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Hostilidade

Ao longo de 2019, Bolsonaro atacou a imprensa pelo menos 116 vezes

Fenaj aponta tentativa de descredibilização do trabalho do setor; segurança da categoria é a maior preocupação em 2020

03.jan.2020 às 05h11
Atualizado em 01.fev.2020 às 18h53
Brasília (DF)
Cristiane Sampaio
Jair Bolsonaro durante coletiva de imprensa em Brasília (DF)

Jair Bolsonaro durante coletiva de imprensa em Brasília (DF) - Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

O ano de 2019 se encerrou com um total de 116 ataques proferidos pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) contra a imprensa. O número equivale a uma média de uma ocorrência a cada três dias no período, ou 9,6 por mês. Organizado pela Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), o levantamento foi divulgado nessa quinta-feira (2) e considera tanto ofensas a veículos de comunicação quanto à imprensa em geral, do ponto de vista institucional.

Entre as 116 declarações registradas, houve 105 tentativas de descredibilização da imprensa e 11 ataques a jornalistas.

O monitoramento contabiliza exclusivamente pronunciamentos registrados por escrito em canais oficiais do presidente, que são suas contas no Twitter e no Facebook, além do site do Palácio do Planalto, no qual são transcritos entrevistas e discursos do presidente.   

“A gente tem certeza de que o número de ataques é muito maior, mas, pra ter uma metodologia que o próprio Planalto não possa contestar, utilizamos as [vias] oficiais”, explica Márcio Garoni, da direção da Fenaj.   

A federação chama a atenção para o caráter violento de determinados ataques e menciona como exemplo o dia 20 de setembro, quando o presidente fez ofensas de caráter “homofóbico e pessoal” a um repórter depois de ter sido questionado sobre denúncias envolvendo sua família.

“Como o governo dele ou a ser observado e criticado por veículos de imprensa, coisa que não se deu durante a campanha, a tática do presidente tem sido atacar os veículos e também os jornalistas, quase sempre de forma aleatória e indiscriminada para desacreditar o trabalho jornalístico”, aponta a presidenta da Fenaj, Maria José Braga, acrescentando que, nesse embalo, Bolsonaro estaria em busca também de potencializar a disseminação dos conteúdos e do discurso produzidos pela sua própria equipe.  

Desabafo  

Repórteres ouvidos pelo Brasil de Fato que cobrem o cotidiano do presidente disseram à reportagem que as agressões marcaram os bastidores do trabalho ao longo do ano.

“Isso vulnerabilizou nossa situação porque esses ataques são proferidos frente a apoiadores e em ambientes públicos. Já presenciei isso e outros colegas relataram isso também, afirmando que se sentiram bastante intimidados com a postura dele e dos apoiadores, que endossam essas agressões. Isso cria um ambiente de ameaça”, desabafou um repórter que preferiu não se identificar.  

Ele acrescenta que o problema tem ressonância em outros aspectos do trabalho, comprometendo valores públicos que norteiam a relação entre o Estado e os veículos de comunicação: “Isso cria um problema para a democracia, porque essas pessoas não sabem lidar da maneira como deveriam com a necessidade de transparência pública e com o entendimento sobre o que é o trabalho da imprensa. É algo muito diferente do que se espera de um ambiente institucional como o da Presidência da República”.

Nova fase

Para especialistas da área da comunicação, o ano de 2019 chegou ao fim demarcando uma nova fase da relação entre o ocupante do cargo de chefe do Executivo federal e a imprensa no Brasil pós-ditadura. Esta seria a primeira vez desde o fim do regime militar em que um presidente da República ataca jornalistas de forma sistemática e ultrajante, contribuindo, inclusive, para a criminalização do trabalho da categoria.   

Para Maria José Braga, o contexto atual pede uma postura mais contundente dos veículos de imprensa, que, na avaliação da Fenaj, estariam manifestando uma conduta ainda tímida diante do problema.   

“O que se vê é que eles não se opõem e, ao não se oporem de forma contundente a essa tática que o Bolsonaro desenvolveu, contribuem pra que a fórmula dele dê certo. Deveria haver um processo de esclarecimento da população sobre o que significam esses ataques, quais os seus objetivos e o que isso representa para a liberdade de imprensa e a vida democrática no Brasil”, defende.  

Segurança

Os ataques registrados pela Fenaj suscitaram, ao longo do ano, uma preocupação ainda maior com a segurança dos jornalistas, tema em que o Brasil está entre os destaques mundiais. O país ocupa o sexto lugar no ranking das nações cujo ambiente é mais perigoso para a atuação da categoria, segundo índice medido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).   

Sob o atual cenário de ataques proferidos pelo presidente da República, a projeção é de que o ano de 2020 pode reservar aos jornalistas brasileiros capítulos mais espinhosos, o que tende a comprometer ainda mais a segurança da categoria.

A coordenadora do Comitê para a Proteção dos Jornalistas (J) na América Latina, Natalie Southwick, ressalta que ao trauma de 2019 se somam as tradicionais projeções relacionadas a períodos eleitorais.

“Considerando que as eleições costumam ser um período em que a violência e as ameaças contra a imprensa podem aumentar, nosso trabalho no Brasil em 2020 se concentrará muito nessa questão”, antecipa Southwick, fazendo um apelo para que os meios de comunicação e os jornalistas brasileiros em informações sobre a proteção dos profissionais e implementem protocolos de segurança.  

A orientação também já foi feita anteriormente pela Fenaj e pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal (SJPDF), que soltaram nota a respeito do assunto no mês ado.  

As entidades pediram que as empresas reavaliassem a decisão de colocar repórteres para cobrir as atividades do presidente na entrada e na saída do Palácio da Alvorada, residência oficial do chefe do Executivo, onde jornalistas dividem o mesmo espaço com apoiadores de Bolsonaro. Segundo as organizações, esse público ameaça constantemente as equipes.

Para o J, o ano vai exigir uma vigilância permanente sobre o tema.

“Esperamos que as autoridades e a sociedade brasileira reconheçam o papel muito importante da imprensa no momento das eleições democráticas e procurem apoiar os jornalistas em vez de diminuí-los. Já estamos em coordenação com várias organizações no Brasil para desenvolver e compartilhar recursos para jornalistas que cobrem as eleições de 2020 e estar prontos para responder a qualquer necessidade ou emergência que surgir na época”, disse Natalie Southwick ao Brasil de Fato.

A Fenaj levanta a necessidade de uma maior popularização do tema, a partir das denúncias sobre ocorrências de agressão.

“Para este ano, o que a gente propõe é que esses casos sejam denunciados mais fortemente e que a sociedade civil cobre as autoridades publicas pra que essas ameaças cessem. A gente precisa de um ambiente em que o jornalista possa exercer o seu trabalho o mais livremente possível”, argumenta Márcio Garoni, da Fenaj.

Editado por: Vivian Fernandes
Tags: bolsonaroimprensajornalistasradioagência
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