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Início Bem viver Cultura

FORMAÇÃO

Movimento comunitário de Porto Alegre realiza encontro no Assentamento Filhos de Sepé

"Organizando a esperança e lutando pela vida" foi o tema da troca de experiências neste sábado em Viamão

06.dez.2021 às 17h54
Viamão Brasil de Fato
Carolina Lima

Lideranças reunidas debaixo da sombra da figueira - Foto: Carolina Lima

Eram dez horas da manhã de um sábado ensolarado. Lideranças comunitárias vindas de todos os cantos de Porto Alegre se encontravam no Assentamento Filhos de Sepé, em Viamão. A sombra, debaixo de uma figueira, tornou-se terreno fértil para o compartilhamento de sonhos. Entre olhares que se reconheciam como velhos amigos e companheiros, histórias foram contadas pela primeira vez. No Encontro de Lideranças Comunitárias – Organizando a esperança e lutando pela vida, lágrimas, sorrisos, solidariedade, afetos e muito mais foi comungado.

No dia 4 de dezembro, entre relatos emocionados e emocionantes, os trabalhadores e trabalhadoras se enxergavam. “Nosso povo, das nossas comunidades, é um povo que depende muito da gente. Eles não têm hora para chegar na nossa casa, com fome, com sede, buscando um ombro para chorar”, disse Dona Lúcia, liderança comunitária do bairro Mario Quintana. 

Foi um dia de celebração, compartilhado no mesmo local onde está o Instituto de Educação Josué de Castro. O Assentamento e o IEJC são coordenados pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) que organizou a atividade junto com a Central Única dos Trabalhadores do Rio Grande do Sul (CUT-RS). 

“Pobre ajudando pobre”

Unificados numa mesma identidade, classe trabalhadora, as lideranças compartilharam as experiências empreendidas na caminhada. Estavam presentes representantes da Lomba do Pinheiro, Morro da Cruz, Cruzeiro, Cristal, Farrapos, Humaitá, Mario Quintana, Francisco do Prado, São Gabriel, Mulheres de Anita, Barracão, Planalto, Glória, Pedreira, Timbaúva, Sarandi e Restinga. “Faz um ano e seis meses que faço marmita. Já estou em mais de duzentas e a comida nunca dá. O que mais me marcou foi na semana ada, as famílias na chuva. Ninguém fica numa fila, com uma inha na mão, se não tiver precisando de alimento em casa”, dividiu Lianes Santos, mais conhecida como Morena, liderança da Timbaúva.


Morena e Rogério Dallo no momento da rodada de apresentação / Foto: Carolina Lima

As histórias só reafirmaram que o companheirismo sempre é encontrado nas periferias. “Ontem eu não tinha óleo para cozinhar. A minha vizinha têm sete filhos. Ela tinha dois óleos e levou um para mim. Quem é que sempre ajuda? Pobre ajudando pobre”, completou Morena. 

Durante a pandemia essas cenas foram corriqueiras. Foi através da solidariedade dos movimentos sociais, sindical e dos moradores que a população teve alguma assistência diante do abandono do governo federal. “Nesse período o que me marcou foi a solidariedade. Percebi que a solução dos nossos problemas estava ali entre nós mesmos. As pessoas ajudam quando tu procura elas para ajudar, mais do que quando é para ser ajudado. A solução estava ali, não estava fora”, apontou Ronaldo Souza, morador da Grande Cruzeiro. 

Para Bia, moradora da comunidade Mulheres de Anita, ser lembrada para ajudar a deixa comovida. “Isso que a gente quer. A gente quer somar. A gente quer estar junto com as pessoas para diminuir a nossa dor, a nossa necessidade, as nossas dificuldades”, comentou. 

"Juntos somos alternativa de mudança"

Felicidade é poder fazer a mudança através das ações solidárias, a partir disso se tornar referência e mostrar que é possível. “Saber que eu sou inspiração para outras me marca muito. Recebo relatos disso, que elas querem se juntar a nós e fazer a diferença na nossa comunidade”, contou Natiele Araújo, moradora e integrante do núcleo Cristal. 

Para Jorge Teixeira, morador do Morro da Cruz, a união dessas iniciativas mostra a capacidade de construir um novo mundo. “O que mais me marcou é fazer a diferença na sociedade da indiferença. Juntos somos mais do que fortes. Somos alternativa de mudança para um país melhor”, apontou. 

Alternativa de mudança que também prescinde organização. Foi o que compartilhou Adriana Pedroso, liderança da Vila Pedreira. “Enquanto pobre, mulher e negra, eu já nasci militante. Eu só fui apresentada depois ao movimento. E aprendi muita coisa. Tem uma coisa que sempre escuto: tem que construir os núcleos nas comunidades. Não é só cesta básica, não é só quentinha. Tem que ensinar as pessoas a ter consciência, a ter voz.” 


Liderança da Vila Pedreira, Adriana Pedroso / Foto: Carolina Lima

“Temos que criar as condições, dar organicidade para a solidariedade. Sozinho ninguém cria consciência, ninguém muda o mundo”, reforçou Ronaldo. 

Solidariedade vinda do campo e da cidade

A pandemia causada pelo coronavírus já vitimou mais de 616 mil pessoas no Brasil. No Rio Grande do Sul foram mais de 36 mil mortes até o momento. Além disso, a fome e a miséria tiveram uma piora. Diante desse cenário, os movimentos sociais e sindical também se mobilizaram entorno da solidariedade. “Quando chegou a pandemia, a gente viu que a fome tinha voltado com muita força no Brasil. Resolvemos fazer uma campanha solidária. No ano ado distribuímos muitas cestas básicas. Sempre buscando as lideranças. As lideranças comunitárias que sabiam quem estava precisando”, contou o vice-presidente da CUT-RS, Everton Gimenis. 

Para o secretário de Organização e Política Sindical, Claudir Nespolo, a chegada da covid-19 atiçou uma veia nos dirigentes sindicais e militantes. “A resposta dos sindicatos foi de solidariedade. Várias ações empreendidas desde ceder espaço para fazer a marmita até a doação dos alimentos. Nosso lado não é de bonança. Nós estamos enfrentando o ódio do Bolsonaro, querendo tirar direitos e ao mesmo tempo tentando ajudar, nesse esforço da CUT com a comunidade”, defendeu. 

A integrante do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, Simone Rezende, contou que o movimento sempre recebeu muita solidariedade e agora foi momento de devolver. “Sou filha de assentados, morei na lona preta, precisei de muita comida de doação. O que tem nos motivado enquanto Movimento Sem Terra, é poder, coletivamente, devolver a solidariedade que a gente recebe há muitos anos. Nós sabemos que é o pobre que ajuda pobre.”


Lideranças construindo os próximos os / Foto: Carolina Lima

Além do MST e da CUT-RS, também estiveram presentes o Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional do RS (Consea-RS), o Levante Popular da Juventude, o Movimento dos Trabalhadores por Direitos (MTD), o Fórum Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional dos Povos Tradicionais e Matriz Africana (Fosanpotma-RS) e a Adufrgs Sindical. 

Natal Solidário e próximos os da esperança

Durante o encontro, além das trocas de experiências, houve momento para a projeção dos próximos os. O primeiro é a campanha do Natal Solidário que todas as comunidades se comprometeram em organizar. Uma data em comum é o dia 18/12 quando irão ocorrer atividades de distribuição de brinquedos, marmitas e/ou cestas básicas nos territórios. 

Além disso, também houve debate sobre a importância das eleições de 2022 e desde agora intensificar a organização popular para impulsionar um resultado eleitoral mais favorável às comunidades. Um próximo encontro foi projetado para o mês de março do ano que vem. 

“As eleições serão uma guerra. E só vamos mudar as coisas se tivermos organizados. Não tem nenhum salvador que vai trazer as coisas prontas para nós. Já vimos que a disputa é feita no cotidiano. O nosso voto faz muita diferença na vida das pessoas”, enfatizou o presidente da CUT-RS, Amarildo Cenci. 

Os participantes enfatizaram a importância da unidade nesse próximo período. “Aqui temos uma coisa nova. Nós estamos juntando os vileiros, com os sem terras, com os sindicalistas, com pessoal de matriz africana, com os evangélicos. E nós precisamos disso para tirar o Brasil da situação que está e trazer esse povo para junto de nós. Nós precisamos criar esperança. Todo mundo aqui não vai desistir e vai morrer lutando. Nós somos a classe trabalhadora”, destacou Ronaldo. 

No final do encontro houve uma mística de encerramento e uma árvore foi plantada como símbolo dessa união, entre campo e cidade, para semear esperança e lutar pela vida. 


Momento de semear a esperança / Foto: Carolina Lima

Com informações da CUT-RS. 


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Editado por: Katia Marko
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