Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • TV BdF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • I
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Opinião
  • DOC BDF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Brasil de Fato
Início Internacional

Crise diplomática

Cortes do governo em embaixada consolidam ruptura com Venezuela, dizem especialistas

Remoção de embaixadores e funcionários brasileiros em Caracas é inconstitucional e promove série de prejuízos ao Brasil

06.mar.2020 às 17h54
Brasília (DF)
Erick Gimenes

Ernesto Araújo representa o governo brasileiro no Ministério das Relações Exteriores - Marcelo Camargo/Agência Brasil

A decisão do governo Bolsonaro de esvaziar a embaixada brasileira na Venezuela é a consolidação de uma ruptura que fere a Constituição e não sustenta justificativa plausível, afirmam especialistas em relações internacionais ouvidos pelo Brasil de Fato.

Na quinta-feira (5), o governo brasileiro publicou portarias que removem quatro diplomatas e 11 funcionários da embaixada em Caracas, a capital venezuelana – incluindo a cônsul-geral, Elza de Castro, e os conselheiros Carlos Leopoldo de Oliveira e Rodolfo Braga.

Em paralelo às remoções, o Itamaraty comunicou a representantes do governo de Nicolás Maduro que eles devem deixar o país. Segundo o jornal Folha de S. Paulo, os diplomatas serão expulsos caso não atendam à ordem. Na prática, isso significa o fechamento da embaixada venezuelana em Brasília (DF). Não se sabe ainda qual foi o prazo estabelecido para a saída.

Essas são as medidas mais drásticas tomadas pelo governo brasileiro contra o país vizinho desde o reconhecimento do governo ilegítimo do deputado Juan Guaidó, em janeiro do ano ado, por parte de Bolsonaro.

“É preciso notar que a atitude do governo brasileiro contraria e afronta a Constituição Brasileira no seu artigo 4, que diz que a política externa deve seguir o princípio da autodeterminação e da não-intervenção. Ora, o governo brasileiro reconheceu como presidente da Venezuela um indivíduo não eleito, um indivíduo que não tem nenhuma legitimidade”, explica Samuel Pinheiro Guimarães, ex-secretário-geral do Itamaraty.

Para o diplomata, a medida do Itamaraty é mais um capítulo da subserviência de Bolsonaro aos interesses do presidente estadunidense, Donald Trump. “Há muito tempo que o governo brasileiro vem tendo uma política em relação à Venezuela que é caudatária da política norte-americana”, afirma Guimarães.

Igor F, professor de Relações Internacionais da Universidade Federal do ABC (UFABC), concorda que as remoções só atendem a interesses de Trump, já que a Venezuela é historicamente um país com boa relação de cooperação com o Brasil.

“A Venezuela é um país que jamais causou qualquer mal ao Brasil. Em nenhum momento o governo venezuelano interferiu nos assuntos brasileiros, em absolutamente nada. Não interferiram na política brasileira, não causaram nenhuma perturbação no Brasil ou coisa do gênero. A Venezuela sempre se comportou como um país amigo do Brasil, um país que sempre mostrou interesses em relações pacíficas”, reforça o professor.

Consequências

Com a ruptura do governo brasileiro com os venezuelanos, a relação comercial entre os países deve piorar ainda mais – em 2019, as exportações do Brasil à Venezuela já haviam caído 27,36% em relação ao ano anterior, ao somar US$ 418,11 milhões. Já as importações de produtos venezuelanos tiveram queda de 52,71% (US$ 80,8 milhões) na mesma comparação.

Para além do natural declínio comercial, Igor F alerta que o principal prejuízo com as ações brasileiras recairá aos cidadãos comuns, principalmente venezuelanos que vivem no Brasil e, em menor força, em brasileiros que moram na Venezuela.

“Esses venezuelanos [que vêm ao Brasil] muitas vezes têm grandes dificuldade. Eles vêm para cá sem dinheiro, não conseguem trabalho. Têm dificuldade para ter atendimento médico, muitas vezes até dificuldade para se alimentar, para se abrigar. Muitas são famílias com crianças pequenas. A existência de uma embaixada e de um consulado funcionando, embora em uma situação ambígua, é um ponto de apoio para essas pessoas”, comenta o professor.

Outra consequência imediata se dá em Roraima, estado cujo consumo de energia elétrica é bancado, na metade, pela represa venezuelana de Guri, no norte do país. Com relações rompidas pelo governo do Brasil, o uso da produção vizinha vira um ime a ser resolvido.

F diz que, mais do que para criar rusgas sem motivos com a Venezuela, o Brasil cria problemas para si mesmo ao anunciar as medidas de rompimento.

“Os verdadeiros interesses brasileiros estão sendo prejudicados. Interesses de cidadãos e empresas brasileiras. Coloca-se em risco a segurança energética de um estado brasileiro, que é o estado de Roraima, e se sacrifica, mais uma vez, interesses maiores da integração latino-americana”, sentencia.

Editado por: Vivian Fernandes
Tags: bolsonaroguaidóvenezuela
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja *
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Veja mais

Cinema

Festival Cine Minhocão exibe curtas do Brasil e do mundo em sessões gratuitas ao ar livre em SP

símbolo

Tradicional Feira da Glória, na zona sul do Rio, pode virar patrimônio cultural do estado

PROBLEMA SOCIAL

Mulheres outra vez: a escolha pelo renascimento após sofrer violência doméstica

INTERFERÊNCIA

Diplomacia da hostilidade: a embaixada dos Estados Unidos se reúne e promove opositores em Cuba

movimento HeForShe

ONU Mulheres designa Edegar Pretto como articulador nacional da Aliança ElesPorElas

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Rádio Brasil De Fato
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
    • Mobilizações
  • Bem viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevista
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Meio Ambiente
  • Privatização
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.