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Início Bem viver Cultura

ARTE INDÍGENA

Artistas Indígenas Kariri, do Cariri Cearense, realizam intercâmbio em Aldeias Kariri do Piauí com apoio da Funarte

A programação acontece nas Aldeias Kariri Bate Maré e Kariri de Serra Grande

30.abr.2025 às 09h51
Juazeiro do Norte (CE)
Geovanni Carvalho
Artistas Indígenas Kariri, do Cariri Cearense, realizam intercâmbio em Aldeias Kariri do Piauí com apoio da Funarte

Inspirado na escuta do território por meio das pedras, ervas e corpos-flecha, o teatro é utilizado como ferramenta de encontro, produção de saúde e construção de futuros possíveis. Foto: Nívea Uchôa

Duas aldeias do Piauí recebem nos próximos dias, entre 1 e 4 de maio, artistas Indígenas Kariri, da região do Cariri Cearense, com o projeto Ouvindo pedras, ervas e sonhos – Flechas de arte em circularidade nos terreiros. Realizado pela Coletiva Flecha Lançada Arte, o projeto é apoiado pela Bolsa Funarte de Teatro Myriam Muniz – Funarte Rede das Artes 2023 – Programa de Difusão Nacional. O intercâmbio artístico envolve as apresentações de artistas do Cariri Cearense, como  Histórias que Penha Conta (2018) e Ané das Pedras (2021), e acontece nas aldeias Kariri Bate Maré, em Paulistana, e Kariri de Serra Grande, no município de Queimada Nova.

O integrante da Coletiva Flecha Lançada Arte, Joedson Kariri, aborda um pouco sobre a escolha das aldeias do Piauí para realização do intercâmbio. De acordo com Joedson a escolha foi feita pelo sentido de que são comunidades Kariri e revela ainda que na Serra do Catolé, às famílias indígenas que residem no Sítio Leite possuem como matriarca Maria Piauí. “Então, foram esses dois critérios, essa relação de parentesco que existe com uma família indígena da Serra do Catolé, com o povo Kariri do Piauí e, de modo geral, possibilitar um intercâmbio entre o próprio povo Kariri, do Cariri cearense e do estado piauiense”, afirma.

Com o objetivo de fortalecer as memórias ancestrais e a produção artística nos territórios indígenas, o intercâmbio promove ainda a realização da oficina de iniciação ao teatro, intitulada Inventando com os sonhos, direcionada às crianças e jovens, e que busca reafirmar a ancestralidade como um caminho para a criação artística e coletiva.

Ana Floresta, indígena Kariri, atriz formada em teatro na Universidade Regional do Cariri (Urca), e moradora da comunidade do Chico Gomes, também atua enquanto proponente do projeto e no espetáculo Histórias que Penha Conta, revela que conseguir ar o financiamento da Funarte para realização do intercâmbio é de grande importância, pois garante a oportunidade de se permitir não ocupar apenas outros espaços, mas sim a possibilidade de visualizar nesses outros espaços outros tipos de conexões. Floresta aponta ainda que todas as produções feitas até aqui ficam somente no terreiro, no território, uma vez que não possuem verba suficiente para conseguir estender essas relações com outros espaços.

Penha refere-se às lutas, ás dores e a busca pelos saberes e pela vida, refere-se também a Maria da Penha, meizinheira que inspirou o monólogo e deu título a peça. Foto: Rondinelli Bernardo

Sobre as expectativas, a artista indígena destaca que são muitas, e garante que o trabalho vem sendo idealizado há bastante tempo e assegura que o frio na barriga é o mesmo. “Por mais que as apresentações nas aldeias não sejam feitas com uma boa estrutura cenográfica, utilizando palco, iluminação específica, estaremos no terreiro de uma aldeia, utilizando a iluminação do sol, uma fogueira, uma outra atmosfera. Então o frio na barriga ainda é o mesmo”, destaca. Floresta confessa ainda que o intercâmbio é um movimento político de fortalecimento das questões acerca de demarcação territorial.

Por fim, Floresta ressalta os desafios de ser artista indígena no Cariri e no Ceará, e aponta o principal deles como o reconhecimento enquanto indígena, “é como se as pessoas olhassem para nós e não reconhecessem como indígena, e por isso precisamos estar o tempo todo falando, pronunciando e descrevendo ‘eu sou uma mulher indígena Kariri, da Aldeia Chico Gomes’, isso tem sido praticamente um mantra”. A artista aponta ainda outros dois desafios: o segundo diz respeito às oportunidades de ocuparem outros terreiros e territórios, alcançando novos olhares. Já o terceiro e último, é o enfrentamento e a disputa pela terra e pela demarcação do território, refletindo ainda na auto afirmação da própria comunidade como identidade indígena.

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Troca de saberes

Com quatro dias de duração, a programação do intercâmbio será dividida em dois dias para cada um dos territórios. Gilmar, liderança da Aldeia Kariri Bate Maré, em Paulistana (PI), compartilha as expectativas para o momento de troca com os artistas do Cariri cearense. De acordo com o líder da aldeia, a expectativa é enorme, já que fazem quatro anos da retomada de seu território e da reafirmação como povo originário, sendo essa a primeira vez em que receberão oficinas e espetáculos artísticos. Por fim, Gilmar revela que apesar dos movimentos e comunidades próximas se referirem ao mesmo como liderança, o trabalho dentro da aldeia é coletivo e construído por diversas mãos.

Os últimos dois dias de programação do intercâmbio acontecem no município de Queimada Nova (PI), na Aldeia Kariri de Serra Grande, e tem Dona Maria Francisca como liderança da aldeia, que revela a expectativa de curiosidade e aprendizado para a programação.

Ané das Pedras faz parte do intercâmbio que acontecerá nos dias 1 a 4 de maio no Piauí. Foto: Nívia Uchôa
Ané das Pedras faz parte do intercâmbio que acontecerá nos dias 1 a 4 de maio no Piauí. Foto: Nívia Uchôa
Ané das Pedras faz parte do intercâmbio que acontecerá nos dias 1 a 4 de maio no Piauí. Foto: Nívia Uchôa
Ané das Pedras faz parte do intercâmbio que acontecerá nos dias 1 a 4 de maio no Piauí. Foto: Nívia Uchôa

Idiane Crudzá, indígena do povo Kariri Xocó de Alagoas, artista e participante do espetáculo Ané das Pedras, descreve o intercâmbio como uma oportunidade de aproximar os povos e evoluir com o outro, garantindo o fortalecimento e multiplicação de saberes entre os territórios. Professora e fundadora da escola livre swbatkerá, e vice representante das línguas indígenas do nordeste pela Unesco, Crudzá revela ainda as expectativas para a troca de saberes são altas, e que pretende dar o seu melhor, e busca envolver e levar aconchego através da arte as pessoas que estão a espera desse momento especial. Por fim, a artista conta que vê na arte uma maneira de somar e trazer fortalecimento ancestrais culturais e espirituais.

Floresta, responsável pela direção e atuação do espetáculo Histórias que Penha Conta, expressa ainda os aplausos como a principal essência do artista e aponta o intercâmbio como ferramenta de fortalecimento e estreitamento de laços e fronteiras entre povos e culturas. “O movimento indígena recorre por isso, e nós estamos estreitando as fronteiras, porque nós vamos ter mais de uma aldeia para visitar, mais uma aldeia para a gente conhecer, mais uma aldeia para a gente experienciar a vida, o cotidiano daquelas pessoas”, conta.

Programação

Todas as atividades são gratuitas e abertas ao público. A oficina contará com disponibilidade de 20 vagas abertas para as crianças e jovens das comunidades e as  inscrições podem ser feitas pelo link que será disponibilizado no Instagram @coletivaflechalancadaarte.

Aldeia Kariri Bate Maré (Paulistana – PI)

Quinta-feira | 01 de Maio 

9h às 11h:  Oficina: Inventando com os sonhos

17h às 18h: Espetáculo Histórias que Penha Conta + Roda de conversa

Sexta-feira | 02 de Maio 

9h às 11h:  Oficina: Inventando com os sonhos

17h às 18h: Espetáculo Ané das Pedras + Roda de conversa

Aldeia Kariri de Serra Grande (Queimada Nova – PI)

Sábado | 03 de Maio

9h às 11h: Oficina: Inventando com os sonhos

17h às 18h: Espetáculo Histórias que Penha Conta + Roda de conversa

Domingo | 04 de Maio

9h às 11h:  Oficina: Inventando com os sonhos

17h às 18h: Espetáculo Ané das Pedras + Roda de conversa

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Editado por: Lívio Pereira
Tags: arte indígenaintercâmbio indígenakariris
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