Uma operação policial no bairro Parolin, em Curitiba, comandada pelo Batalhão de Eventos da Polícia Militar terminou com o assassinato de um adolescente de 17 anos, nesta sexta (02). Segundo moradores, um grupo de jovens foi abordado em uma das ruas do bairro e apenas a vítima, de nome Dalison, permaneceu no local. As fontes relatam que o jovem não reagiu e, inclusive, levantou as mãos para o alto ao ser abordado. Seis policiais participaram da ação.
Moradores que estavam no local disseram que não houve confronto e que sequer os jovens estavam armados. Segundo o Major Rocha, que chegou ao local após o óbito, quando os policiais faziam o isolamento do corpo, o que ocorreu no bairro foi uma “operação para garantir a segurança da população.” Rocha informou à imprensa que a ação será investigada em inquérito policial.
Bastante consternada, a mãe de Dalison pedia aos policiais para que pudesse chegar perto do corpo do filho e que a matassem "no lugar do filho.” Ainda durante o isolamento policial, a avó da vítima, Márcia Ramos, disse que a família ainda não havia sido informada sobre o motivo que levou a óbito. Revoltada, a família reafirmava o pedido para que as autoridades reavaliem as ações da policia no bairro.
“Sempre que a polícia vem aqui trata todo mundo como bandido. Chamam a gente de vagabunda. Às vezes, os meninos correm por medo e já levam o tiro. Se estava fumando maconha, que levasse voz de prisão, fosse preso, mas não matar. Eu saio cedo da manhã para trabalhar e, agora, fui chamada para vir aqui velar meu neto. As autoridades, os deputados precisam ver isso. Estamos aqui abandonados, se a gente mora no Parolin é porque não podemos pagar aluguel. Ou acham que a gente quer ver os pais e jovens sempre sofrendo">