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Início Bem viver Cultura

CENSURA

Câmara de João Pessoa repudia Chico César por letra crítica a apoiadores de Bolsonaro

Músico tem histórico de canções com críticas sociais contundentes e recebeu apoio imediato de artistas da Paraíba

14.ago.2020 às 18h42
João Pessoa (PB)
Cida Alves

Reprodução - Foto

O cantor e compositor Chico César recebeu voto de repúdio da Câmara Municipal de João Pessoa por causa da letra da música ‘Bolsominions’. O requerimento partiu da vereadora Eliza Virgínia (Progressistas), contumaz defensora do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Eliza sugeriu a nota de repúdio devido ao trecho da letra: 'Bolsominions são demônios, saíram do culto para brincar de amigo oculto com Satã no condomínio". "Bolsominions" é a forma como algumas pessoas chamam os apoiadores do presidente.

Leia mais: O que significa ser antifascista e por que o bolsonarismo é o fascismo do século 21

A vereadora justificou que a canção pratica intolerância religiosa. "Nunca, jamais, vou me furtar das minhas prerrogativas, que eu seja descriminada, e termos nossos símbolos vilipendiadas por quem quer que seja", declarou na sessão.

O requerimento foi votado em bloco e teve aprovação unânime, em sessão remota, nesta quinta-feira (13). Como de costume, interrompida o tempo todo na tentativa de justificar o seu posicionamento, a única a se abster ao voto de repúdio foi a vereadora Sandra Marrocos (PT). 

Alguns vereadores(as) tentaram se justificar. O vereador Thiago Lucena (PRTB) afirmou que a letra é “de extremo mau gosto” mas não acha que é papel da Casa Legislativa repudiar um artista paraibano. O vereador Bispo José Luiz (Republicanos) afirmou que não se pode criticar o trabalho de um artista da terra com renome internacional por causa de uma letra “de péssimo gosto”.

Resistência / Músicas de protesto

Desde o início da carreira, Chico César é um compositor de posicionamento crítico sobre a realidade brasileira, as contradições do capital e contra o racismo. Sem dúvidas, após a posse de Bolsonaro, o artista vem criando músicas que contestam a sua política e a condução do país que, com ajuda do presidente, já levou mais de 100 mil pessoas à óbito pela covid-19.

A música 'Inumeráveis' (14/05), feita a partir de um poema de Bráulio Bessa, lamenta a banalização das mortes pelo presidente e seus seguidores: "Se números frios não tocam a gente / Espero que nomes possam". A música humaniza os – agora – mais de 100 mil mortos pela covid-19".

'Pedrada', do novo álbum “O Amor É Um Ato Revolucionário”, critica o neofascismo no Brasil: "Cães danados do fascismo / Babam e arreganham os dentes/ Sai do ovo a serpente / Fruto podre do cinismo. Com refrão: Mas nós temos a pedrada pra jogar / A bola incendiária está no ar / Fogo nos fascistas/ Fogo, Jah"

O disco ‘Estado de Poesia’ venceu a 29ª edição do Prêmio da Música Brasileira 2018 na categoria melhor álbum de “Pop / Rock / Reggae / Hiphop / Funk”. No álbum, a faixa 14, 'Reis do Agronégocio', com 11 minutos de duração, faz um raio-x dos abutres do agronegócio no país: “Ó donos do agrobiz, ó reis do agronegócio / Ó produtores de alimento com veneno / Vocês que aumentam todo ano sua posse / E que poluem cada palmo de terreno / E que possuem cada qual um latifúndio / E que destratam e destroem o ambiente / De cada mente de vocês olhei no fundo / E vi o quanto cada um, no fundo, mente”.

Leia mais: Águas cercadas: como o agronegócio e a mineração secam rios no Brasil

A música do voto de repúdio na Câmara de João Pessoa está disponível no Instagram do cantor: @oficialchicocesar/

Reações em rede

Coletivo Nossa Voz:

“O Coletivo Nossa Voz se solidariza com o cantor e compositor paraibano, Chico César, diante do voto de repúdio apresentado pela vereadora, Eliza Virgínia (PP), e aprovado nessa quinta (13) pela Câmara Municipal de João Pessoa/PB. Para o Coletivo Nossa Voz, o que fere a fé cristã é o desdém de Bolsonaro diante de mais de 100 mil mortes de brasileiras e brasileiros por Covid-19 e a falta de gestão dessa crise sanitária. Defendemos a vida e a liberdade de expressão artística e cultural prevista na Constituição Federal”

Tárcio Teixeira:

“Essa desqualificada Câmara de Vereadores de João Pessoa, em especial as e os intolerantes, que não respeitam a liberdade cultural e o Estado Laico e usam nosso dinheiro, os recursos públicos, para aprovar repúdio contra outro grande, o Chico Cesar. 

@elaineoliveirax:

“Eu tenho vergonha de vocês @câmaramunicipaljp, alegações completamente tendenciosa e infundados. Vão procurar o que fazer, bando de desocupados. @oficialchicocésar, te amo, continue forte e corajoso”

@joão.almy:

“A música de Chico César expressa os fatos políticos que estamos vivenciando nos últimos tempos, onde as vergonhas que pastavam distraídas se empoderam de discursos fascistas, de pedidos de fechamento do congresso nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF), do negacionismo da ciência, na falta de empatia e solidariedade, no ataque aos direitos sociais, trabalhistas e civis, às mulheres, aos negros e negras, à juventude e aos LGBTQIA+.”

 

 

 

Editado por: Maria Franco e Rodrigo Chagas
Tags: chico césarjoão pessoa
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