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EFEITO COLATERAL

Para quem interessa a política de segurança pública que gera cada vez mais mortes no Rio?

Em ano eleitoral, o "espetáculo" das operações policiais têm se tornado cada vez mais frequentes na capital fluminense

27.jul.2022 às 14h02
Rio de Janeiro (RJ)
Jaqueline Deister

Alemão - Mauro Pimentel/ AFP

A operação policial que ocorreu na quinta-feira (21) no Complexo do Alemão, na zona Norte do Rio de Janeiro, e deixou 19 mortos está entre as incursões mais letais da capital fluminense que ou a bater recordes de mortes nas favelas durante a gestão do governador Claudio Castro (PL). Mas por que a política de segurança pública do confronto direto tem sido cada vez mais adotada pelo governo do estado do Rio?

Para a cientista social e coordenadora da Rede de Observatórios da Segurança do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania (CESeC), Silvia Ramos, a alta letalidade das ações policiais no Rio não é novidade. Segundo a pesquisadora, há uma estrutura que favorece o modus operandi das policias no estado. 

“As policiais e as políticas do Rio de Janeiro há 30 anos produzem esses tipos de resposta à chamada 'criminalidade'. Aqui nós tivemos aquela famosa ‘gratificação faroeste’ que houve uma ocasião em que os policiais eram premiados por bravura com recebimento de dinheiro nos seus salários para o resto da vida se prendessem ou matassem criminosos famosos. Esse foi um momento que se consolidou dentro das corporações a ideia de que se o opositor for ‘bandido’, se o opositor for da favela, pobre, negro, das classes populares então você não precisa prendê-lo, mas você pode matá-lo”, comenta.

Leia mais: Após 32 anos, familiares das vítimas da "Chacina de Acari" serão indenizados pelo estado do Rio

E quem vive na pele o impacto é a população das favelas. Alan Pinheiro é cofundador do Instituto Raízes em Movimento, organização não governamental sediada no Complexo do Alemã, que há 21 anos realiza ações socioculturais na comunidade. Para ele, as operações causam cada vez mais mortes e afetam diretamente o direito de ir e vir dos cidadãos contrariando até mesmo a própria justificativa para as incursões apresentada pelas forças policiais para os órgãos de controle. 

“Durante o governo de Castro a coisa se intensificou, se deu carta branca, se ampliou o trabalho de opressão, de repressão, é quase que uma autorização para matar e as justificativas vão ao contrário do impacto que ocorre. Para o Ministério Público, eles só justificam em cima da hora e citam o direito de ir e vir do cidadão como se dessem mais garantia de segurança, o que é o oposto”, explica Pinheiro que  também é doutorando em Planejamento Urbano pelo Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IPPUR-UFRJ). 

Licença para matar

Para Silvia, há uma relação direta também com o aumento das operações e o ano eleitoral. Na avaliação da cientista social a espetacularização das ações policiais alimenta a base eleitoral do governador. 

Leia também: Em pouco mais de um ano de governo Castro, Rio tem 3 das 4 chacinas mais letais da história

“Recentemente  o governador Claudio Castro disse em off para um jornalista conhecido que se dependesse de pesquisa eleitoral faria operação policial com morte todos os dias, indicando que ele, governador e candidato, tinha clareza que essas operações espetaculares em que a cidade para e que têm resultado em mortes com números estratosféricos, acabam, do ponto de vista eleitoral, sendo positivas para a base dele”, analisa a coordenadora do Observatório que ainda aponta que outro caminho mais eficiente e menos letal é possível.

"Bastaria ser uma polícia que privilegiasse investigação e desarticulação, inteligência, acompanhamento à distância, sem confronto, interrupção do fluxo de armas e de munições. De quem está sendo comprado isso [armas e munições]? Quais as redes que estão fornecendo? Não é possível que a polícia não consiga interromper isso e nem identificar, mas a polícia espera que as armas entrem, as munições entrem, ela aguarda isso acontecer", afirma.

Para Alan, que vivência o cotidiano da violência do Estado é urgente que a política de segurança pública atrelada a produção de mortes dentro das comunidades seja extinta.

“Precisa ter  uma política de segurança centralizada na vida e não na morte. Não há nenhum programa de segurança pública no Rio desde a redemocratização do país, no Rio não há nenhuma mudança estrutural, vivemos a mesma opressão e até mais letal do que durante a ditadura isso acontece de forma contundente nas favelas. Precisamos pensar numa política de segurança em que tenha uma centralidade da vida. Se vai colocar em risco a população e a vida do morador, não deve nem iniciar”, defende. 

Cadê o controle?

Nesta quinta-feira (28) as organizações que compõem o Fórum Popular de Segurança Pública (FPOPSEG) do Rio de Janeiro irão realizar um ato em frente ao Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ) para cobrar atuação do órgão no controle externo da atividade policial.

Leia mais: Fórum é lançado com o objetivo de construir uma nova política de segurança pública no Rio

Dentre as denúncias trazidas pelas organizações que participam do Fórum estão casos de execução sumária, tortura e desaparecimento forçado. Para as entidades, os mecanismos de controle do MP-RJ estão cada vez mais fragilizados, um exemplo disso, segundo o FPOPSEG, foi a extinção, em abril de 2021, do Grupo de Atuação Especializada em Segurança Pública (GAESP), órgão que acompanhava casos de violência letal e de violações de direitos humanos em favelas envolvendo agentes das forças policiais.

“Consideramos, portanto, o fim do GAESP e a negligência com aqueles mais intensamente impactados pelo descontrole das forças policiais como uma demonstração de descaso do Ministério Público. Resultado da falta de compromisso para com o controle externo da atividade policial e a garantia ao direito de sobreviventes e familiares a uma investigação eficaz”, diz trecho do  manifesto divulgado pelo Fórum.

O ato está marcado para quinta-feira, às 14h, em frente a sede do MP-RJ, localizado na Avenida Marechal Câmara, n° 370, no centro do Rio. 

Editado por: Mariana Pitasse
Tags: armaschacinasegurança públicaviolência
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