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OPINIÃO

Artigo | Educação do Campo: garantia de direitos em tempos de pandemia

Modelo viabiliza educação crítica e emancipatória para comunidades, colocando o contexto social como discussão central

16.jun.2020 às 14h31
Porto Alegre
Gabriel Tamanchieviz Argenton
Licenciatura Interdisciplinar em Educação no Campo: Ciências da Natureza é mantida mesmo com receio do fim das escolas rurais

Licenciatura Interdisciplinar em Educação no Campo: Ciências da Natureza é mantida mesmo com receio do fim das escolas rurais - Foto: Olga Leiria/RBA

 

“A escola não move o campo, mas o campo não se move sem a escola”
(Roseli Caldart)

 

O Campo Brasileiro começa a sentir os impactos da pandemia, com isso, fica evidente as condições historicamente negadas para quem vive nele. Nesses momentos mais críticos das crises, onde os direitos sociais sempre ficam em risco, é nos processos de luta da classe trabalhadora que temos o exemplo de como defendê-los. Mais recentemente, a Educação do Campo e as Escolas do Campo estiveram em destaque na luta pela garantia de direitos, apontando que a organização e unidade dos movimentos populares são uma das respostas ao enfrentamento às opressões do capital.

É uma longa tarefa falar dos impactos da covid-19 no campo, justamente por sua pluralidade. Os assentamentos, quilombos, áreas indígenas, ocupações de terras e outros múltiplos contextos são só alguns dos vários territórios onde o contato com a natureza é algo pertencente na cultura da comunidade. A história de luta por direitos, presente nos atuais conflitos do campo, ocasionou não somente incontáveis mortes de trabalhadores e trabalhadoras, mas também um cenário de marginalização que molda as questões sociais ainda hoje.

Um ponto muito presente era a fragilidade do direito à educação, presente no artigo 6º da Constituição Federal. A Educação do Campo, nesse sentido, tornou-se um espaço de unidade na luta, das diferentes expressões do campo, na defesa da qualificação da vida no campo. Este movimento “por uma educação básica do campo”, resultado da unidade de movimentos sociais, começa a partir da demanda de melhoria na educação que estava acontecendo nas áreas rurais, principalmente em processo de reforma agrária. Surgia assim, uma educação com um olhar especial para as comunidades e suas especificidades.

Nessas discussões, a Escola do Campo entra como um espaço muito importante para a garantia dos direitos das comunidades. O modelo de educação rural, que hoje ainda é presente em diversas escolas, reproduz a cidade como o ideal a ser conquistado, colocando o campo como algo inferior. Na escola é onde se forma esse discurso, e nesse espaço podem ser construídas as condições para sua alteração. Nesse sentido, as Escolas do Campo, em oposição ao modelo difundido nas escola rurais, surgem com a disposição de viabilizar uma educação crítica e emancipatória para as comunidades, colocando o contexto social como discussão central.

A escola como ferramenta na garantia de direitos tem em seu dia a dia, na prática, a possibilidade de promover ações para a defesa dos direitos de seus estudantes e professores. Para as comunidades do campo, o espaço escolar não tem somente a função de servir para a educação formal, é onde os estudantes têm contato com as políticas públicas e a presença do estado. Sendo assim, torna-se lugar também para se reunir, escutar música, comer, usar a internet, e outros diversos os. Mostrando ser um instrumento de inclusão e promoção social.

Neste ano, por conta da pandemia da covid-19, escolas suspenderam suas atividades e no campo essas medidas têm forte impacto. Na maioria dos casos, sem o em casa à internet e tecnologia, os profissionais da educação e estudantes ficam sem poder realizar atividades. Desmistificando a ideia das aulas virtuais, defendidas pelo governador Eduardo Leite como resolução momentânea. Também pelo presidente, que defendia aulas remotas antes da pandemia para as escolas do campo, mostrando a falta de conhecimento dos contextos de exclusão. Esse tempo com a educação parada no campo pode ser uma amostra de como se intensifica a marginalização com a política de fechamento definitivo das escolas do campo, algo que há tempos assombra muitas comunidades. Interrompendo não só as atividades em sala, mas todo o amparo que a escola fornece para a comunidade.

Nos cabe compreender que as escolas do campo possuem uma capacidade de mobilização enorme, com potencialidade para disputar a opinião pública. São nas escolas que temos uma parcela significativa de povo organizado em defesa da educação, pessoas com disposição de defender seu futuro e o futuro dos que virão. Os movimentos sociais entenderam isso conforme foram discutindo o tema, assim contribuindo com a luta das famílias pela conquista e melhoria das escolas. Sendo assim, o momento nos coloca o desafio de canalizar essas forças que cercam a educação, e neste período, intensificar a defesa das políticas educacionais conquistadas nos últimos anos.

Portanto, a unidade dos movimentos populares torna-se necessidade, com o intuito de impedir o atraso das conquistas já garantidas. A pandemia já têm apontado uma série de contradições em torno do modelo neoliberal. Não distante disso, evidenciará ainda mais as falhas do sistema educacional, ficando evidente não só no campo, como em todos os setores onde estamos inseridos, que além de não retroceder nossas conquistas, temos que avançar na construção de uma educação popular, ou seja, pública, democrática e libertadora. Cabe aos militantes e os setores populares, progressistas e democráticos não só defender as escolas, mas torná-las ponto de referência para organização das comunidades, reafirmando sua capacidade de auxiliar a defesa dos direitos, como já demonstrado em outros momentos.

Educação do Campo: direito nosso, dever do Estado!

 

* Gabriel Tamanchieviz Argenton é estudante do curso Interdisciplinar em Educação do Campo: Ciências da Natureza – Licenciatura, 1° diretor de Direitos Humanos da União Estadual dos Estudantes do RS (UEE-RS) e militante do Levante Popular da Juventude.

Editado por: Marcelo Ferreira
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