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Início Bem viver Cultura

Distraídos Cantaremos

Coluna | Evanira, a maior cantora do Paraná

A artista fez história também como atriz e apresentadora de TV

23.mar.2018 às 16h07
Curitiba (PR)
Ricardo Pazello
Ensaio de “Funeral para um rei negro”. Evanira aparece em pé, com o microfone (à esquerda)

Ensaio de “Funeral para um rei negro”. Evanira aparece em pé, com o microfone (à esquerda) - Arquivo

Era o primeiro dia de transmissão. Ia ao ar o Canal 6, segunda emissora de televisão do Paraná. Às 21 horas do dia 19 de dezembro de 1960, um evento musical lota a Sociedade Thalia. Entre as atrações Agnaldo Rayol e Pery Ribeiro. No entanto, quem abre o show e rouba a cena é uma mulher negra, a cantora curitibana Evanira dos Santos.

Considerada (e premiada) a maior cantora do Paraná entre as décadas de 50 e 70, Evanira fez história também como atriz e apresentadora de TV. É curioso que Curitiba esqueça, com tanta facilidade, de um ícone artístico que ocupou seu imaginário por pelo menos 3 décadas. Será que é por que Evanira não era descendente de europeus?

Tendo iniciado sua carreira na Rádio Guairacá, ainda adolescente, deve ter enfrentado inúmeros percalços. Afinal, a Curitiba dos anos 50 não era uma viagem muito diferente do que é hoje.

Evanira cresceu como cantora e caiu nas graças do público ao ser a primeira mulher negra a apresentar um programa de televisão na terra das araucárias. O programa chamava-se “Evanira Canta”, e sua marca eram os sambas-canções de sucesso nacional que a cantora interpretava. Ao seu lado, Breno Sauer e seu Conjunto, acompanhando as atrações. 

Nos anos 70, período de chumbo grosso da ditadura, Evanira vai se destacar por fazer parte de musicais políticos do diretor de teatro Oraci Gemba. Militante de esquerda, Gemba montou, em Curitiba, as peças do Teatro de Arena. Em 1971, o sucesso nacional de “Arena conta Zumbi”, de Guarnieri e Boal, estreia no Guairão.

No ano seguinte, o Teatro Paiol recebe a primeira peça de teatro de sua história, “Arena conta Tiradentes” (dos mesmos autores). Também em 1972, “Via Crucis”, escrita pelo próprio Gemba, é encenada no Teatro Guaíra. Todas eram musicais de forte cunho político, surpreendendo que tenham driblado a censura da época, e em todas elas Evanira atuou, mostrando seu engajamento com a arte nacional e seu bom gosto em termos de escolhas profissionais. Décadas mais tarde, nos anos 90, atuaria também em peças como “Bruxas de Salém” e “Ópera dos 3 vinténs”.

É com “Funeral para um rei negro”, porém, que Evanira vai entrar para a história. Ao lado do cantor Lápis (que a chamava de “irmã”) e também dirigida por Gemba, estrelou em um espetáculo musical que marcou gerações naquele ano de 1975 (há registros sonoros do espetáculo preservados). A canção-título foi uma homenagem a Joãozinho da Goméia, tido como um dos mais antigos babalorixás brasileiros. 

A música paranaense só pode agradecer a este ídolo que tanto de nossa história cultural carrega consigo. No mês em que se celebra o dia de luta das mulheres, nada melhor do que rememorar nosso povo da arte e política da grande Evanira, a maior cantora paranaense!

Para ficar por dentro

– Áudio de apresentação em Florianópolis, “O vento e a saudade” (1957)

– Áudio de “Funeral para um rei negro” (1975), com Evanira e Lápis

– Tese de doutorado de Maria Luiza Gonçalves Baracho sobre a “Modernidade em preto e branco: a televisão em Curitiba” (2007)

– livro de José Plínio sobre “O teatro de Oraci Gemba” (2008)

 

*Ricardo Prestes Pazello é professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR), músico amador e militante da Consulta Popular.

Editado por: Ednubia Ghisi
Tags: culturamúsica
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