Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • Nacional
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • |
  • Cultura
  • Opinião
  • Esportes
  • Cidades
  • Política
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Brasil de Fato
Início Bem viver Cultura

POR RESPEITO

Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa marca luta contra preconceito e violência

A data foi instituída pela Lei n° 11.635/2007, em memória à Mãe Gilda

21.jan.2022 às 17h50
João Pessoa (PB)
Polyanna Gomes

Busto em homenagem à Ialorixá Mãe Gilda, em Salvador, Bahia. - Divulgação Governo da Bahia

Você com certeza já ouviu, leu ou presenciou casos de preconceito e discriminação de pessoas por conta de suas crenças. A religião foi e continua sendo ainda uma motivação para conflitos por todo o mundo. A intolerância religiosa atinge todas as crenças, mas a perseguição a determinadas religiões é, em alguns países e regiões, mais intensa. O professor e pesquisador Carlos André Cavalcanti do Curso de Ciências e História da Religião da UFPB explica o que seria a religião e sua denominação, “A religião é uma sistematização e organização do mundo, é uma tentativa de explicar a realidade a partir do simbólico, também a partir de mitos no sentido antropológico como as grandes narrativas míticas a exemplo da história de Jesus, Buda, Maomé…”.

Em 21 de janeiro, no Brasil, celebramos o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, instituído pela Lei n° 11.635/2007, em homenagem à Mãe Gilda, do terreiro Ilê Abassá de Ogum (BA), vítima de intolerância religiosa. Mãe Gilda teve sua imagem e sua história expostas de maneira preconceituosa e racista por outra crença religiosa e como consequência desse abalo emocional acabou enfartando e falecendo no dia 21. Houve grande comoção na Bahia e em todo país e, em 2007, o então Presidente Luís Inácio Lula da Silva instituiu essa lei. “Essa lei, essa data são importantes porque sistematiza a necessidade de se manter a laicidade do estado e aprofundá-la”, afirma o professor. 

No ano de 2021, de acordo com o Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos foram mais de 50 casos de intolerância registrados em um mês e 60% deles contra seguidores de religiões de matrizes africanas. “Infelizmente a motivação para essa perseguição esta completando cinco séculos e está diretamente ligada ao fato de que é uma religião que veio para o Brasil no sistema escravista e pessoas pretas escravizadas no Brasil se viram impedidas de ter o seu próprio nome, suas famílias e até um reconhecimento mínimo das suas diferentes origens na África e, diante disso, acabaram por ter a cristianização parcial ou total da sua própria fé original. O que ocorre hoje é a manutenção dessa mentalidade cruel e preconceituosa, mesmo que a Republica tenha surgido como laica, e o fator racismo com toda certeza é um dos mais agravantes, mas não é o único. Óbvio que no Brasil o racismo acaba por interferir mais severamente nessa intolerância.”, explica o professor. 

O papel das universidades são importantes para ampliar os debates e espaços de diálogos frente o combate à intolerância. A Universidade Federal da Paraíba, que tem o Curso de Ciência e História das Religiões como um dos mais bem reconhecidos no país, possui espaços de pesquisas e grupos de extensão que realizam ações de construção para a diversidade religiosa e também no combate a intolerância.

No tempo longo de um século puderam-se enxergar alguns avanços e ter esperança que dias melhores e tempos melhores venham a surgir, mas os dados ainda são preocupantes e a Paraíba não está de fora. Carlos André lembra a legislação e os avanços na diversidade religiosa que foram instituídos aqui na Paraíba, “ Em 6 de novembro de 1966 temos uma data especialíssima aqui no estado quando foi tornado lei um projeto que havia sido aprovado na assembleia legislativa impedindo a polícia de entrar nos terreiros sem ordem judicial ou sem flagrante, e foi através desse pequeno avanço que houve um pacificação no convívio mínimo e regular da sociedade paraibana com os terreiros, mas mesmo percebendo que tivemos um pequeno avanço sempre é preciso mais”, esclarece Carlos.  

O pesquisador ainda comenta sobre os caminhos e as soluções a serem tomadas para trabalharmos a diversidade religiosa e combatermos cada vez mais a intolerância. “O primeiro o seria através do ensino e história das ciências das religiões que agora é obrigatório na base educacional, e assim ajudar dessa base a formar pessoas que não se tornem preconceituosas, perseguidoras ou depredadoras da história e da crença das outras pessoas; o outro caminho é o judicial para o adulto que não tem mais jeito ou que insiste numa intolerância, sendo necessário acionar a polícia para que cumpra seu dever cidadão e constitucional de proteger a liberdade, principalmente das minorias religiosas, permitindo que as pessoas tenham suas liberdade de culto e crenças”, afirma o pesquisador.

Editado por: Heloisa De Sousa
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja *
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Veja mais

Luta por justiça

Familiares de Victor Cerqueira participam de audiência pública sobre letalidade policial na Bahia nesta sexta (30)

DESIGUALDADE

Economia não gira com dinheiro na mão de poucos, diz Lula

ARTIGO

Governo Lula e os bilionários da floresta: errar hoje para errar muito mais amanhã

MEMÓRIA

El guacho – Pepe Mujica

Pressão do Congresso

Governo acerta no IOF, mas erra na comunicação, avalia cientista político

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Rádio Brasil De Fato
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
    • Mobilizações
  • Bem viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevista
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Meio Ambiente
  • Privatização
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.