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Início Política

MOBILIZAÇÕES

Cinco anos depois, o que ficou das Jornadas de Junho?

Descentralizar as manifestações de 2013 da Região Sudeste é o desafio de pesquisadores

15.jun.2018 às 12h25
Rio de Janeiro (RJ)
Jaqueline Deister
Manifestações durante as Jornadas de Junho em 2013 no Brasil.

Manifestações durante as Jornadas de Junho em 2013 no Brasil. - Foto: Mídia NINJA

Há cinco anos as ruas do país foram tomadas por manifestações que se espalharam pelo Brasil, tornando-se a maior onda de protestos desde o movimento que pedia o impeachment do então presidente Fernando Collor de Mello em 1992. Meia década depois não foi suficiente para produzir um consenso sobre o significado das Jornadas de Junho, um dos fatos da recente história brasileira que mais produziu interpretações antagônicas, tanto pela esquerda quanto pela direita. 

O protesto, liderado pelo Movimento e Livre (MPL), surge inicialmente contra o aumento da tarifa de ônibus nas principais capitais brasileiras. Após a forte repressão policial, que deixou mais de 150 feridos em São Paulo, os atos começaram a ganhar novos adeptos e, pouco tempo depois, a frase “não são só 0,20” começou a estampar cartazes e muros do país. 

Para Breno Brigel, professor do Instituto de Estudos Sociais e Políticos (IESP) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) que coordena o projeto de pesquisa “Transformações do Ativismo no Brasil – Junho de 2013 em Perspectiva Comparada”, as Jornadas de Junho devem ser analisadas por diferentes pontos de vista, pois foi um momento atípico que colocou esquerda e direita num  mesmo lugar. De acordo com o pesquisador, não é possível entender junho de 2013 sem analisar o contexto social em que os protestos estão inseridos.

“A gente só vai entender junho de 2013 se olharmos para trás e  entendermos que havia ali uma reconfiguração dos movimentos juvenis, haviam novos atores que estavam surgindo e desafiando a política tradicional, havia uma inquietação da sociedade brasileira que mudou muito na última década. Em várias outras cidades, como Goiânia, Porto Alegre, Fortaleza tinham acontecido protestos importantes antes de junho que não derivaram em mobilizações nacionais, mas que foram germens importantes também de junho de 2013”, destaca Bringel.

Descentralizar as Jornadas de Junho da Região Sudeste também tem sido o desafio dos pesquisadores que se debruçam sobre a onda de protestos mais heterogênea da história recente do país. Francisco Tavares é professor do curso de Ciências Sociais da Universidade Federal de Goiás (UFG). Ele explica que durante as manifestações na Região Centro-Oeste já foi possível identificar que a direita estava conquistando mais espaço nas ruas.

“No dia 20 de junho de 2013, quando em São Paulo o MPL nem mais foi às ruas, aqui em Goiânia, a mesma polícia militar que tinha reprimido muito significativamente as manifestações de jovens de periferia com pouca adesão, no dia 20 de junho num protesto com 50 mil pessoas, a PM levou rosas e as distribuiu para os manifestantes. A maioria dos cartazes já tinham um conteúdo de combate à corrupção, muita gente cantando o hino nacional e aqueles militantes de maio e começo de junho já eram minoria. Essa chegada à cena de atores sociais ligados à direita social ficou muito clara, principalmente, no comportamento da polícia militar. Havia uma seletividade no tratamento do manifestante. Existe o manifestante reconhecido pelo aparato do Estado e existe o manifestante não reconhecido”, conta o professor.

A disputa ideológica travada nas Jornadas de Junho deixou muitas perguntas que ainda não têm respostas e um cenário instável do ponto de vista social. Para Bringel, é difícil estabelecer uma relação de causalidade direta entre as ondas de protestos de 2013 e o golpe de 2016. Segundo o pesquisador, as manifestações mostraram a necessidade de reconfiguração do campo da esquerda em diversos setores.

"Já em junho existiam forças antagônicas da direita e da esquerda nas mesmas ruas e manifestações. Após junho houve uma dificuldade dos setores políticos mais tradicionais dentro da esquerda de reagir e lidar com esse novo cenário. O campo mais autonomista que emergiu em 2013 não pretende uma disputa político-institucional e eleitoral. As ocupações nas escolas são um exemplo deste junho de 2013 mais autonomista. A esquerda tradicional como o PT e sindicados vinculados ao partido entraram num momento defensivo que dificultou uma resposta de uma resistência mais articulada”, afirma.

As Jornadas de Junho de 2013 permanecem causando inquietações cinco anos depois. Contudo, elas  deixam uma mensagem clara: a sociedade brasileira mudou e entender as atuais implicações de um país que se tornou polarizado pode fazer a diferença nas eleições de 2018. 
 

Editado por: Vivian Virissimo
Tags: mobilizaçãoradioagência
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