Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • TV BdF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • I
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Opinião
  • DOC BDF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Brasil de Fato
Início Geral

Artigo

Relatório revela ganhos imensos e alta dependência externa no mercado agroquímico brasileiro

O agro não resolverá a fome; seu crescimento trouxe mais veneno e insegurança alimentar

16.dez.2022 às 13h53
Da Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e pela Vida
Alan Tygel

Venenos paraquate e glifosato foram responsáveis por 214 mortes no Brasil na última década - Arquivo / EBC

 

Entra ano sai ano, governos entram e saem ,crises abalam a economia, mas uma coisa nunca muda: a indústria de agrotóxicos sempre aumenta seus ganhos no Brasil. Este é um dos destaques do relatório anual apresentado pela Abiquim, associação que reúne as empresas do ramo químico no Brasil.

A série histórica compilada pela entidade mostra um desempenho impressionante: de 1996 a 2022, em apenas 4 anos o faturamento da indústria de agrotóxicos no Brasil não subiu. A média anual de crescimento ao longo destes 26 anos é de impressionantes 9,7% ao ano. Os outros segmentos da indústria química tiveram crescimento anual no mesmo período bem menor, entre 2,6% e 5,9%. Há apenas uma exceção: o setor de fertilizantes, que supera os agrotóxicos nessa série, com uma média de 9,9% ao ano.

Esse crescimento não possui paralelo em nenhum país do mundo. Desde 1996, a taxa de crescimento do PIB brasileiro nunca superou os 8%, tendo sido maior do que 5% em apenas 3 anos. A área plantada de soja, milho, algodão e cana-de-açúcar, que juntas respondem por 84% do uso de agrotóxicos no Brasil, cresceu apenas 3,68% ao ano de 1996 a 2021. Olhando a quantidade produzida, em toneladas, a taxa foi ainda menor, de 2,24% ao ano para as mesmas culturas.

Ou seja, nada justifica um crescimento de 10% ao ano ao longo dos últimos 26 anos que não seja a implementação no Brasil, no mesmo período, de um modelo agrícola projetado somente para beneficiar as transnacionais agroquímicas, em especial do ramo de agrotóxicos e fertilizantes químicos.

O relatório mostra ainda que este modelo – o agronegócio – possui ainda uma altíssima dependência externa. No caso dos fertilizantes químicos, das quase 42 milhões de toneladas vendidas em 2022, nada menos do que 84% correspondem a produtos importados. Para os agrotóxicos, o relatório mostra que foram importados U$ 6,2 bilhões, frente a um faturamento anual de U$ 14,9 bilhões, o que representa 42% do total vendido aos fazendeiros.

Por outro lado, os dados do Ibama de 2020 mostram que 77% dos produtos técnicos (insumos para a produção do agrotóxico vendido no mercado) utilizados no Brasil são importados. A pandemia da Covid19 demonstrou a fragilidade das cadeias de suprimento globais, e como essa dependência facilmente se transforma em desabastecimento e inflação.

O grau de profundidade da dependência, contudo vai além. Mesmo no caso dos produtos fabricados no Brasil, o lucro não fica por aqui. As campeãs do mercado de fertilizantes são Mosaic (EUA) e Yara (Noruega). No caso dos agrotóxicos, são as velhas conhecidas BASF (Alemanha), Syngenta (China), Bayer (Alemanha), Adama (Holanda), DowDupont (EUA), entre outras.

Este é o agronegócio: um modelo agrícola onde os maiores custos de produção são referentes a agrotóxicos e fertilizantes, que são importados ou fabricados por empresas estrangeiras e cuja produção das commodities agrícolas são também controladas por grandes empresas transnacionais: , Bunge, Cargill, Cofco e Dreyfus.

As consequências? O mercado de agrotóxicos e fertilizantes crescendo 4 vezes mais ao ano do que a produção agrícola, lucros bilionários, metade da população sem se alimentar de forma adequada e 33 milhões de pessoas ando fome. E o aumento da contaminação das águas e dos alimentos por diversos agrotóxicos, incluindo o cancerígeno glifosato.

O presidente Lula foi eleito tendo como prioridade número 1 enfrentar o problema da fome. Os dados apresentados aqui são apenas mais uma prova de algo que já falamos há tempos: este problema não será resolvido pelo agronegócio. 

Somente uma reforma agrária popular e politicas de incentivo e proteção à agricultura familiar pode garantir terra e condições adequadas ao aumento da produção de alimentos pelas famílias que vivem no campo, como camponeses, quilombolas, indígenas e todos os povos do campo, floresta e águas.

As primeiras medidas do novo governo devem ter um caráter de emergência, e pari o construir politicas de mudanças estruturais de nossa produção, com uma forte transição para a agroecologia, defesa da natureza, das águas e da biodiversidade.

A bancada ruralista sempre atuou e sempre atuará para alimentar de lucros a Bayer e suas parceiras. Confiamos que, a partir de primeiro de janeiro, se alimente com comida saudável o povo o que tem fome e pressa.

* As opiniões expressas nesse texto não representam necessariamente a posição do jornal Brasil de Fato.

 

Editado por: Rodrigo Durao Coelho
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja *
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Veja mais

MISOGINIA

Polícia Civil vai investigar ameaças de morte a deputadas de SP

Análise

‘Latidos’ de bolsonaristas buscam desgastar governo como estratégia para 2026, diz cientista político

REPARAÇÃO

Lula anuncia investimentos da União previstos no Acordo do Rio Doce

PESQUISA

Ipsos/Ipec: governo Lula é ruim ou péssimo para 43% dos brasileiros e bom ou ótimo para 25%

DIREITO À CIDADE

Conferência para debater questões urbanas do Recife recebe inscrições até esta quinta (12)

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Rádio Brasil De Fato
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
    • Mobilizações
  • Bem viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevista
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Meio Ambiente
  • Privatização
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.