Morreu na noite desta sexta-feira, (6), o ex-jogador e ex-técnico da seleção brasileira de futebol Mario Jorge Lobo Zagallo, aos 92 anos. A morte foi comunicada no perfil oficial de Zagallo no Instagram, mas a causa não foi informada. Único tetracampeão do mundo, somando os títulos que conquistou como jogador e depois como técnico, Zagallo era um dos maiores ícones do futebol nacional e se notabilizou também pelas frases marcantes e superstições.
“É com enorme pesar que informamos o falecimento de nosso eterno tetracampeão mundial Mario Jorge Lobo Zagallo. Um pai devotado, avô amoroso, sogro carinhoso, amigo fiel, profissional vitorioso e um grande ser humano. Ídolo gigante. Um patriota que nos deixa um legado de grandes conquistas”, informou o perfil oficial do ex-técnico.
::. Editorial | O futebol nos reconecta. Viva a Seleção Brasileira!
De acordo com o portal G1, Zagallo já vinha sofrendo com a saúde fragilizada devido a sua idade. Em setembro do ano ado, ele ficou cerca de 20 dias no hospital com infecção urinária e, no dia 26 de dezembro foi novamente internado no Hospital Barra D'Or. De acordo com o portal de notícias, ele teria morrido por falência múltipla dos órgãos.
De jogador a técnico
Como jogador ele foi bicampeão do mundo, nas campanhas de 1958 e 1962 ao lado de outras lendas do futebol nacional como Pelé e Garrinha.
Posteriormente, ele treinou a seleção brasileira em 1974 e 1998 e fez parte da comissão técnica no mundial de 2006, ao lado do também multicampeão Carlos Alberto Parreira.
A trajetória de sucesso, sem paralelo no futebol mundial, lhe rendeu a mais alta honraria da Fifa o prêmio de Ordem de Mérito da entidade, concedido em 1992.
Além dele, somente o alemão Franz Beckenbauer (Alemanha-1974 e Itália-1990) e o francês Didier Deschamps (França-1998 e Rússia-2018) ganharam a Copa como jogador e técnico.
Nascido em Alagoas em 1931, Zagallo se mudou para o Rio menos de um ano depois, onde atuou por diversos times cariocas.
Segundo os dados da Fifa, como jogador Zagallo vestiu 37 vezes a camisa da seleção brasileira (com 30 vitórias, quatro empates e três derrotas) e marcou quatro gols. Como técnico do Brasil, foram 154 partidas (110 vitórias, 33 empates, 11 derrotas).
Nos clubes, em 35 anos de carreira, dirigiu, entre outros, Botafogo, Vasco, Fluminense e Portuguesa. Encerrou a trajetória de treinador em 2001, no Flamengo.
