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ORGANIZAÇÃO POPULAR

Britanite: uma ocupação grávida de futuro

Ocupação de 407 famílias convive com riscos de despejos e intenso assédio da Polícia Militar

01.jun.2023 às 11h19
Curitiba (PR)
Pedro Carrano

A Britanite está com ordem de reintegração de posse, que apresenta um plano para realizá-la, com participação do município e órgãos públicos - Pedro Carrano

A ocupação Britanite fica no bairro Tatuquara, em Curitiba, e se equilibra entre o desejo de ficar na área ocupada, superar a violência policial, e fortalecer o que é a sua principal marca: a participação comunitária.

Lideranças da comunidade participaram, no dia 30 de maio, da comissão de Direitos Humanos da Câmara Municipal, presidida pela vereadora Giorgia Prates (Mandata Preta – PT). Os cinco integrantes da comissão puderam ter contato com a situação da comunidade.

A área existe desde dezembro de 2020, ou por diversos momentos, e hoje envolve 407 famílias. Sua composição envolve, por exemplo, Geraldina, venezuelana de participação, opiniões e voz forte, uma entre cerca de 40 migrantes que moram na área. Ou mesmo Dir, moradora que, com o filho José sempre a tiracolo, participa das atividades sociais, e também articula seu papel de “influencer da quebrada”, contando o cotidiano da comunidade em redes sociais, caso do Kawaii e Tik Tok.

Uma atividade importante é a celebração ecumênica de sábado à noite, conduzida pelo conhecido padre Joaquin Parron, da congregação Redentorista, que articula a campanha SOS Vila Torres. Desde a pandemia, Parron abastece cozinhas comunitárias e faz doações em áreas de ocupação. Mais que isso, incentiva o senso de coletividade e formação política. “Parece-me que a Britanite é uma das mais fortes áreas no apelo comunitário e unida em projetos de cooperação”, aponta o religioso.

A cozinha comunitária oferece café da manhã para as cerca de 190 crianças da comunidade. Muitas já instaladas nas escolas do Tatuquara, embora o o de todas nas redes municipal e estadual ainda é um desafio. O almoço é oferecido de segunda a sexta. “Não só para as famílias, mas às vezes a um carrinheiro com fome, não tem comida em casa, alimentamos esse povo também”, afirma Rosângela Lima, coordenadora da Britanite.

Britanite quer paz

Em que pese o enraizamento e vida cotidiana, com todos os lotes preenchidos por famílias, os trabalhadores afirmam sofrer pressão constante da Polícia Militar, que realiza abordagens violentas e até invasão dentro de casas, sem mandado judicial.

Desde maio, a Britanite está lançando a campanha afirmando o seu caráter de comunidade, chamada "Britanite quer paz, quer futuro, quer ficar". Iniciativas de apoio têm surgido, caso do Primeiro de Maio das pastorais sociais, campanhas de drenagem de cheias puxadas pelo “Movimento Urgente Contra Enchente”, coordenado pelo empreendedor João Paulo Mehl, ao lado de cursos de formação por parte de movimentos populares.

Britanite quer um futuro e quer ficar

Componente da campanha Despejo Zero, a Britanite vive a incerteza, junto a áreas recentes, caso da Tiradentes II e Nova Guaporé, entre outras, de risco de despejo forçado. Hemerson Reis, integrante da coordenação, enfatizou a ameaça permanente que as famílias vivem, com o risco de despejo.

"Nossa comunidade é feita de mães solteiras, com suas crianças, com dificuldade de entrar no mercado de trabalho. Queremos negociar o terreno e queremos uma alternativa", afirmou.


A cozinha comunitária oferece café da manhã para as cerca de 190 crianças da comunidade / Pedro Carrano

Situação jurídica

“A Britanite está com ordem de reintegração de posse, que apresenta um plano para realizá-la, com participação do município e órgãos públicos. A comunidade está tentando a adequação do plano, pois a ocupação teve muitas mudanças desde a data em que ele foi apresentado, em 21 de setembro de 2021, anterior à decisão do STF que estabeleceu critérios para as reintegrações de posse de ocupações coletivas”, explica a advogada da comunidade, Bárbara Esteche.

Isso culmina em que o plano não esteja em conformidade com a decisão do Supremo Tribunal Federal. Ainda, o decorrer do tempo levou ao desenvolvimento da comunidade, implicando em novas condições, as quais podem tornar um acordo com o titular do registro da área mais benéfica aos dois lados.

Encaminhamentos da Comissão de Direitos Humanos da Câmara

Como encaminhamento, vereadores apontaram necessidade de mediação com o comando do décimo terceiro Batalhão da Polícia Militar, enviando ofício para a corporação.

"Eu como fotojornalista presenciei diversas situações de violência na comunidade. Mas essa violência que eles relatam não permite a gente culpabilizar a comunidade e o bairro como violento. Violência que muitas vezes vem de fora. Não é normal as pessoas terem a casa invadida (pela polícia)", afirma Giorgia Prates.


"Não é normal as pessoas terem a casa invadida (pela polícia)", afirma a vereadora Giorgia Prates. / Pedro Carrano

 

Editado por: Fredi Vasconcelos
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