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COMUNIDADE

Associações de moradores com papel importante na pandemia estão de portas fechadas

Mas, com empenho de moradores, outros espaços reabrem para atender a população local

25.jan.2024 às 18h42
Curitiba (PR)
Gabriel Carriconde

Associação Vila Maria e Uberlândia está fechada há mais de um ano. Já atendeu até 300 moradores com refeições e cursos semanais - Pedro Carrano

Em meio aos desafios impostos pela pandemia de Covid-19, muitas associações de moradores em Curitiba emergiram como peças-chave na assistência social em comunidades carentes na cidade.

Durante o auge da crise sanitária, essas entidades articularam esforços para garantir a assistência necessária às comunidades locais como cozinhas comunitárias, distribuição de máscaras e doação de alimentos, entre outras ações.

Porém, um fenômeno preocupante tem ganhado destaque após a crise sanitária: a desmobilização gradativa dessas organizações que, outrora atuantes, agora enfrentam um declínio em suas atividades. O cenário após a pandemia revela uma transformação no engajamento das associações de moradores, cuja presença vibrante durante os meses críticos da pandemia foi decaindo. E as portas abertas aram a se fechar.

Algumas fontes ouvidas pela reportagem falem em uma cultura de desmobilização a partir do poder público, o que inicia na prefeitura, na ausência de apoio das istrações regionais, chegando à cooptação de vereadores. A reportagem do Brasil de Fato Paraná acompanhou a situação de algumas dessas associações que estão desativadas atualmente.

Bolsão Formosa

Bem localizada no Novo Mundo, no chamado ''Bolsão Formosa',' a Associação de Moradores e Amigos das Vilas Maria e Uberlândia (AMAVMU), localizada entre as ruas Dr. Luiz Losso Filho e Baldur Magnus Grubba, teve um papel destacado durante o período pandêmico quando chegou a produzir em média 300 refeições.

Em bairro com histórico de associações de moradores desde os anos 80, com ao menos cinco sedes apenas no Bolsão Formosa, a AMAVMU manteve atividades de domingo a domingo mesmo nos períodos mais críticos da pandemia. A associação ajudou a criar e participou também da importante experiência da União de Moradores e Trabalhadores (UMT)

Sua cozinha comunitária atendia moradores locais e pessoas em situação de rua. Em fevereiro de 2023, em eleições da associação, o grupo de oposição venceu a votação, mas a associação desde então ficou fechada, a princípio com a justificativa de reforma, e supostamente dívidas com luz e água.

Para um ex-integrante da associação que falou com nossa reportagem, mas pediu para não ser identificado, as ações sociais, que foram importantes durante a crise sanitária, foram abandonadas, e ele cita também o papel político de cooptação de vereadores da região.

''Na pandemia, a associação teve distribuição de alimentos e de marmitas com o Marmitas da Terra, e depois fizemos uma cozinha comunitária na sede da associação. Além de termos desenvolvido um cadastro para as pessoas terem o ao vale gás. Hoje, a Associação Vila Maria está desativada, sem atuação nenhuma, e a população está bem desapontada e perdendo confiança nesse instrumento que foi importante na pandemia'', diz.

Para o ex-líder comunitário o ''papel de cooptação política de certos vereadores'' foi um dos fatores também de desmobilização da comunidade. A reportagem tentou contato com os atuais diretores da associação mas não conseguiu ainda retorno.


O mato alto e o desgaste da estrutura são cotidianos na associação Vila Canaã / Reprodução

Canaã

Também no Novo Mundo, a Associação Nova Canaã foi outro espaço que se destacou com atividades sociais como distribuição de marmitas, pastelada comunitária, horta, Dia das Crianças e engajamento em pautas importantes como a regularização fundiária, cobrança para políticas de moradia urbana.

Contudo, desde o final do mandato da antiga presidente da associação, Vanda Lemos, em 2022, a entidade está paralisada por conta de problemas jurídicos que impossibilitaram a abertura de edital de novas eleições, além de fortes divergências entre grupos de moradores.

Na opinião da designer e ex-líder comunitária Indianara Barbosa, que apesar de afastada da entidade desde 2018, acompanhou a entrega do mandato, ela cita os problemas com o CNPJ da associação, e a falta de interesse de boa parte dos moradores em continuar as atividades, segundo ela, contribuíram para que ela paralisasse.

''Foi feita a entrega de mandato, mas não teve condições de abrir edital de eleições pois o CNPJ está inapto. A ata das eleições hoje está no cartório. (…) E ninguém na comunidade tem interesse em assumir a presidência, teria que chamar a Femoclan, ter um novo CNPJ e recomeçar as atividades, mas como ninguém teve interesse em assumir na comunidade não teve mais nenhum encaminhamento'', justifica.

Procurada pela reportagem, a Federação Comunitária das Associações de Moradores de Curitiba e Região Metropolitana (Femoclam) ainda não se pronunciou sobre a situação das associações paralisadas.

O professor Valdecir Ribeiro da Silva “Peixe”, que participou da mais recente gestão da Canaã, conta que, após o fechamento da associação, ele teve seus pertences pessoais extraviados de dentro da sede da associação, espaço que mais tarde teve a tranca da porta alterada.

''Tive materiais como mesa, objetos musicais e objetos de trabalho meus que não tive como pegá-los, alguns instrumentos meus chegaram até a ser jogados no rio por alguém que fez política contra. Sempre fiz parte dessa comunidade, vi tudo acontecer, o que tem hoje é um grande desrespeito com os moradores, para que depois de tantas lutas que tivemos a associação agora se encontra desta forma'', revela.


"O que tem hoje é um grande desrespeito com os moradores, que depois de tantas lutas que tivemos a associação agora se encontra desta forma" / Reprodução

Exemplos de moradores que retomaram a associação

Localizada no Alto Boqueirão, a Associação dos Moradores da Vila Pantanal, em Curitiba, destaca-se como um exemplo de resiliência e comprometimento comunitário.

Depois de um período de inatividade devido a problemas de saúde do presidente da entidade, desde 2023 a associação teve suas atividades retomadas por um grupo de moradores, mesmo com os desafios jurídicos e de articulação junto a comunidade. Mas havia vontade e apoio da Frente de Organização dos Trabalhadores (FORT) e da campanha Despejo Zero, entre outras organizações.

O esforço conjunto desses moradores resultou na reativação da associação, que agora opera com uma vitalidade renovada. A implantação de uma cozinha comunitária e a diversificação de atividades sociais tornaram-se marcos de um renascimento comunitário, promovendo não apenas a assistência material, mas também fortalecendo os laços sociais na Vila Pantanal.

Gelson de Deus, morador da região, e participante da associação, relata que no começo os moradores ficaram pouco receptivos por acreditarem que as atividades não seriam diárias, mas logo perceberam o caráter permanente do projeto, e foram se aproximando.

''A comunidade no começo ficou tímida, achando que abriríamos um dia ou dois, hoje após quatro meses, pessoal percebeu que estamos abrindo todo dia. Em média estamos atendendo de 150 a 180 almoços. A comunidade já colabora mais com a gente, e agradece bastante'', relata.

Gelson ainda conta que a cozinha é mantida com mantimentos vindos de doações do MST, do Padre Redentorista Parron, do projeto SOS Combate à Fome, e também de uma horta comunitária do próprio bairro.

 

SERVIÇO. Para apoiar a iniciativa na Pantanal:

Conta da Frente de Organização dos Trabalhadores (FORT)

Banco: 336 – Banco C6 S.A.
Agência: 0001
Conta Pagamento: 13836304-8
Chave Pix: [email protected]

Nome: Elessandra Barbosa da Silva


Camila e Elessandra são lideranças que surgiram no processo de reativação da associação e da cozinha comunitária / Pedro Carrano

 

Editado por: Pedro Carrano
Tags: curitiba
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