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Resistência

Mulheres criam coletivo para amenizar impactos da pandemia no Morro do Salgueiro (RJ)

Coletivo "Mulheres que acontecem" arrecada recursos para doar alimentos e máscaras de proteção na favela da Tijuca

09.jun.2020 às 13h57
Rio de Janeiro (RJ)
Beatriz Carvalho e Denise Santos

Mulheres que acontecem - Divulgação

A pandemia do coronavírus está afetando toda a população, mas especialmente mulheres e moradores das favelas. Para unir forças através de laços de solidariedade e de cooperação, moradoras do Morro do Salgueiro, na Tijuca, zona Norte do Rio de Janeiro, criaram o coletivo Mulheres que acontecem. 

O núcleo do coletivo é formado por Elizabeth Lopes, Marcia Neves, Elisabete dos Santos, Denise Santos [co-autora dessa reportagem] e Ana Paula Batista. Juntas, elas criaram uma agenda de ações sociais, de organização, também de atividades de lazer.

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Além de arrecadar recursos para doação de alimentos para moradores do Salgueiro, o coletivo também organizou doação de máscaras de proteção – item em falta na comunidade. Até agora foram distribuídas 2800 máscaras. A expectativa é conseguir mais máscaras para atender a todos moradores. Segundo recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS), o uso da máscara é indispensável para a proteção contra o novo coronavírus.

“As mulheres estão correndo atrás”

Uma das integrantes do Mulheres que acontecem é a técnica de enfermagem aposentada Elisabeth Lopes, de 63 anos. Sua atuação na comunidade vem de longa data: Elisabeth já atuou na associação dos moradores como secretária da presidência e sempre participou de outros grupos comunitários.

Foi no Salgueiro que Bety Lopes, como é carinhosamente chamada por todos, notou que o período de distanciamento social mudou a vida das mulheres. "Elas estão correndo atrás. As empregadas domésticas que estão em casa sem trabalhar, as informais, as camelôs. Todas estão dando o jeito delas, seja fazendo unhas na favela ou vendendo doces, tomando conta de crianças e por aí vai”, afirma.

Bety acrescenta que as mulheres se afirmaram diante dos desafios. “Então, as mulheres hoje em dia ocupam um espaço muito grande no Salgueiro. Antes eram muito submissas, mas agora está completamente diferente”.

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Ao andar na parte alto do Morro do Salgueiro, localidade com menos investimentos da região, Bety conta sobre mudanças de hábito de higiene nas casas de cada morador.  “Ainda não fizemos a parte de baixo do morro”, afirma, relatando as visitas às casas. “O que a gente vê são as mulheres jogando cloro, limpando a entrada de casa, todo o lugar da comunidade com desinfetante, álcool para lavar as mãos, as crianças aprendendo. Não é porque a gente mora em comunidade que não vamos ter higiene pois faz parte da nossa vida".

A união e a troca entre Bety, suas companheiras de jornada e as vizinhas do Salgueiro são um dos pontos altos do trabalho das Mulheres que acontecem. Assim as mulheres vão além das doações, cumprindo também um papel de levantar dados para o censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

"Eu já fiz algum tempo censo do IBGE para o morro e os moradores ficavam muito acanhados ou meio confusos para responderem algumas perguntas do questionário”, lembra Bety, afirmando que a situação mudou com a nova realidade imposta pela covid-19.

“Com a pandemia, os moradores já abrem a porta de casa e respondem, nos oferecem água e com sorriso nos agradecem por estarmos lá prestando nossos serviços. Se queremos ajuda, eles tiram uma horinha para fazer uma listinha de quantas mulheres, crianças, adultos tem na favela. Tudo isso enquanto distribuímos as máscaras. Então tudo que está acontecendo é um aprendizado para nós", conta.

Na luta

Ser mulher, negra, moradora de favela, subúrbio ou periferia, mãe solo e chefe de família, essas são características de uma parcela importante dos lares brasileiros. São mulheres reais que estão na base das desigualdades de gênero, raça e classe. Com a pandemia, o cenário fica ainda pior.

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De acordo com dados do Instituto Locomotiva com o Data Favela, 92% das mães solos perderam renda e 72% não estão conseguindo o básico para alimentação. O coletivo Mulheres que acontecem conhece bem essa realidade e espera um futuro melhor para as moradoras do Salgueiro. 

"Quando tudo isso ar, espero mais união entre nós mulheres, moradores, nos projetos para ajudar a comunidade. Aqui no Salgueiro é muito carente e nós, as lideranças, conseguimos conscientizar a favela para que os moradores lutem mais e saibam cobrar com justiça as demandas, porque só com a luta dos moradores é que vamos conseguir. Se cada um fizer sua parte a gente chega lá", finaliza Bety.

Fonte: Núcleo Piratininga de Comunicação (NPC)

Editado por: Mariana Pitasse
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