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Repressão

Saúl Méndez, líder dos protestos no Panamá, pede asilo político na embaixada da Bolívia em meio à repressão

Governo Mulino endurece repressão contra o Suntracs e movimentos sociais em meio à crise política

22.maio.2025 às 15h57
Havana (Cuba)
Gabriel Vera Lopes
Saúl Méndez, líder dos protestos no Panamá, pede asilo político na embaixada da Bolívia em meio à repressão

A police officer stands guard outside the Bolivian embassy in Panama City on May 21, 2025. Top union leader Saul Mendez, involved in protests against Panama's President Jose Raul Mulino, scaled the fence of the Bolivian embassy to seek asylum on Wednesday after a colleague was arrested, authorities said. (Photo by Aris MARTINEZ / AFP)

O líder sindical panamenho Saúl Méndez, dirigente do poderoso Sindicato Único Nacional dos Trabalhadores da Construção e Similares (Suntracs), solicitou asilo político na quarta-feira na embaixada da Bolívia. Carlos Javier Suárez Cornejo, adido comercial da Bolívia, informou que Méndez está sob proteção temporária enquanto seu pedido é avaliado pelo Conselho Nacional de Refugiados do país.

Poucas horas após a solicitação de asilo, a Segunda Promotoria Contra o Crime Organizado do Panamá emitiu mandados de prisão contra diversos líderes do Suntracs, incluindo o próprio Méndez, seu antecessor Genaro López e Erasmo Cerrud. As acusações envolvem suposta “fraude agravada” e “lavagem de dinheiro”.

“Querem nos sufocar porque não conseguem nos controlar nem nos fazer ajoelhar”, publicou o sindicato em suas redes sociais. “Mas estão enganados. O Suntracs não se calou. O Suntracs resiste.”

A decisão de Méndez ocorre em meio a um clima de crescente hostilidade contra os movimentos populares no Panamá. Nas últimas semanas, foram registradas várias prisões arbitrárias de militantes, além de relatos de assédio por parte das forças policiais.

Em regiões como Veraguas, Bocas del Toro e Chiriquí, foram denunciados casos de repressão violenta, incluindo invasões sem mandado judicial, uso excessivo da força e ferimentos causados por armas de fogo. Um dos episódios mais graves envolveu o estudante universitário Caleb Bejarano, baleado no abdômen durante um protesto em El Piro.

Recentemente, a sede do Suntracs foi invadida e vários de seus membros foram detidos. Jaime Caballero, líder provincial em Chiriquí, foi preso e transferido para o presídio de La Gran Joya, onde permanece em prisão preventiva. Na terça-feira, o Instituto Panamenho de Cooperativas Autônomas (Ipacoop) cancelou o registro legal da cooperativa do sindicato. O advogado Antonio Vargas classificou a medida como perseguição política, para desacreditar a organização, ressaltando que a cooperativa havia sido auditada recentemente e vinha sendo regularmente fiscalizada desde 2012.

“Estamos enfrentando uma perseguição política conduzida pelos órgãos de investigação da Polícia Nacional, que encaminham seus relatórios à Unidade de Análise Financeira (UAF) e, posteriormente, ao procurador-geral da Nação, Luis Gómez, que atua como advogado do presidente Mulino”, denunciou Vargas.

Méndez tem declarado repetidamente que é vítima de perseguição sistemática, incluindo vigilância por veículos não identificados, ameaças à sua integridade física e uma campanha de criminalização contra ele e o sindicato. Segundo sua defesa, o pedido de asilo busca preservar sua vida diante do que consideram ser uma estratégia do governo Mulino para “desmantelar o movimento sindical independente”.

Desde que assumiu o poder em julho de 2024, José Raúl Mulino tem adotado uma postura de confronto aberto com o Suntracs, que ele descreveu como uma “máfia” com uma “agenda oculta para desestabilizar o país”. Na semana ada, durante sua coletiva de imprensa habitual, ele descartou qualquer diálogo com os manifestantes, alegando uma suposta conspiração. “Custe o que custar, este país não vai parar”, declarou, anunciando o reforço da presença policial nas ruas e o início de processos judiciais contra aqueles que — em suas palavras — “violarem a lei”.

O Panamá resiste

Desde 23 de abril, o Panamá enfrenta uma greve geral por tempo indeterminado, iniciada por um protesto dos sindicatos de professores e rapidamente expandida para todo o país. A mobilização envolve trabalhadores da construção civil, comunidades indígenas, estudantes, camponeses e diversos movimentos sociais. As ruas do país têm sido palco diário de protestos, bloqueios de estradas e ocupações de prédios públicos, em um clima de crescente tensão social.

No centro do conflito está a Lei 462, uma reforma do sistema de seguridade social aprovada sem consenso social ou debate no Parlamento. Os setores mobilizados a consideram regressiva e prejudicial aos direitos trabalhistas e sociais, pois, segundo denunciam, reduz drasticamente as pensões dos futuros aposentados. Pelo novo sistema, as pensões seriam calculadas entre 30% e 35% do salário, em comparação com os 60% a 70% garantidos pela legislação anterior — o que afeta especialmente os jovens, que serão obrigados a migrar para o novo regime.

Além disso, os protestos também contestam um recente acordo firmado entre o governo de José Raúl Mulino e os Estados Unidos, que autoriza o envio de tropas e a ampliação da presença militar estadunidense no território panamenho. O acordo, anunciado após a visita do Secretário de Defesa dos EUA, Pete Hagel, não foi debatido publicamente nem aprovado pela Assembleia Nacional, o que gerou fortes críticas de amplos setores da sociedade, que acusam o governo de agir às escondidas e de abrir mão da soberania nacional.

A dimensão do descontentamento é significativa: segundo uma pesquisa recente do instituto DoxaPanama, 82% da população se opõe à reforma da seguridade social. A greve deixou o país em um estado de semi paralisia, e a recusa do governo em dialogar com os setores mobilizados aponta para um possível agravamento do conflito.

Diante do agravamento da situação, a aliança Pueblo Unido por la Vida, que reúne diversos grupos sociais, convocou uma grande marcha nacional para a sexta-feira (23), em defesa da democracia e contra a repressão estatal. Também foram anunciadas uma caravana de protesto saindo de Villa Zaita em direção ao centro da capital e uma manifestação de mulheres na Cinta Costera, marcada para o domingo.

Editado por: Rodrigo Durão Coelho
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