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CHUVAS

Moradores do Grande Recife convivem com o medo e a incerteza de morar em áreas de risco

Jaboatão dos Guararapes foi uma das cidades mais afetadas pelas chuvas que atingem o estado desde o final de maio

19.jul.2022 às 08h57
Recife (PE)
Lucila Bezerra

Após quase dois meses do início das chuvas e de um deslizamento, moradores convivem com o medo - Lucila Bezerra/ Brasil de Fato PE

“Durmo com uma bolsinha pronta com documento. Um vento, uma zoada, e eu me levanto para olhar a barreira. Veja, eu indo olhar, eu tenho 70 anos, eu tendo que ir olhar se a barreira está vindo”, lamenta a aposentada Laurinete Gomes, que mora há quase 43 anos na mesma casa no Curado I, na cidade de Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife. O município foi um dos mais afetados em Pernambuco pelas chuvas que atingem o estado desde o final de maio. Somente em Jaboatão, 64 pessoas morreram nos deslizamentos.

A Defesa Civil indicou a evacuação de quatro casas na Rua Nove, no Curado I, por risco de deslizamento; mas Laurinete, que vive apenas com um salário mínimo, ainda não teve condições de sair e convive com o medo. “Criei minhas filhas aqui, fiquei viúva aqui. Eu dizia ‘eu só vou sair daqui para o cemitério’, e eu acho que é isso que vai acontecer, porque do jeito que está indo. Eu não posso pagar aluguel toda a vida com o salário que eu ganho”, afirmou a aposentada com lágrimas nos olhos.

Leia: Um mês após as chuvas em PE, moradoras voltam para casa mesmo com o risco de deslizamentos

Sua vizinha, Adalgisa Francisca da Silva, mora no local há 29 anos e foi quem teve a casa mais atingida. Ela teve que deixar o local após o deslizamento que invadiu parte da residência. Esta foi a primeira vez que aconteceu algo do tipo no local. Moradores acreditam que o desastre foi causado por uma obra de expansão em uma casa no topo da barreira.

“O barro foi, caiu em cima das telhas e foi ao chão. Aí ficou a minha pia inox, ficou uma máquina de costura, ficou um fogareiro de fazer churrasco; está tudo aí debaixo do barro. E a tristeza foi grande, eu ter que sair da minha casa por causa de gente que fez casa malfeita e todos os ‘munturos’ jogava ali em cima, aí fez isso com a minha casa”, apontou a moradora.

Por enquanto, Adalgisa está morando de aluguel, mas visita a sua casa todos os dias para alimentar as galinhas, gatos e cachorro que não pode levar. Assim como as mais de 100 mil pessoas que precisaram sair dos seus imóveis por causa do risco de desabamento em todo o estado, Adalgisa só quer voltar para casa. “Eu sinto uma saudade muito grande da minha casa, eu só queria voltar para a minha casa. Queria não, quero”, disse a moradora, emocionada.

Muro de contenção não tem data para ser construído

Segundo a população, a Defesa Civil foi até o local duas vezes fazer o cadastramento dos moradores desde o ocorrido, no final do mês de maio. Mas até o momento o pedido dos moradores sobre a construção de um muro de contenção ainda não teria data para acontecer. A Prefeitura de Jaboatão dos Guararapes informou que adotou diversas medidas em relação aos efeitos das chuvas, como acolhimento aos desabrigados e trabalhos de limpeza de ruas, rios, galerias e canaletas.

Confira a nota da Prefeitura na íntegra:

"A Prefeitura do Jaboatão informa que diversas medidas foram adotadas pelo município em relação aos efeitos das chuvas. A primeira foi o acolhimento às pessoas desabrigadas. Ao todo foram montados  23 abrigos oficiais (hoje são quatro), chegando a receber 1.225 pessoas (hoje 189), oferecendo local para dormir, alimentação adequada, kit higiene, cuidados médicos.

Os animais também tiveram atendimentos veterinários, em abrigos e nos territórios do município. Foram 1098 atendimentos até o momento, 28 animais recolhidos e 4.111 quilos de ração distribuídos.

Em assistência básica foram distribuídos:  mais de 11.500 cestas básicas, 2.167 colchões, 3.800 kits de higiene, 35.371 garrafas e copos de água mineral. A assistência à saúde vem sendo promovida diariamente. Foram 19.265 atendimentos médicos. Também vem sendo realizado trabalho constante de limpeza de ruas, rios, galerias e canaletas (muito lixo foi levado pelas águas para esses locais), recuperação e iluminação de vias. Até o momento, 37 mil toneladas de lixo e entulhos foram removidos, houve 2.919 ações de iluminação pública e 1.569 intervenções em árvores.

A Prefeitura do Jaboatão também está realizando o pagamento do Auxílio Emergencial Municipal que contempla as famílias que foram acolhidas nos 23 abrigos oficiais da Prefeitura, no período de 25 de maio a 1º de junho, conforme Lei Municipal, que foi o período de maior intensidade das chuvas. Foram acolhidas cerca de 380 famílias.  Até o momento, 263 famílias já foram beneficiadas com o pagamento do Auxílio Municipal. Sobre o Auxílio Emergencial Pernambuco, pago pelo Governo do Estado, 2.705 famílias receberam este auxílio e 5.022 famílias estão com o cadastro validado para receber este benefício."
 

Leia: Cozinhas Populares: Iniciativa leva comida e esperança para os atingidos pelas chuvas

Editado por: Vanessa Gonzaga
Tags: brasil de fatochuvasenchentejaboatãojaboatão dos guararapespernambuco
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