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ÁFRICA DO OESTE

‘É uma farsa, um acordo com Macron’, diz líder popular da Costa do Marfim após país fechar base militar da França

Aliado de Macron, presidente marfinense tenta angariar apoio popular em meio a onda soberanista na região do Sahel

14.jan.2025 às 17h57
Niamei (Níger)
Pedro Stropasolas

Base militar sa ará para o controle das Forças Armadas da Costa do Marfim a partir deste mês - AFP

O Presidente da Costa do Marfim, Alassane Ouattara, anunciou recentemente que a base militar sa no país será entregue às Forças Armadas da Costa do Marfim a partir de janeiro de 2025.

No seu discurso à nação por ocasião do Ano Novo, Ouattara afirmou que o 43º batalhão de infantaria marítima BIMA, em Port-Bouet, na região de Abidjã, onde as tropas sas estão atualmente estacionadas, receberá o nome do primeiro Chefe do Estado-Maior do país, o General Thomas d'Aquin Ouattara.

No entanto, o anúncio, que aparenta acompanhar a luta por soberania que ocorre nos países vizinhos do Sahel que expulsaram recentemente militares ses de seus territórios, é considerado uma “farsa” por movimentos populares e partidos de esquerda na África do Oeste e uma forma de esconder a presença militar sa da vista do público.

É o que explica Achy Ekissi, liderança da Organização dos Países da África Ocidental (OPAO) e secretário-geral do Partido Comunista Revolucionário da Costa do Marfim (PCRCCI).

"Não se trata de uma decisão soberanista. Ouattara chegou a um acordo com Emmanuel Macron para desativar uma bomba-relógio. Através desta alquimia, querem fazer crer que o exército francês vai partir, quando na realidade não vai", coloca Ekissi ao Brasil de Fato.

Segundo o dirigente marfinense, tornar invisível os últimos pontos de apoios militares em suas antigas colônias na África do Oeste compõe a estratégia de reorganização dos ses na região, tática que foi anunciada pelo General Thierry Burkhard, Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas sas, em Janeiro de 2024.

Na ocasião, o militar francês afirmou que a França iria caminhar em direção a “um modelo menos arraigado e menos exposto” de implantação militar na África do Oeste, o que não representaria a retirada completa de suas tropas. 


Ouattara e o ministro da defesa da França em 2014, Jean-Yves Le Drian / AFP

A estratégia de Macron busca conter o sentimento anti-francês impregnado na região. Em novembro de 2024, o Senegal e o Chade anunciaram, com poucas horas de diferença, a saída dos soldados ses do seu território.

"A presença do exército francês se baseia num acordo militar assinado em 1961. Enquanto este acordo não for denunciado, ou enquanto não for tomada uma decisão soberanista que assegure a partida deste exército sem condições prévias e sem negociação, todas as posturas não am de truques. Existe uma escola militar sa onde podem ser alojados os mil soldados ses. É preciso dizer que Ouattara e Macron tentaram fazer o mesmo truque com a moeda Eco. As suas táticas são bem conhecidas. Isolado, tenta recuperar o controle, anunciando posições que não pode assumir", completa a liderança da OPAO.

43º BIMA 

Originalmente conhecido como 43º Regimento de Infantaria, este batalhão, estabelecido em 1914 como um destacamento do exército colonial francês na Costa do Marfim, serviu a França “durante as duas Guerras Mundiais, a Guerra da Indochina e a Guerra da Argélia. Em 1978, foi renomeado como 43º BIMA (Batalhão de Infantaria de Fuzileiros Navais em Abidjan) sem alterar a sua missão principal: salvaguardar os interesses imperialistas, particularmente os da França, monitorizar os regimes neocoloniais e intervir militarmente quando necessário para defender a ordem neocolonial”, disse um comunicado do PCRCCI após o anúncio.

Diretamente sob o comando francês, este batalhão “é uma das faces visíveis da dominação sa na Costa do Marfim”, acrescenta a nota do partido de Ekissi.

“Esta base militar está lá para defender os interesses ses, claro. Por outras palavras, controla tudo que diz respeito ao interesse da França, mas também para apoiar os aliados que estão no poder", pontua Ekissi. 

Primeira rebelião popular

O líder do partido comunista marfinense lembra episódios em que as forças sas intervieram diretamente nos rumos de seu país, como na primeira rebelião da história da Costa do Marfim independente, em 1970, na região de Gagnoa, a 300km da capital Abdijã. 

O chefe desta rebelião era o estudante da etnia Bété, Kragbé Gnagbé. Após criar um novo partido político, o PANA (Partido Nacional Africano), Gnagbé liderou centenas de camponeses para ocupar a cidade de Gagnoa e impor a criação do Estado de Eburnie. 


O estudante da etnia Bété, Kragbé Gnagbé, liderou a primeira rebelião anticolonial na Costa do Marfim após a independência, em 1960 / Divulgação

Os pilares do levante eram similares ao que se vive hoje na região: nacionalizar a economia da Costa do Marfim e retirar o exército francês do país africano. A resposta militar do então presidente Felix Houphouet Boigny, com apoio do exército francês, foi imediata e severa: Gnagbé preso e milhares de seus companheiros assassinados.

“Era um período em que era proibido a qualquer partido político existir. Houve uma repressão feroz de quase 4 mil mortos. É o que dizem as estatísticas. 4 mil camponeses mortos, com o e do imperialismo francês, do exército francês”, relembra Ekissi.

Guerra civil e apoio francês

No cargo de presidente desde 2011, Alassane Ouattara foi o primeiro-ministro da Costa do Marfim durante os últimos três anos da ditadura de Houphouet-Boigny, que governou o país desde a independência em 1960 até sua morte, em 1993.

Após ser marginalizado na corrida pela sucessão dentro do próprio partido, Ouattara ou um período de cinco anos no FMI como Diretor-Geral Adjunto, de 1994 a 1999. Logo após, regressou à política interna iniciando, com apoio da França, uma guerra civil em 2002 que dividiu o exército da Costa do Marfim. O objetivo era a retirada de Laurent Gbagbo do poder, eleito como novo presidente do país dois anos antes.

Professor de História e histórico combatente da ditadura de Houphouët-Boigny, Gbagbo nasceu na aldeia de Mama, perto de Gagnoa, palco da primeira rebelião anticolonial do país no pós-independência.

Achy Ekissi descreve Gbagbo como um socialista que foi “por vezes anti-imperialista e pan-africanista, mas hesitante em combater diretamente os interesses ses” durante a sua presidência de 2000 a 2010. 


Soldados reprimem manifestantes em Abidjan contrários à decisão do presidente Outtara de disputar a segunda reeleição na Costa do Marfim / Issouf SANOGO / AFP

No final de 2010, quando Gbagbo tomaria posse para um novo mandato, as tropas sas, operando principalmente a partir do 43.º BIMA, mataram milhares de soldados e civis que protestavam em defesa do então presidente, recorda Ekissi. Os soldados ses também bombardearam o Palácio Presidencial em Abril de 2011, ajudando Ouattara a capturar Gbabgo e assumir o poder, em 21 de maio daquele mesmo ano.

Quase oito anos após a sua prisão, Gbagbo foi absolvido. Em Março de 2024, anunciou sua candidatura para as próximas eleições presidenciais, em outubro deste ano. O apoio popular de que goza hoje é “inequívoco” e em partes, sustentado pelo sentimento anti-francês que paira hoje no país.

“Desde a independência em 1960, os dirigentes da Costa do Marfim têm sido pró-ses, muito pró-ses. Estão praticamente ligados ao imperialismo francês, são os filhos do imperialismo francês. São os subprefeitos da embaixada sa que gerem a Costa do Marfim em nome do imperialismo num contexto geral. Quase todos os chefes de Estado, com todas as mudanças políticas na Costa do Marfim, tiveram os ses por trás. É a França que nos diz para onde devemos ir, quem devemos escolher”, explica Akissi.

Editado por: Lucas Estanislau
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