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Análise

Racismo: os jogos imitam a vida ou a vida imita os jogos?

Precisamos urgentemente ocupar e democratizar o mundo online dos jogos.

28.maio.2023 às 16h07
Curitiba (PR)
Ketline Lu

O jogo que simulava escravidão foi retirado da loja de aplicativos após denúncias de usuários e por descumprir as normas do Google - Imagem: Silvo Bilinski / Pixabay CC0 License

Recentemente viralizou a notícia de que havia disponível para compra na Play Store, loja virtual do Google, um jogo simulador de escravidão, em que os jogadores podem adquirir escravizados, com o objetivo de enriquecer. Para aumentar a produção, o proprietário virtual de escravizados poderia maltratá-los, por exemplo, aplicando-lhes castigos. O Google recentemente removeu o aplicativo. Como era de esperar, a repercussão foi grande e esperamos que novos desdobramentos, inclusive judiciais, sejam anunciados nos próximos dias pelas autoridades brasileiras. 

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O que chama atenção neste episódio é o fato da surpresa com a presença desse tipo de conteúdo violento em comunidades de videogame. Em uma outra plataforma online, que funciona tanto como rede social para jogadores quanto como loja virtual de games, há um variado cardápio de jogos cujo conteúdo em alguns casos é, no mínimo, questionável. Apresentamos às leitoras e aos leitores alguns exemplos. 

Um dos jogos, cuja descrição promete uma "intensa" e "imersiva experiência sexual", exibe um gameplay (vídeo tutorial de como jogar) em que é possível verificar que se trata de verdadeira simulação de atos libidinosos que, se reproduzidos na vida real, seriam semelhantes ao estupro.

Outro jogo que mencionamos a título de ilustração é um em que a personagem principal é uma prisioneira forçada a se prostituir. Não fossem só os gestos misóginos, choca também o design das personagens: com um corpo bem definido de mulheres maduras, mas com rostinhos de crianças e adolescentes em tenra idade. As mulheres neste tipo de jogo não am de objetos, sem qualquer dignidade ou vontade. Estão ali tão somente para satisfazer a lascívia patológica masculina.

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Esses exemplos, no entanto, felizmente não correspondem à maioria dos jogos à disposição. Inclusive, em alguns dos jogos mais famosos, como um remake recentemente lançado, notamos mudanças radicais em relação a suas personagens femininas. Se sua versão clássica de 2004, apresentava uma donzela em perigo, pouco inteligente e à espera do seu herói, ou uma espiã chinesa maldosa e interesseira, na nova versão de 2023 elas se tornam personagens ativas e habilidosas, que resolvem problemas em várias etapas, sem o que não é possível terminar o jogo. 

Vemos nessas comunidades gamers uma forte presença masculina e que quase a totalidade de programadores são homens brancos. Pior, constatamos que tais comunidades são redutos de discursos da extrema direita. Certamente o fato das populações negras e do gênero feminino não participarem mais ativamente no desenvolvimento de jogos torna tal locus o ambiente perfeito para proliferação de discursos racistas, machistas e misóginas. 

Para além da necessária regulamentação pelo Estado das plataformas online, precisamos urgentemente ocupar e democratizar o mundo online dos jogos. Os videogames, como toda manifestação cultural humana, transmitem conhecimentos e valores. São arte, pois muitos roteiristas, músicos, desenhistas e programadores trabalham arduamente para os desenvolver. 

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Estimular para que cada vez mais mulheres e pessoas negras participem, não só como jogadoras, mas como desenvolvedoras e programadoras de jogos, aplicativos e plataformas é essencial para combater o racismo e o machismo ainda tão fortes nestes lugares. Fica a reflexão sobre pensar em políticas de inclusão nessas áreas, de pessoas negras e mulheres especialmente, para que a gamificação seja também um instrumento de luta pela igualdade racial e de gênero.

*Ketline Lu é advogada, formada pela Universidade Federal do Paraná e especialista em Direito Constitucional e Direito Ambiental.

**Este é um artigo de opinião. A visão da autora não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasil de Fato.

Editado por: Lucas Botelho
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