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entrevista

Ìyálaxé Helaynne Sampaio fala sobre racismo religioso no Dia da Liberdade de Culto

"As perseguições aos nossos direitos continuam acontecendo de forma violenta e desrespeitosa", avalia Helaynne Sampaio

07.jan.2021 às 13h26
Recife (PE)
Lucila Bezerra e Vanessa Gonzaga

Helaynne Sampaio, Ìyálaxé, ativista feminista negra, docente, coreógrafa, bailarina nagô e pesquisadora - Reprodução/Twitter

O primeiro semestre de 2019 apresentou um aumento de 56% no número de denúncias de intolerância religiosa em comparação ao mesmo período do ano anterior. A maior parte dos relatos foi feita por praticantes de crenças como a Umbanda e o Candomblé, de matriz africana. Neste 7 de janeiro é celebrado o Dia da Liberdade ao Culto. Para falar sobre o tema, o Brasil de Fato Pernambuco entrevistou a Ìyálaxé Helaynne Sampaio, do Ilê Obá Aganjú Okoloyá, terreiro de Mãe Amara, de tradição Nagô, para conversar sobre a importância da data. 

BdF PE: Nesse dia 7 é celebrado o Dia Nacional da Liberdade de Culto. Qual a importância desta data em um país multicultural como o Brasil, que é rico em crenças e doutrinas religiosas?

Helaynne Sampaio: Entendo esse dia como uma forma de celebrar o combate à intolerância religiosa, que, infelizmente, continua pulsante aqui, no Brasil, oprimindo e reprimindo as diversas religiões vivas em nosso país. É importante porque é um dia de reflexão e de repensar como podemos contribuir para que de fato exista liberdade de culto de forma respeitosa, empática e igualitária.

A liberdade de culto trata do combate e da perseguição religiosa. O que as religiões de matriz africana vem sofrendo desde que os povos foram sequestrados e trazidos para o Brasil? Como você observa essa perseguição atualmente?

Como yalaxé, observo que as perseguições aos nossos direitos continuam acontecendo de forma violenta e desrespeitosa. No entanto, hoje graças à nossa ancestralidade e aos terreiros de candomblé,  berço de articulações e organizações políticas antirracismo, temos força e firmeza para sair às ruas, frequentar espaços sociais e profissionais usando vestimentas oriundas das religiões de matriz africana. Temos força e firmeza para afirmar nossa identidade religiosa, independente do contexto, para inserir os saberes ancestrais e assim serem desenvolvidas nos terreiros de candomblé no âmbito escolar e científico, como fiz no método Nagô A'jô e a dança A'jô Nagô, criados por mim e pela minha mãe biológica iyakekerê Maria Helena Sampaio. E também temos força e firmeza para lutar contra a intolerância religiosa e por nossos direitos civis. Axé!

A liberdade de culto está prevista no artigo 5º da Constituição Federal de 1988, que considera inviolável a liberdade de crença. Na prática, qual o impacto da legislação brasileira no que diz respeito à liberdade de culto?

Considero inconsistente, racista e desigual, porque as denúncias contra os nossos ritos como os nossos toques, que são as nossas celebrações públicas, continuam sendo acatadas e acolhidas pela polícia e justiça, visto que, na prática, as igrejas continuam protegidas e respeitadas por elas e, de fato, com total liberdade de culto.

Você é o seu terreiro. Já sofreram alguma prática de intolerância ou desrespeito por causa da religião?

Sim. Foram inúmeras situações e esse relato foi um dos que mais me marcou. Sou licenciada em Dança pela Universidade Federal de Pernambuco e, durante o meu percurso, sofri racismo religioso onde docentes não consideravam importante e deslegitimavam a minha prática e os meus objetos de pesquisa, o método Nagô A'jô e a dança A'jô Nagô. No entanto, os estudantes brancos e não candomblecistas que desenvolviam pesquisas no campo da dança afrocentrada eram super acolhidos e aplaudidos.

Você gostaria de deixar alguma mensagem  sobre a importância de disseminar essa mensagem de respeito a todas as crianças, cultos e religiões?

Sim, com certeza. Compartilho a música "Banta Banta, Criação da Natureza", do Afoxé Oyá Alaxé, criada pela minha mãe biológica iyakekerê Maria Helena Sampaio e pelo Ôyá Kundê Oganilu Fábio Roberto Ota Ojá, que fala da importância de respeitarmos uns aos outros com ênfase nos orixás, na valorização do candomblé e da atitude enquanto voz ativa da sua própria história e narrativas. Concluo com uma frase da minha mãe que me inspira bastante: Axé e ancestralidade nagô!

 

Editado por: Camila Maciel e Monyse Ravena
Tags: racismo religioso
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