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no poder

Artigo | O (alto) preço da coerência presidencial

Ou o terrorismo de Jair Bolsonaro contra a economia nacional

10.abr.2020 às 15h06
Rio de Janeiro (RJ)
Iuri Dantas

Ao mesmo tempo, quem se aproveita da fraqueza de governos para encher os próprios bolsos festeja - Evaristo Sá/AFP

Estamos no momento em que muito se discute Jair Bolsonaro (sem partido) e a pandemia. O ex-militar, político profissional, foi na contramão de muitos dos seus antecessores na presidência da República. 

Disse, desde o início, que não entendia de economia, uma issão com cálculo definido. Aqueles que não se interessam por detalhes e números se identificam. Ao mesmo tempo, quem se aproveita da fraqueza de governos para encher os próprios bolsos festeja. 

Politicamente, cria uma boia de afogado no meio do deserto: em caso de tormenta, ele não sabe, não entende, fica tudo nas mãos de seu superministro da economia. Se tudo permanece como está, a culpa obviamente não pode ser de quem não entendia nada, mas do seu auxiliar. 

Balela.

Sem conhecimentos econômicos, sanitários e muitos outros, Jair Bolsonaro se afasta de quem estudou o assunto a vida inteira, ao se lançar na contramão do que defendem os mais sensatos numa leitura puramente política. 

Afinal, agir assim o levou à presidência da República apesar de três décadas inúteis no Parlamento. Existe aí uma lógica tacanha que ocupa todos os dois neurônios de algumas pessoas.

Talvez isso ajude a explicar por que um em cada três brasileiros ainda leva a sério um sujeito que ou o último mês reclamando do que vai acontecer na economia, prometendo ações individuais e, convenhamos, meio birutas. Isso tudo com o objetivo de enfrentar um problema do qual, sejamos coerentes pois isso sempre foi seu discurso mais importante, ele não entende patavina. 

Aliás, para manter o protagonismo da coerência aqui, é preciso deixar claro que não há muito certo e errado na economia. As medidas têm consequências e custos. 

Consequência:

Encerrar o isolamento agora salvaria o balanço de muitas empresas que sequer deveriam existir se valesse o receituário liberal da equipe econômica. Ao mesmo tempo, devastaria a economia nacional.

Faz pouca diferença, mas vale lembrar que o fim do isolamento é visto como um remédio pior que a doença pela maioria absoluta dos economistas sérios que habitam este terceiro planeta depois do sol — quem ganhou prêmio Nobel, quem ensina nas melhores universidades, quem conquistou o reconhecimento dos pares pela excelência de seu trabalho e até quem ou pelo governo enfrentando crises anteriores.

Neste cenário, de retorno ao trabalho antes de uma vacina disponível, ao mesmo tempo em que a curva de contágio embica na vertical, fica fácil imaginar que muitos deixariam de ir ao trabalho por dispensa médica ou simples medo de contágio. Razoável pensar que falamos do andar de baixo. 

É a lógica da dondoca. Ela contrata uma faxineira por 12 horas, por um valor menor que pagaria a um encanador. Exige a limpeza profunda de todos os cômodos e móveis da casa. Quer o almoço pronto, na hora. É preciso cuidar também das crianças. Quando a pessoa tira 15 minutos e senta para descansar depois de comer uma marmita fria isolada do resto da família, é chamada de preguiçosa.  

Custo:

O capitalismo se reinventa a cada crise e já é outro desde o início da pandemia. O risco de um novo isolamento a a ser embutido nos cálculos de investidores. Empresários buscarão uma dependência ainda menor de pessoas apostando em máquinas e robôs e inteligência artificial. Muitos não retornarão ao local de trabalho, permanecendo no home office eternamente. As redes de logística serão repensadas e muito, muito mais que não é possível sequer prever. Nos países em que governantes têm vergonha na cara, a rede de proteção social para assegurar consumidores ganhará força. 

Aqui, por responsabilidade direta do chefe do Executivo, a economia nacional ficará para trás. 

Um dos motivos para o apoio a Jair Bolsonaro entre os que mais concentram renda no país foi seu tosco discurso liberal para a economia — implementado desde 1º de janeiro de 2019. Um ano depois, o PIB estava menor e os grandes investidores retiravam seu dinheiro daqui. 

A imensa dificuldade do presidente entender a realidade e sua coerência em não compreender absolutamente nada sobre a economia evidenciam que seu discurso não a de um placebo que (ainda) engana muita gente. 

PS: Para não esquecer: faz uma semana que o presidente penteou o cabelo e fez pose na TV pedindo um "pacto" contra o coronavírus. O que se viu depois foram posts mentirosos e ideológicos em suas redes sociais e promessas de usar a caneta para se vingar de auxiliares mais competentes que ele. Veremos o custo deste proselitismo. 

*Iuri Dantas é jornalista da área econômica desde 2005 e mestrando em Literatura

Editado por: Rodrigo Chagas
Tags: bolsonarociênciaeconomiapaulo guedes
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