Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • TV BdF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • I
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Opinião
  • DOC BDF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Brasil de Fato
Início Direitos Direitos Humanos

MONITORAMENTO

ONG lança plataforma on-line com dados sobre covid-19 entre indígenas

Primeira morte de indígena por coronavírus no Brasil não foi registrada pela Sesai por ocorrer fora de aldeia, no Pará

06.abr.2020 às 21h10
Belém (PA) Brasil de Fato
Catarina Barbosa

Indígena com hori, instrumento kanamari, na Terra Indígena Vale do Javari, no Amazonas - Marcos Wesley de Oliveira/ISA

O Instituto Socioambiental (ISA) lançou, na última sexta-feira (3), uma plataforma que acompanha o avanço do novo coronavírus entre os povos indígenas. Apesar de a covid-19 ser um perigo tanto para indígenas quanto para não indígenas, dados históricos apontam que etnias foram dizimadas por conta de doenças virais, sobretudo, as respiratórias.

Pesquisador do Programa de Monitoramento de Áreas Protegidas do ISA, o antropólogo Tiago Moreira explica que, além do mapa dos municípios atingidos pela pandemia, o site traz também dados sobre a organização da saúde indígena, a exemplo dos distritos sanitários indígenas e dos pólos-base. 

Até o momento, em todo o Brasil, foi confirmado um óbito por coronavírus entre indígenas. Falecida em 19 de março, a mulher de 87 anos era da etnia Borari, de Alter do Chão, distrito de Santarém, no Pará. Por ser de uma indígena não aldeada, a morte não foi contabilizada pela Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), órgão federal responsável por apresentar os dados oficiais que a ONG traz em sua plataforma on-line. 

"A Sesai só realiza o atendimento à população indígena que vive na zona rural. A gente não tem um jeito de monitorar os casos da população indígena que vive nas cidades, que são atendidos pelo SUS [Sistema Único de Saúde] e no dado dos boletins das secretarias estaduais de saúde não tem a discriminação se é indígena ou não indígena. Então, logo depois, lá no site, a gente colocou um bloquinho sobre os indígenas nas cidades", explica Moreira.   

A morte da indígena foi a primeira registrada no Pará, estado que, nesta segunda-feira (6), contabilizou mais três óbitos, todos em Belém: duas mulheres de 50 e 100 anos de idade e um homem de 41 anos.

Vulnerabilidade indígena

Ao defender um monitoramento cuidadoso dos casos de coronavírus entre os povos tradicionais, o antropólogo Tiago Moreira destaca a vulnerabilidade dos indígenas a doenças infectocontagiosas.

"Os indígenas são uma população bastante vulnerável a esse tipo de doença infectocontagiosa e é uma vulnerabilidade que não vem tanto da suscetibilidade imunológica dessas populações, já que esse é um vírus novo e qualquer pessoa é tão vulnerável quanto eles, mas por condições socioculturais específicas que esses povos vivem. Você tem a realidade de boa parte da população indígena que vive em locais bastante afastados. A estrutura de atendimento de saúde preparada para essas populações é bastante precária. A gente resolveu criar essa plataforma para poder colocar tudo isso em perspectiva para poder acompanhar de perto como a epidemia está evoluindo e também ter um uma plataforma articulada para poder, a partir da constatação da situação, fazer pressão para que essas populações sejam atendidas de uma melhor maneira".

Além dos dados de monitoramento, o site reúne ações voltadas para os povos indígenas, estimulando ações solidárias. Em Roraima, o Conselho Indígena (CIR) iniciou uma campanha para arrecadar doações como forma de auxílio durante a pandemia do novo coronavírus. Por sua vez, os povos indígenas do Sudeste brasileiro também estão arrecadando alimentos. A doação pode ser feita nos pontos de coleta.

"Tem também uma parte (do site) em que as pessoas podem conhecer iniciativas indígenas e colaborar com essas iniciativas, já que muitas delas são voltadas paro o recolhimento de dinheiro, de doações, para garantir que essas populações possam ter mantimentos e recursos para poder lidar com esse isolamento", explica Moreira. 

Risco de dispersão

Comumente, mesmo fora de epidemia, boa parte dos indígenas mantém pouco contato com as populações urbanas. O antropólogo Tiago Moreira lembra que viver em isolamento não é algo novo para os povos, uma vez que vários viveram situações graves de epidemias, o que os levaram a se isolarem para sobreviverem. Contudo, o isolamento poderá provocar a dispersão dos grupos indígenas na floresta.

"Ao longo da história, uma das estratégias adotadas foi a do isolamento e a de abandonar aldeias, aldeamentos. Então, a gente tem ao longo do Brasil colonial muitas mortes com dados de populações inteiras sendo dizimadas por gripe, varíola, mas tem também uma estratégia de dispersão dessas populações. Então, agora a gente acredita que, além dessas iniciativas de fortalecer as comunidade através de doações e de recursos para manter o isolamento, a gente acredita que, nesse momento, têm muitas populações indígenas que estão procurando fazer essa dispersão, estão voltando para a floresta para poder se proteger em relação a essas epidemias", explica.

Editado por: Camila Maciel
Tags: indígenasisaparápovos indígenas
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja *
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Veja mais

REFORMA AGRÁRIA

Lula desapropria fazenda e assenta 400 famílias do MST no Paraná

MAS JÁ?

‘Decepcionado’, Musk deixa cargo no governo dos EUA após divergência com Trump

Reconhecimento

Sonia Guajajara é a primeira indígena doutora honoris causa da Uerj

o a água

Ampliação na transposição do rio São Francisco deve beneficiar 8 milhões de pessoas em 237 municípios

artes cênicas

Retomada Teatros Negros: projeto oferece formação gratuita para atores no Rio de Janeiro

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Rádio Brasil De Fato
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
    • Mobilizações
  • Bem viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevista
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Meio Ambiente
  • Privatização
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.