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Início Cidades

MORADIA

Niterói: as contradições do município com o maior IDHM do estado do Rio

Estudo de 2012 realizado pela UFF aponta que existem mais de 40 mil moradias em assentamentos precários na cidade

01.fev.2020 às 18h50
Rio de Janeiro (RJ)
Jaqueline Deister
Ocupação Mama África no bairro de São Domingos, em Niterói

Ocupação Mama África no bairro de São Domingos, em Niterói - Foto: Ocupação Sócio Cultural Mama Africa

A cidade de Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro, ocupa a sétima colocação no Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) e se destaca como o primeiro município em qualidade de vida do estado do Rio de Janeiro. Os dados são do último Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil realizado em 2013. 

O IDHM avalia a oportunidade de viver uma vida longa e saudável, de ter o ao conhecimento e ter um padrão de vida que garanta as necessidades básicas, representadas pela saúde, educação e renda. Contudo, o índice esconde a realidade de boa parte da população do município que está em condições inapropriadas e dribla as dificuldades para sobreviver. 

Segundo um estudo de 2012 realizado pelo Núcleo de Estudos e Projetos Habitacionais Urbanos (Nephu) da Universidade Federal Fluminense (UFF), o município possuía cerca de 90 assentamentos precários, ou seja, locais com falta de saneamento básico e coleta de lixo, insegurança de infraestrutura e condição inadequada para habitação. Isso significa que 40 mil moradias encontram-se em assentamentos precários em Niterói.

Para a coordenadora do Nephu e professora da pós-graduação de Arquitetura e Urbanismo da UFF, Regina Bienenstein, a melhoria da situação dos assentamentos precários é um desafio, pois implica também em diálogo com a população para a realização de obras para a construção de redes de água e esgoto, o que pode impactar diretamente na vida de muitos moradores. Mas a pesquisadora destaca que a principal dificuldade hoje está na falta de uma política pública habitacional eficiente em Niterói.

“O que temos visto é uma total falta de política habitacional. O que consideramos política habitacional? A política que além de produzir moradia de baixo custo, boa qualidade e bem localizada, ela também trata dos espaços populares que foram construídos pelas pessoas”, afirma Bienenstein.

Moradia como direito 

A luta pelo direito à moradia digna é algo que as 28 famílias da ocupação Mama África, no bairro de São Domingos, em Niterói, conhecem bem. A ocupação na Rua o da Pátria, organizada pela Frente Internacionalista dos Sem Teto (FIST), é composta por dois casarões de propriedade privada, seus cômodos foram divididos e estiveram sublocados por alguns anos. 

Segundo o Nephu, os dois casarões sofreram subdivisões em seus cômodos e frequentemente não apresentam aberturas além da porta de entrada, sendo insalubres em questões de ventilação e iluminação natural. 

Edson Luna, de 71 anos, mora há 30 anos na ocupação. Segundo o artista plástico e jornalista, a condição de vida no local é precária, mas cada família possui o seu cômodo e trabalham de forma coletiva para tentar realizar melhorias na ocupação. 

“Cada cômodo tem o seu próprio banheiro e cozinha, não existe área separada para lavar roupa, nem nada. Existe uma caixa d´água grande no corredor onde lavamos roupa precariamente e tem também uma escadaria que vai para as casas antes de chegar no morro onde há a preservação ecológica da UFF. As casas ali também correm o risco de desabar”, destaca. 

A situação na Mama África poderia ser outra. Uma parceria da ocupação com o Nephu elaborou entre 2012 e 2014 o projeto arquitetônico de acordo com os padrões exigidos pela Caixa Econômica Federal. A reforma consiste em construir 28 apartamentos, área coletiva de lavagem de roupa, churrasqueira e biblioteca e está orçada em R$ 2,5 milhões. Esse projeto foi apresentado ao prefeito Rodrigo Neves (PDT) em 2013 e prevê a reestruturação de todo o espaço.

“Chegamos a conclusão que era melhor derrubar o casarão de dois pavimentos porque ele estava em condição muito precária e transformar também num prédio de cinco pavimentos. No espaço que sobra, tem uma área de convívio e a lavagem de roupa é ali com condições adequadas, porque hoje eles lavam a roupa na boca da cisterna. Conseguimos uma ONG, a Soluções Urbanas, que ia fazer a obra porque entraria no Minha Casa, Minha Vida entidades”, explica a coordenadora do Nephu. Contudo, a proposta, aguarda até hoje uma resposta do município.

Posicionamento

A reportagem procurou a Prefeitura de Niterói para saber sobre a proposta da reforma na ocupação. A assessoria informou que a Secretaria Municipal de Habitação não foi procurada pelos responsáveis pelo projeto citado. 

Com relação a política habitacional do município, a Prefeitura de Niterói informou que está fazendo o maior investimento da história da cidade em habitação popular. Segundo a assessoria, nos últimos três anos, o município construiu mais de 3 mil unidades, sendo que 1.550 já foram entregues. De acordo com a prefeitura, a prioridade tem sido dada para famílias que perderam suas casas em acidentes naturais, como as chuvas de 2010, e para os que moram em áreas de risco.
 

Editado por: Vivian Virissimo
Tags: moradianiteróiocupaçãoradioagência
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