Um ano após as enchentes que devastaram o estado do Rio Grande do Sul, um novo capítulo se inicia para centenas de famílias atingidas de Canoas. No dia 17 de maio, foram entregues casas provisórias localizadas na rua Dona Castorina Lima da Silveira, no bairro Estância Velha.
As famílias contempladas são oriundas do Centro Humanitário de Acolhimento (CHA) Esperança, onde estavam abrigadas ao longo desse período. Entre as famílias beneficiadas, está a de Milene Bertol, 38 anos, mãe solo de três filhos. Ela conta que, mesmo não estando em sua própria casa, tem sido muito bom estar finalmente em um ambiente seguro e com privacidade, onde pode dormir e acordar tranquila apenas com seus filhos.

“É gratificante demais poder fazer as nossas refeições ao nosso gosto e em família, isso não tem preço que pague. Meus filhos estão realizados, deitam na caminha quentinha assistindo televisão com o Nescau quentinho e o pão caseiro que eles amam. Pra mim, isso vale mais que qualquer coisa”, relata. A história de Milene tem sido acompanhada pelo Brasil de Fato RS.
Sobre as casas provisórias
Ao todo, Canoas recebeu 58 habitações temporárias. Cada unidade possui 27 metros quadrados e conta com dormitório, sala e cozinha conjugadas, além de banheiro. As casas são transportáveis e reutilizáveis, construídas com estrutura de aço galvanizado e concreto, mobiliário sob medida e equipadas com eletrodomésticos da linha branca.
Com a transferência das famílias, o CHA Esperança está em processo de desmobilização. A iniciativa segue com a entrega de outras moradias temporárias com 80 unidades em Porto Alegre, 105 em Eldorado do Sul e 20 em Rio Pardo.
As residências fazem parte do programa “A Casa é Sua – Calamidade”, que visa implementar a política habitacional de emergência com três frentes de ação: casas temporárias para as famílias enquanto aguardam as moradias definitivas, construção de casas permanentes e doação de unidades por empresas privadas.
