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Início Internacional

VIOLÊNCIA DE GÊNERO

Suicídio de universitária aumenta revolta contra cultura do estupro na África do Sul

Jovem militante havia buscado ajuda da universidade; país tem um dos maiores índices de estupro do mundo

10.ago.2018 às 15h53
Atualizado em 01.fev.2020 às 18h44
São Paulo
Redação
Khensani Maseko estava no terceiro ano da faculdade de Direito

Khensani Maseko estava no terceiro ano da faculdade de Direito - Reprodução

No mesmo dia em que a África do Sul celebrou o Dia Nacional da Mulher, na terça-feira (9), o país viveu o luto do enterro da estudante de Direito Khensani Maseko, de 23 anos, que cometeu suicídio após ser estuprada no campus da Universidade de Rhodes. A morte da jovem aconteceu apenas alguns dias depois de uma mobilização nacional de mulheres contra violência de gênero, a #TotalShutdown, em um país onde o índice de feminicídio é cinco vezes maior que o índice global. 

De acordo com dados da polícia sul-africana, um total de 124.526 pessoas foram estupradas nos últimos três anos no país. Deste total, 41% eram crianças. Uma mulher é morta no país a cada quatro horas, muitas vezes por seus maridos ou namorados.

A Universidade de Rhodes tem um longo histórico de tratar com descaso e negligência estudantes que vencem o trauma e o tabu e chegam a denunciar casos de abuso sexual dentro do campus.

Em 2016, a campanha “Chapter 212” (“Capítulo 212”) divulgou uma série de cartazes pela universidade com frases ditas por funcionários da instituição a jovens que tentavam denunciar seus agressores. “Tem certeza que quer fazer isso? Você vai acabar com a reputação dele”, “as meninas não devem beber muito, senão serão estupradas” e “você é estrangeira e está destruindo a vida sul-africana” são alguns dos exemplos relatados na época.

Os protestos levaram a repressão policial e ao fechamento da universidade por uma semana, até que se instituiu uma equipe que investigaria o problema e trataria das demandas das estudantes. O grupo elaborou uma lista com cerca de 90 recomendações, mas até hoje as medidas não teriam sido completamente adotadas, segundo uma amiga de Khensani ouvida pela BBC.

O caso

Khensani – que apoiou a mobilização contra a cultura de estupro na universidade dois anos atrás – denunciou na segunda-feira ada (30) o estupro cometido pelo então namorado em maio. A família da jovem foi acionada e tomou a decisão de levá-la de volta para casa.

Na sexta-feira (3), ela publicou em sua página no Instagram uma imagem com sua data de nascimento e a data 3 de agosto de 2018, com a legenda “Ninguém merece ser estuprada”. Momentos depois, a estudante, atleta e militante do movimento estudantil tirou a própria vida.

A Universidade de Rhodes informou que suspendeu o estudante acusado de violar Khensani nesta segunda-feira (6). Ele não teve o nome divulgado. Em nota, a instituição afirmou também que está trabalhando com as autoridades sul-africanas para garantir que a morte da jovem seja investigada.

Revolta e justiça

Familiares, amigos e militantes expressaram revolta com o descaso da universidade e a cultura do estupro, que ainda permeia não só as instituições educacionais, como toda a sociedade sul-africana. Um ato pela memória de Khensani e exigindo justiça aconteceu na universidade, e o velório foi marcado por homenagens e denúncias contra a violência de gênero.

“Condenamos, nos termos mais fortes possíveis, qualquer forma de violência e abuso contra a mulher e, particularmente, o estupro contra a mulher. Exigimos que se faça cumprir a lei”, afirmou a família em comunicado.

“A União Nacional dos Metalúrgicos da África do Sul (NUMSA) não celebrará o Dia da Mulher”, afirmou em nota uma das maiores organizações trabalhistas do país. “Entendemos que Maseko não cometeu suicídio, mas foi assassinada por seu companheiro. As ações dele a levaram a esse último ato desesperado, quando ele a violou. Exigimos que a polícia priorize a investigação sobre a morte dela, e que o suposto criminoso seja preso e punido com rigor pelo crime que cometeu”.

Violência contra a mulher

A África do Sul tem alguns dos maiores índices de violência contra a mulher do mundo. No ano ado, o presidente Jacob Zuma chegou a declarar esse tipo de crime como uma prioridade para o governo, depois de uma série de assassinatos que chocou o país.

“Nossa economia e sociedade se baseia em um sistema capitalista violento e brutal que não valoriza as vidas da maioria negra e trabalhadora africana”, afirma a nota do NUMSA. “Assim, não surpreende que a mulher africana sofra mais que qualquer outro grupo, porque seu sexo, classe e gênero se interseccionam de formas que garantem que ela fique na base da hierarquia das vidas que importam dentro do sistema capitalista".

Dia da Mulher

O Dia Nacional da Mulher da África do Sul é celebrado no dia 9 de agosto, data que marca a realização de uma marcha com cerca de 20 mil mulheres em 1956 em Pretória para protestar contra uma legislação que exigiria que a população negra sul-africana portasse um aporte interno para manter a segregação populacional.

O primeiro Dia Nacional da Mulher do país foi celebrado em 1994.

*Com informações da BBC, da CNN e da SABC Digital News

Editado por: Pedro Ribeiro Nogueira | Versão em português: Aline Scátola
Tags: áfrica do sulfeminicídioviolência contra a mulherviolência de gênero
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