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Brasília

Governo usa Fórum Mundial da Água para defender interesse comercial de empresas

Entre os financiadores do evento, estão grandes conglomerados que usam a água como principal fonte de renda

14.mar.2018 às 06h35
Atualizado em 01.fev.2020 às 18h42
São Paulo (SP)
José Eduardo Bernardes
Para movimentos populares, Fórum Mundial da Água é reunião de companhias que querem privatizar a água para obter lucro

Para movimentos populares, Fórum Mundial da Água é reunião de companhias que querem privatizar a água para obter lucro - Agência Brasil

As companhias transnacionais e entidades governamentais interessadas na gestão da água para os próximos anos, se encontram em Brasília, de 18 a 23 de março, na 8ª edição do Fórum Mundial da Água. No entanto, para os movimentos populares que acompanham a disputa pela água no Brasil, o encontro é, na verdade, uma reunião de organismos internacionais dispostos a tirar do papel os planos de privatização de um dos bens mais imprescindíveis à vida humana e aumentar seus lucros financeiros.

Entre as empresas que financiam o evento, estão grandes conglomerados que concentram na água sua principal fonte de renda, como a Nestlé, uma das principais comercializadoras de água mineral do mundo. Também capitalizam o Fórum a Ambev, fabricante de cervejas e a Coca-Cola, que além de bebidas gaseificadas também lucra com a venda de água engarrafada.

Para Gilberto Cervinski, coordenador nacional do Movimento dos Atingidos por Barragem, o MAB, é claro o interesse dessas empresas na mercantilização da água.

"Todos os grupos econômicos internacionais que tem interesse em estabelecer a propriedade privada sobre a água estão envolvidos nessa construção do Fórum Mundial da Água. Eles nunca podem dizer que querem estabelecer a privatização, porque isso não soaria bem na opinião pública. O lema do encontro deles a a ideia de compartilhamento da água. E, para eles, o que é o compartilhamento? É pegar a água do povo e partilhar [o lucro] para as transnacionais". 

A Nestlé, uma das principais financiadoras do evento, tem seu nome recorrentemente relacionado a projetos de privatização da água. Em um vídeo de 2005, Peter Brabeck-Letmathe, presidente do Conselho de istração da empresa, afirma que é importante dar “valor de mercado à água”, para que as pessoas possam dar valor ao bem natural. 

O tema também voltou a ser destaque nos grandes eventos deste ano. A gestão privada da água foi debatida nas mesas do Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça, evento que reúne economistas, empresários e políticos para discutir medidas de fortalecimento do capitalismo, aumento do lucro das multinacionais e exploração dos trabalhadores. Inclusive, durante o evento, o presidente golpista Michel Temer se encontrou com principais executivos da Ambev e da Coca-Cola justamente para falar sobre água. 

Segundo Daniel Gaio, secretário nacional de Meio Ambiente, da Central Única dos Trabalhadores, a CUT, este não é o primeiro Fórum organizado pelas companhias transnacionais que aponta para a privatização da água.

"O Fórum é o organizado pelo Conselho Mundial da Água, que não é uma representação multilateral, pelo sistema ONU. Pelo contrário, a indicação para a composição desse Conselho a por governos e principalmente por empresas. Nós, entidades e movimentos sociais, sempre fizemos uma disputa de incluir a simples menção de que água é um direito. E até essa simples menção foi negada durante muito tempo nos documentos finais do Fórum". 

O Brasil é o país que detém a maior quantidade de água doce do mundo, com 12% do total. Mas parte de sua população ainda não tem o ao bem natural. Estados que costumavam contar com abastecimento regular, são atingidos constantemente por secas. Dois destes estados, inclusive, estão entre os principais financiadores do Fórum: São Paulo, representado pela estatal de saneamento Sabesp; e o governo do Distrito Federal.

Cervinski aponta que é questionável a organização do Fórum, realizado a cada três anos em diversas partes do mundo desde 1996, na cidade de Brasília, justamente no período em que o município a por um longo racionamento. "A gente sabe que uma das questões que eles fazem é criar os tais racionamentos, através da teoria da escassez, para gerar apelo para a privatização. Por coincidência, esse é o único estado que a por um racionamento sério. Inclusive, o Distrito Federal está em plena crise de abastecimento de água. E nós temos uma grande desconfiança".

O MAB e outras organizações populares farão, durante o período do Fórum Mundial da Água, um evento alternativo, para debater o uso da água como um bem popular. O FAMA, Fórum Alternativo Mundial da Água, começa no próximo dia 17 e segue com diversas mesas de debate sobre o tema.

Editado por: Juca Guimaraes
Tags: águabrasiliacoca colacutdistrito federalfórum mundial da águamabradioagência
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