da cultura de Porto Alegre que você precisa conhecer". Nossa terceira entrevista é com mariam pessah, ARTivista feminiSta, escritora, poeta e tradutora. Ela é autora de "Meu último poema", 2023; "Em breve tudo se desacomodará", 2022; entre outros.

Também é organizadora do Sarau das minas/Porto Alegre, desde 2017, e coordenadora da Oficina de escrita e escuta feminiSta. Atualmente tem uma coluna no Youtube, a Conversa invers(A).

Confira a entrevista:

Brasil de Fato RS – Como e por que você escolheu a literatura?

mariam pessah – Não sei se eu a escolhi a ela ou ela a mim.

Eu venho da fotografia e acho que chegou um ponto no qual eu queria mostrar e dizer outras coisas que só a imagem não me alcançava. Eu precisava de palavras.

Há muito tempo, como parte do meu ativismo, eu era próxima do MST e estive uns cinco anos fotografando o movimento, sobretudo, as companheiras. Teve uma ocasião que fiquei dois, três, quatro dias participando de atividades e, ao voltar a minha casa, senti uma dor no corpo, algo indefinido. Essa dor só saiu do meu corpo quando eu sentei a escrever uma crônica do vivido. Sem ainda conhecer a teoria da Conceição Evaristo, da escrevivência, eu já a estava pondo em prática. Essa dor já não me abandonaria.

BdF RS – Como é ser uma lésbica na cena literária porto-alegrense?

mariam pessah – Difícil. Me sinto muito sozinha. Mas nem por isso deixarei de ser eu.


"Venho da fotografia e acho que chegou um ponto que só a imagem não me alcançava. Eu precisava de palavras" / Arquivo Pessoal

BdF RS – Tem alguma história curiosa, emocionante ou marcante nesses anos de carreira, para dividir conosco?

mariam pessah – Como eu falei, eu sou/fui fotógrafa, mas também eu fui ativista lésbica feminista mais de 20 anos, até que em 2012 me afastei (me afastei?) do movimento para me dedicar à literatura.

Em 2004 eu ei uns 40 dias no México, organizando o ELFLAC (Encontro Lésbico Feminista Latino-Americano e Caribenho). Essa foi uma viagem em todas as dimensões possíveis. Ao voltar eu não me encontrava. Caiu nas minhas mãos um concurso de um romance lésbico cujo prêmio era muita grana para mim. Aí, eu pensei, eu nunca escrevi, mas… e, acrescento hoje, como eu não sabia que não se podia escrever um romance em dois meses, eu o escrevi.

Dediquei cada um desses sessenta dias à escrita. No fim, claro que eu não ganhei esse dinheiro, mas um ofício. Depois trabalhei esse texto já escrito com amigas escritoras e acabou saindo "Malena y el mar", meu primeiro livro e romance.

Para mim a escrita faz parte dos sonhos e das utopias

BdF RS – Qual a importância da visibilidade lésbica dentro do espaço de cultura no qual você atua?

mariam pessah – Eu atuo em vários espaços. Sempre sou visível, às vezes a gente cansa, mas eu não volto mais ao armário.

Eu organizo o Sarau das minas há 7 anos. Pessoas que nunca vieram acham que é um espaço bem sapatão. E não, eu gostaria que fosse bem mais. Cada vez que faço o Sarau das minas edição lésbica ou, Visibilidade Lésbica, as mulheres hétero quase nem aparecem.


"Sonho com o dia em que não precisemos mais sair dos armários, pois os teremos queimado a todos" / Arquivo Pessoal

Se vezes ouço perguntas do tipo se tal coisa é também para as heterossexuais. Eu me pergunto, será que fariam a mesma pergunta para uma mulher afro, se também é para as brancas?

Como eu não acredito em causas únicas, nem fechadas, continuo e tento aprender das minhas queridas Madres de La Plaza de Mayo quando dizem que a única causa que se perde é aquela que se abandona.

Sonho com o dia em que não precisemos mais sair dos armários, pois os teremos queimados a todos. Esse dia não haverá diferenças entre as sexualidades, nem classes sociais, nem pessoas racializadas, nem fronteiras.

Para mim a escrita faz parte dos sonhos e das utopias.


Editado por: Marcelo Ferreira
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