Através da arte folclórica, amplamente difundida entre o povo polonês, os imigrantes poloneses que chegaram ao Brasil puderam manter vivas suas tradições e cultura, expressando valores e sentimentos.
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Entre os anos de 1890 e 1914, foram 96.116 imigrantes poloneses que aportaram no Brasil, sendo o Paraná o estado que mais os recebeu. Na bagagem, dentre muitos saberes, os imigrantes também trouxeram formas próprias de fazer arte, como por exemplo os "Wycinanki", palavra que significa "recorte". Os wycinanki são dobraduras, recortes e colagens de papéis coloridos; uma forma de arte que surgiu entre os camponeses para formar imagens e retratar cenas do cotidiano.
Os wycinanki são dobraduras, recortes e colagens de papéis coloridos. / Foto: Arquivo Pessoal
Por muitos anos, poucas famílias de poloneses no Brasil preservaram esses saberes e práticas artesanais, que agora foram compartilhados pelo jornalista Rafael Nolêto no livro "Arte em Papel: tradições populares, da Polônia ao Brasil", com 177 páginas que contam um pouco sobre essas tradições.
"Este livro é uma forma de reavivar a memória acerca das formas de artes folclóricas praticadas pelos poloneses, que também trouxeram essas manifestações ao Brasil. O papel, que é um material simples e ível, é amplamente utilizado na arte polonesa para compor imagens, montar presépios e confeccionar artefatos decorativos. Como pesquisador de folclore, construí este livro com o apoio da comunidade polonesa no Brasil, para contribuir com a valorização deste legado artístico ancestral", comentou Rafael Nolêto.
O livro pode ser adquirido através de diversas lojas virtuais, como Amazon, Clube de Autores, Estante Virtual e outros sites.
