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Início Direitos Direitos Humanos

Ativista do MAB

Julgamento sobre a Chacina de Baião, que matou a liderança rural Dilma Ferreira, começa no Pará 

Integrante do Movimento dos Atingidos por Barragens, Dilma denunciava a extração ilegal de madeira na região

18.mar.2024 às 20h28
São Paulo (SP)
Gabriela Moncau

Mulher amazônica, Dilma doou seu tempo e trabalho para construir a organização coletiva das famílias atingidas por barragens - Acervo MAB

O caso da Chacina de Baião, como ficou conhecido o assassinato de seis trabalhadores rurais no Pará em 2019, começou a ser julgado nesta segunda-feira (18). Entre as vítimas fatais estava a militante Dilma Ferreira, da coordenação nacional do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB).

No banco dos réus, Valdenir Farias Lima é acusado de ter feito a intermediação entre o fazendeiro Fernando Rosa Filho, apontado como mandante do crime, e os quatro matadores contratados. A expectativa é que o veredito saia até esta terça-feira (19). 

Este é o segundo júri envolvendo o caso. Em março do ano ado, Cosme Francisco Alves, apontado como um dos executores, foi condenado a 67 anos de prisão. Os outros três, todos irmãos seus, tiveram outros destinos. Glaucimar, ou Cimar, está foragido. Alan e Marlon foram mortos pela polícia em 2019. Já o fazendeiro, conhecido como Fernandinho, está em prisão preventiva, ainda aguardando julgamento.  

"A gente tem medo, não vamos mentir. A minha família não veio mais, porque fica com medo de se apresentar", relata a irmã de Dilma, Francisca Ferreira. Junto com sua irmã, foram brutalmente assassinados Claudionor Amaro Costa da Silva, Milton Lopes, Raimundo Jesus Fereira, Marlete da Silva Oliveira e Venilson da Silva Santos. 

"Depois que aconteceu, é difícil, difícil, difícil… Não dá nem para a gente ter a alegria que a gente tinha, ser confiante em sair", conta Francisca Ferreira. "Mas eu tenho fé em Deus que a justiça vai ser feita, ele sempre está na frente", suspira.  

A chacina de Baião 

Era 21 de março de 2019, três trabalhadores do fazendeiro Fernando Rosa foram mortos a tiros e carbonizados na zona rural de Baião (PA). Segundo as investigações do Ministério Público, os funcionários — Venilson, Raimundo e Marlene — tinham ameaçado denunciar o patrão por falta de pagamento e por submetê-los a condições de trabalho análogas à escravidão. Também saberiam da existência de uma pista de pouso clandestino na fazenda. 

Horas depois, na madrugada de 22 de março, Dilma, seu companheiro Claudionor e Milton, um amigo que os visitava em casa, foram mortos a facadas no Assentamento Salvador Allende. Ainda de acordo com o Ministério Público, o alvo era ela. Ativista maranhense, atingida por barragem e liderança rural da região, Dilma denunciava a extração ilegal de madeira feita pelo fazendeiro Fernando Rosa, cuja propriedade fazia fronteira com o assentamento.  

"Dilma não tinha capacidade de dizer não a ninguém. A vizinha que estava lá disse que ela chegou a receber os assassinos em casa e, sem saber, deu a eles de comer e beber", relata Francisca Ferreira. "Eu dizia a ela, 'mulher, olha com quem tu anda'", lamenta a irmã. 

Edson Gaia de Souza diz que teve dificuldade de acreditar quando a notícia chegou. Militante do MAB desde 2002, atuou com Dilma por cerca de uma década na coordenação nacional. Com lágrimas nos olhos enquanto acompanha o julgamento em Baião (PA), diz ter 52 anos ao explicar que, a essa altura, não teria por que esconder e nem fingir a emoção. "É que falar de Dilma é falar de uma história que eu também fiz parte e que estou também contribuindo", diz.

"Posso te dizer que hoje uma das coisas hoje que eu sou, eu devo muito aos ensinamentos que ela me ou. Do seu caráter, da forma de conduzir os processos de luta, de se posicionar contra as injustiças sociais que as mulheres, os atingidos, sofrem no dia a dia", ressalta Edson Souza. 

"Eu não queria estar aqui nesse momento, nesta vigília. Era para a gente estar em outro momento histórico de luta, buscando o direito dos atingidos. Falar da Dilma é falar de um movimento social. Não é só uma pessoa, é um legado. A gente não pode nunca, jamais, baixar a cabeça para essa situação", salienta.

"Foi com a Dilma, amanhã pode ser comigo ou com você. E a gente tem que estar junto. Podem ar anos, mas não arredarei o pé até que haja justiça", pontua Edson Souza. Os dados corroboram com sua fala. De acordo com a Comissão Pastoral da Terra (T), entre 1985 e 2021, 2028 pessoas foram mortas em conflitos no campo. Destes assassinatos, apenas 147 foram levados a julgamento.

"Que a gente conquiste muito mais", afirma Edson, ao defender o que entende por justiça não só no julgamento, mas nas pautas pelas quais Dilma lutava. "Não só em memória dela, mas de todos aqueles que tombaram na luta popular", completa. 

Editado por: Matheus Alves de Almeida
Tags: conflitos no campo
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