O Ministério da Saúde informou que o Brasil recebeu no sábado (20) a primeira remessa de cerca de 750 mil doses da vacina contra a dengue, que será disponibilizada pelo SUS.
O lote integra um total de 1,32 milhão de doses da vacina, chamada Qdenga, fornecidas sem custos pela farmacêutica Takeda à pasta da Saúde.
A segunda remessa com 570 mil doses chegará em fevereiro. O Ministério da Saúde diz ter comprado a quantidade total disponível pelo fabricante para 2024 – 5,2 milhões de doses, que deverão chegar até novembro.
Devido à capacidade limitada de produção, 3,2 milhões de pessoas devem ser imunizados em 2024, pois a vacina requer duas doses, com um intervalo mínimo de três meses.
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O Ministério da Saúde informará nos próximos dias a lista dos municípios e a estratégia de vacinação. A previsão é que as primeiras doses sejam aplicadas em fevereiro.
O Brasil a por um “boom” de casos da doença. O governo federal estima que o número de contaminações possa ficar entre 1,6 milhão e 5 milhões ao longo de todo o ano de 2024. No ano ado, foram notificados 2,9 milhões de casos, com 1.094 mortes.
O país é o primeiro país do mundo a oferecer a vacina contra dengue no sistema público universal. O imunizante foi incorporado ao SUS em dezembro de 2023. A Comissão Nacional de Incorporações de Tecnologias no SUS (Conitec) recomendou a incorporação.
Municípios com alta transmissão serão prioridade
A remessa recebida neste sábado (20) ará pelo processo de liberação da Alfândega e da Anvisa, antes de ser enviada para o Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS). O Ministério da Saúde solicitou prioridade nestas etapas e espera que o processo seja concluído na próxima semana.
O Ministério da Saúde, em conjunto com o Conass e o Conasems – órgãos representantes das secretarias de Saúde dos estados e municípios – definiu os critérios para os municípios que receberão as doses, seguindo as recomendações da Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização (CTAI) e da OMS.
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As vacinas irão para regiões de saúde com municípios de grande porte que tiveram alta transmissão nos últimos dez anos e população residente igual ou superior a 100 mil habitantes, considerando também altas taxas nos últimos meses.
O público-alvo em 2024 serão crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, faixa etária que concentra o maior número de hospitalizações por dengue, após os idosos, grupo para o qual a Anvisa não liberou a vacina.
