Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • TV BdF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • I
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Opinião
  • DOC BDF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Brasil de Fato
Início Opinião

Crimes

Artigo | “Fora Bolsonaro” só pode se realizar pela via constitucional: o impeachment

No entanto, o próprio processo de impeachment encontra desafios para além da constitucionalidade: o apoio popular

28.jan.2021 às 12h17
São Paulo (SP)
Manuel Domingos Neto

O movimento dos cara pintadas foi uma das faces do processo que derrubou o governo de Fernando Collor de Mello - WikiCommons

Impeachment não é mera decisão político-jurídica. Antes de tudo, compreende um movimento social poderoso, alcançando todos os segmentos da opinião nacional. No fundo, trata-se de reação da soberania popular traída pelo cometimento de crimes de responsabilidade. 

Quando, em 1992, Ibsen Pinheiro pautou o impeachment de Fernando Collor de Mello, a opinião da sociedade estava formada. A constitucionalidade, no caso, era discutível, mas o presidente já não governava, apenas aguardava a consumação do rito congressual. 

O caso de Dilma Rousseff ilustra ainda melhor o processo. A mandatária foi cassada sem crime de responsabilidade. O Congresso se dobrou à bem-sucedida campanha golpista que objetivava condenar a esquerda. O mandato de Rousseff teria sido preservado, caso não estivesse desvalida do apoio de massas. 

:: Por que Rodrigo Maia critica Bolsonaro, mas não aceita os pedidos de impeachment? ::

Legitimação do movimento

O impeachment é viabilizado nas ruas, começa na Câmara dos Deputados e termina no julgamento do Senado. Entre os pontos de partida e de chegada, há uma travessia que se faz ao caminhar: o movimento cria sua própria legitimação. 

Hoje, o pleito do impeachment, ou o "Fora Bolsonaro", é palavra de ordem aglutinadora de uma indisposição social crescente. Crimes de responsabilidade se acumulam, mas o que conta é o fato de parcelas consideráveis da sociedade repudiarem o governo genocida e não se conformarem com sua permanência. 

:: Em novo pedido de impeachment, oposição contabiliza 15 crimes de Bolsonaro ::

Apoiadores são minoria

Um conjunto minoritário e decrescente apoia Bolsonaro baseado em crenças desarrazoadas, promovidas pelo ativismo obscurantista, predisposto a negar a realidade. Mobilizado pelo apóstolo do caos, este conjunto opera em favor do confronto sangrento. Alguns tem como horizonte a guerra civil sonhada pelo presidente. Amparado por homens armados, o genocida não hesita em sabotar os laços da união nacional. 

A maioria dos brasileiros vive no desassossego, no medo e na incerteza desmobilizadora. Teme a peste e sofre a dor de perdas irreparáveis; sufoca em lágrimas o grito de revolta. Os mais pobres não têm como driblar a fome. Abatidos e atônitos, pais e mães de família perdem a esperança de encontrar trabalho. Os pequenos e médios empresários vivenciam o pavor do encerramento de seus negócios. Servidores públicos assistem indefesos às ameaças de cortes de salários. 

A sociedade mergulha na desesperança paralisante enquanto os pouquíssimos beneficiados com a política de desmonte do Estado, dos direitos sociais e da proteção ambiental acompanham apreensivos os rumos do país. Sabem que a fúria popular tem seu preço. Observam matreiros as propensões sociais medindo o tempo de validade do presidente.

Alguns relutam em retirá-lo partindo de um raciocínio amoral: “Deixa o governo sangrar para que seja mais facilmente derrotado!”. O repugnante desta forma de pensar é o menosprezo pela vida dos brasileiros. É raciocínio de criminoso.

Outros julgam que o impeachment seria a concretização de diabólico planejamento militar: os descalabros e as sandices do presidente teriam o efeito de provocar o caos para em seguida a ordem ser reposta pelas fileiras. Pela enésima vez os soldados salvariam a pátria. Esta é uma possibilidade que merece consideração.

:: Professores de Direito da UFPR assinam manifesto por impeachment de Bolsonaro ::

O dia depois do impeachment

É necessário pensar em impeachment imaginando tanto o processo em si quanto o dia seguinte, notadamente em virtude de o substituto constitucional do titular não merecer confiança. O atual vice não reproduziria as atitudes grosseiras e apelativas do titular, mas endossaria, assim como os seus fiéis colegas de farda, as linhas gerais do governo. A rigor, constituem o próprio governo. 

O "Fora Bolsonaro" seria inconsequente caso não apontasse mudanças de teor na condução do governo. Não basta mandar Bolsonaro para casa ou para a cadeia. Cabe derrotar politicamente as forças que o patrocinam, entre elas, militares que subvertendo a ordem, atuam como atores políticos em detrimento de suas funções institucionais.  

Substituindo Bolsonaro, Mourão terá que respeitar os desígnios de uma sociedade mobilizada pela defesa da vida e do próprio Estado. Os quartéis se dobrarão à vontade social mobilizada. Saberão que ou o tempo de salvar a pátria em nome do povo bestificado. 
 
O impeachment precisa significar o fim da curatela castrense e o estabelecimento de um acordo entre forças políticas que garanta a governabilidade segundo um programa emergencial básico. Do contrário, o ruinoso quadro brasileiro será agravado. 

No processo de impeachment, as teses sobre os rumos do país irão se firmando e se impondo. As múltiplas demandas serão explicitadas. Haverá confrontos programáticos, porém, não mais reservados ao pequeno número de dirigentes partidários e donos da riqueza.

O pleito do impeachment será o ímã que agregará as variadas aspirações de nossa sociedade. Hoje, contrapor-se ao impeachment é apostar na paralisia e no caos. Defendê-lo é lutar pela ordem democrática, pela dignidade nacional, pela defesa da sociedade e pela retomada do desenvolvimento. Sem o impeachment, afundaremos na desordem e no arbítrio. 

Editado por: Camila Maciel
Ler em:
Inglês | Espanhol
Tags: congresso nacionalimpeachment
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja *
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Veja mais

PALESTINA LIVRE

Marchas mensais em Porto Alegre vão exigir cessar-fogo e fim do bloqueio a Gaza

Violência policial

Movimentos lançam campanha pelo fim da Operação Delegada, ‘bico institucionalizado da PM em SP’

NÓS SOMOS A NATUREZA

‘A água que engravida’: Mia Couto destaca relação da humanidade com a natureza

CRÍTICA

‘O homem legisla, mas a natureza não assimila’, diz Marina Silva sobre o PL da Devastação

'Racismo assassino'

Caracas desaconselha ida de venezuelanos aos EUA: ‘Não há sonho americano, só pesadelos’

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Rádio Brasil De Fato
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
    • Mobilizações
  • Bem viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevista
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Meio Ambiente
  • Privatização
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.