Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • TV BdF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • I
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Opinião
  • DOC BDF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Brasil de Fato
Início Internacional

Ásia

Terremoto põe à prova capacidade do Talibã de governar

Tremor de magnitude 6 matou mais de mil no Afeganistão, país que não tem mecanismo de gestão de desastres

24.jun.2022 às 09h43
Ahmad Hakimi e Shamil Shams
|Deutsche Welle

Castigado por décadas de guerra, o Afeganistão enfrenta as consequências de um forte terremoto - Ahmad SAHEL ARMAN / AFP

"Cerca de 24 foram mortos só na nossa área. Todas as nossas casas foram destruídas, nossos mantimentos estão enterrados sob os destroços. Precisamos de comida e abrigo urgentemente", relatou à DW Kowsar, morador do município de Gyan, na província afegã de Paktika. "Nosso distrito foi devastado pelo tremor, e a mortalidade é alta demais. Estão cavando valas comuns e enterrando os corpos nelas."

Depois de ser despertado por fortes solavancos, "quando saí do meu quarto, todo mundo estava coberto de poeira; conseguimos retirar a minha mãe, meus irmãos e irmãs mais novos, mas não pudemos salvar o meu pai". Doze membros da família de seu tio também morreram e outros oito ficaram feridos.

Kowsar é um dos milhares de cidadãos cujas vidas foram devastadas pelo terremoto de magnitude 6 que atingiu diversas províncias do Afeganistão nesta quarta-feira (22). Hibatullah Akhundzada, líder supremo do Talibã e do país, advertiu que o saldo mortal, atualmente superior a mil, poderá aumentar.

Segundo a mídia estatal, há cerca de 1.500 feridos, e milhares de estruturas foram arrasadas. "Ainda há gente presa debaixo dos escombros", acrescentou Amin Huzaifa, chefe do Departamento de Informação e Cultura do Talibã em Paktika.

Terremoto no AfeganistãoTerremoto no Afeganistão

Entidades ocidentais oferecem assistência

Equipes de resgate estão a caminho das áreas atingidas, mas muitas são iníveis por via rodoviária, e o terreno montanhoso árduo dificulta os esforços. Voluntários estão trabalhando sem parar para tentar retirar mais sobreviventes dos escombros.

O país não dispõe de um mecanismo de gestão de desastres, e a prestação de assistência ficou ainda mais problemática com a partida das organizações humanitárias internacionais, após a tomada do poder pelos fundamentalistas islâmicos talibãs, em agosto de 2021.

Anas Haqqani, um dos líderes do país, anunciou no Twitter que o governo "está operando dentro de suas capacidades". Segundo Mohammad Ismail Muawiyah, porta-voz do supremo comandante militar de Paktika, não é possível ar a área afetada pois as redes telefônicas estão muito fracas.

Por sua vez, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, anunciou que sua organização está "totalmente mobilizada" para ajudar com equipes sanitárias e suprimentos. Oito caminhões com alimentos e outros artigos de primeira necessidade chegaram do Paquistão a Paktika, relatou um porta-voz talibã.

Em comunicado, a Casa Branca declarou que o presidente Joe Biden está monitorando os acontecimentos e ordenou à Agência dos Estados Unidos para Desenvolvimento Internacional (Usaid) e outros parceiros do governo federal para "avaliarem as opções de reação americana, a fim de ajudar os mais atingidos". A União Europeia igualmente ofereceu assistência.

Problema de falta de confiança

Segundo Ahmad Tamim Azimi, que foi porta-voz do Ministério de Gestão de Desastres do governo afegão anterior, gerenciar catástrofes não é uma prioridade do Talibã. A instabilidade política e econômica, aliada à partida dos funcionários treinados e instruídos, teria minado ainda mais as capacidades do país.

"Se você coloca clérigos religiosos a cargo de departamentos técnicos, como pode querer gerir a crise? Ela só vai precipitar o Afeganistão ainda mais no caos", afirmou Azimi à DW.

Para o especialista em economia Janat Fahim Chakari, por outro lado, a questão da legitimidade dos talibãs não deve ser um obstáculo à assistência humanitária: "Se o terremoto tivesse atingido o país durante o mandato do presidente anterior, Ashraf Ghani, a comunidade internacional não teria qualquer problema em fornecer ajuda. A assistência humanitária, em minha opinião, não deve ser politizada."

O abalo sísmico só exacerbará os problemas dos afegãos comuns, que já sofrem fome e pobreza. Milhões estão atualmente desempregados, suas contas bancárias estão congeladas, muitos vendem seus bens para comprar comida, e pela primeira vez comunidades urbanas enfrentam níveis de insegurança alimentar comparáveis aos das áreas rurais.

O Unicef relata que milhões de crianças afegãs continuam necessitando serviços essenciais, incluindo cuidados de saúde primários, vacinas contra poliomielite e sarampo, nutrição, educação, proteção, abrigo, água e saneamento.

Em janeiro, a ONU fez seu "maior apelo de todos os tempos" por assistência humanitária para um único país, afirmando necessitar 4,4 bilhões de dólares para que no Afeganistão a "crise humanitária que cresce mais rapidamente no mundo" não deteriore ainda mais.

Contudo a comunidade internacional reluta em entregar as verbas diretamente ao Talibã, por temor de que sejam empregadas na compra de armas. Pelo mesmo motivo, Washington se recusou a liberar as reservas bancárias do país.

"O povo poderá ser usado pelos terroristas"

O terremoto desta quarta-feira expôs ainda mais a falta de confiança entre os dirigentes fundamentalistas afegãos e o Ocidente. Os islamistas têm buscado desesperadamente legitimação para seu governo, por diversas vezes instando a comunidade internacional a reconhecer sua autoridade. Mas agora eles veem uma oportunidade na crise.

Bilal Karimi, um dos porta-vozes do grupo, informou à DW que os órgãos governamentais relevantes receberam ordens de ajudar os cidadãos atingidos, fornecendo-lhes alimentos e outros itens essenciais.

"Não há obstáculo para nenhuma organização, e o Talibã também é capaz de lidar com a situação", assegurou. "O Emirado Islâmico do Afeganistão recorreu às organizações internacionais de assistência para ajudar nestes tempos difíceis. Alguns países já enviaram ajuda, que está sendo distribuída através do governo."

No entanto, o ex-alto funcionário Ahmad Tamim Azimi está cético: "Eles ainda estão buscando reconhecimento internacional. O país precisa de coordenação e colaboração em diferentes níveis do Estado, mas o Talibã não possui legitimidade para fazer isso. Assim, o Afeganistão encontrará dificuldades para gerir a situação."

O ex-porta-voz alerta que se a questão não for tratada urgentemente, as consequências para o país poderão ser catastróficas, pois "vão afetar o povo, que poderá ser usado pelas organizações terroristas".

Conteúdo originalmente publicado em Deutsche Welle
Tags: afeganistãotalibãterremoto
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja *
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Veja mais

Fé e cultura

Tradição nordestina: Barbalha celebra a 97ª edição do Pau da Bandeira de Santo Antônio

ARTE E CULTURA

Salão de Fotografia do Recife começa neste sábado (31), no Forte das Cinco Pontas

DIA SEM TABACO

Brasil trava batalha judicial há mais de uma década para proibir cigarros saborizados

QUEM COME PIB?

Com crescimento de 12%, agro puxa PIB, mas pouco contribui com bem-estar

Racionais MCs

‘Não tem romantismo, é real’: KL Jay fala sobre a exposição do Racionais, cultura periférica e resistência

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Rádio Brasil De Fato
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
    • Mobilizações
  • Bem viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevista
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Meio Ambiente
  • Privatização
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.