Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • TV BdF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • I
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Opinião
  • DOC BDF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Brasil de Fato
Início Opinião

luta antimanicomial

Artigo | O avanço da contrarreforma psiquiátrica sobre o orçamento público

Enquanto desmonta os componentes da Raps, governo Bolsonaro aumenta investimentos de hospitais psiquiátricos e CTs

25.out.2019 às 15h24
Atualizado em 02.jun.2025 às 21h56
São Paulo (SP)
Leonardo Pinho e Rogério Giannini
Manifestação nas ruas de Belo Horizonte em 18 de maio deste ano, o dia nacional da Luta Antimanicomial

Manifestação nas ruas de Belo Horizonte em 18 de maio deste ano, o dia nacional da Luta Antimanicomial - Isabel Baldoni/Prefeitura BH

A contrarreforma psiquiátrica brasileira dá mais um o na sua consolidação. Depois, de avançar sobre os componentes da Rede de Atenção Psicossocial (Raps), ataques públicos e sistemáticos à reforma psiquiátrica, aumento dos recursos e legitimação da lógica do isolamento social com os hospitais psiquiátricos e as comunidades terapêuticas, agora consolidam programas e ações orçamentárias no orçamento de 2020 e no debate sobre o Plano Plurianual.

Em texto em que analisamos o processo de transição da agenda de retrocessos ao de contrarreforma psiquiátrica, sinaliza que um dos principais desafios para a consolidação desse processo seria a combinação de legislação e orçamento. Um o decisivo no sentido de viabilizar essa combinação foi sem dúvida a criação da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Nova Política Nacional de Saúde Mental e da Assistência Hospitalar Psiquiátrica composta por 226 deputados de diversos partidos e quatro senadores.

No dia 8 de outubro deste o Secretaria Nacional de Cuidados e Prevenção às Drogas (Senapred), Quirino Cordeiro, em reuniu com senadores e deputados federais da Frente Parlamentar Mista faz um anúncio que seguramente representa uma mudança de qualidade consolidação da contrarreforma.

Quirino anunciou a inclusão das comunidades terapêuticas (CTs) no orçamento 2020 e no processo de estruturação do Plano Plurianual – 2020/2023 do governo federal, que agora será submetido a debate na Câmara e Senado.

Foram criados o Programa: Rede de e Social ao Dependente Químico – Cuidados, Prevenção e Reinserção Social e a Ação Orçamentária: Prevenção de Uso de Drogas – Cuidados e Reinserção Social de Pessoas e Famílias que têm Problemas com Álcool e Outras Drogas — classificação funcional programática 10.55101.14.422.5032.20r9.

Ao analisar o Guia de Emendas apresentados pela Senapred, fica uma concepção de políticas públicas de álcool e outras drogas fundamentada nas seguintes características:

  1. A centralidade em equipamentos privados que se fundamentam no isolamento social, como premissa central;

  2. O fortalecimento de uma ação de “prevenção” ao uso de drogas nas escolas que tem a segurança pública como premissa. O proibicionismo e o fortalecimento da visão militarizada de cuidado e educação: Proerd (capacitação) e Poerd (realização);

  3. Destinação de recursos públicos para a estruturação de equipamentos privados, reformas, formação de seu RH, até a aquisição de carros. Com as seguintes ações: a) novos tempos (projetos de prevenção), com capacitação de profissionais de comunidades terapêuticas; b) construindo o amanhã, com apoio financeiro a entidades privadas, sem fins lucrativos, com a finalidade de fomentar melhorias na infraestrutura das unidades; c) caminhos da esperança (carro e micro ônibus); d) retorno à vida (formação e inclusão social).

O Programa e as ações orçamentárias anunciadas atacam dois pilares da Política de Álcool e Outras Drogas: seu caráter púbico e sua concepção não segregadora. A agenda da contrarreforma busca enfraquecer a construção de uma Rede Pública de base comunitária que tem como sua premissa fundamental o cuidado em liberdade e as estratégias de reabilitação e inclusão social.

Ao contrário, a estratégia atual é fortalecer uma Rede Privada, não mais pagando apenas o “acolhimento” a “internação”. Nesse novo o, o recurso público irá financiar a formação de recursos humanos e a estruturação desses equipamentos privados.

Enquanto isso, a Emenda Constitucional 95 congela os recursos para a ampliação e qualificação dos equipamentos Sistema Único de Saúde (SUS) e o Sistema Único de Assistência Social (Suas). A perspectiva central da Constituição Federal de garantir o Direito Universal a Saúde e Assistência Social vai perdendo centralidade tanto nos planos de governo, como também, agora no orçamento 2020 e no Plano Plurianual.

Há um outro aspecto relevante na inclusão na Guia de Emendas de duas ações orçamentárias visando o fortalecimento do Programa Educacional de Resistência às Drogas (Proerd), que é a adaptação brasileira do programa norte-americano Drug Abuse Resistence Education (Dare), executado pelas polícias militares dos estados. Tal adoção é uma escolha que descarta a perspectiva educativa, centrada na promoção de saúde e no amplo debate sobre o tema, mas, ao contrário, baseia-se no reforço da concepção centrada nos proibicionismo e punitivismo.

Tal perspectiva se coloca no campo da disputa acerca da educação pública e as escolas e universidades estão no centro do debate. As escolas cívico-militares lançadas pelo Ministério da Educação apresentam como central o modelo de educação disciplinador baseado na subserviência e hierarquização, em detrimento da construção da autonomia e democracia. Na nossa avaliação, tomar como principal ação educativa na prevenção às drogas o Proerd está em sintonia com o processo de militarização da gestão militarizada das escolas.

Curiosamente, o que é apresentado para as elites econômicas como pedagogicamente mais avançado (com mensalidades altíssimas) são escolas que prezam pela autonomia na construção do conhecimento e por processos participativos nas decisões da vida acadêmica. Aos pobres, em vez de direito a educação de qualidade, o “direito” de serem disciplinados. A consequência é o aumento do fosso que separa a educação para pobres e ricos.

*Leonardo Pinho é vice-presidente da Associação Brasileira de Saúde Mental (Abrasme) e presidente do Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH); Rogério Giannini é presidente do Conselho Federal de Psicologia (CFP) e conselheiro do CNDH.

Editado por: Rodrigo Chagas
Tags: luta antimanicomialorçamento
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja *
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Veja mais

MESADA

Bolsonaro diz que deu R$ 2 milhões para custear filho que está nos EUA

ARTIGO 19

Mendonça: redes não podem ser responsabilizadas por postagens ilegais

Protesto

MST realiza atos em Marabá (PA) contra instalação da hidrovia Araguaia-Tocantins

Bolsonarismo

Falta de unidade pode enfraquecer extrema direita nas eleições de 2026, avalia professor

AMAZÔNIA

‘Aproveitam brechas da lei para roubar terras públicas’, diz secretário do Observatório do Clima sobre grileiros

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Rádio Brasil De Fato
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
    • Mobilizações
  • Bem viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevista
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Meio Ambiente
  • Privatização
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.